segunda-feira, 29 de agosto de 2005

Poesia Finita/Amigos Pássaros/Irmãzinhas

Olá, amigos viajantes!! Após um recesso de 10 dias sem postagens, aqui retorno com três pequenas poesias, as paisagens que eu lhes ofereço desde que iniciamos a viagem. Confiram:

Poesia Finita

Como naquela canção
Imagine que tudo vai se acabar
E você só tem cinco minutos antes da colisão de dois corpos celestes
O que fazer, então?

Uns buscariam o gozo derradeiro no sexo
Talvez o gosto desesperado em um prato
Outros chorariam e implorariam a um deus que desviasse a rota do rebelde corpo celeste
Cinco mil loucuras em cinco minutos...

Não me importaria nada disso, talvez...

Então o único a fazer seria
A poesia definitiva
A que jamais seria lida
Cujos caracteres seriam tragados pelo impacto, a explosão...
A última rima pobre, a rima rica final
Pela última vez aquilo que sempre me fez mais vivo...

Sim, a palavra também é finita.

Amigos Pássaros

Meus amigos são pássaros
E a eles sou grato
Salvam-me ao saudar-me
Suas canções de clubes de esquina me bastam
Já não sou mais triste
E eu os amo

Para Walter e Érika.

Irmãzinhas

Irmãzinhas, eu as quero bem.
Eu as quero vivas. Além de toda a preocupação com o futuro.
Sem o remoer do passado. Eu as quero vivas e lindas.
Porque isto é o que são.
Não importam dores de garganta, que sejam extirpados os caroços.
Quero o sorriso de vitalidade.
Quero abraçá-las e percebê-las bem.
Porque me fazem tão bem, só quero devolvê-las o mesmo.
Eu as amo, irmãzinhas.

Para Nísia e Sansorai (aliás, parabéns, San!!).

Aí estão as três novas paisagens trazidas a vocês por este maquinista. E sempre haverá mais. Porque, desmentindo uma destas paisagens acima, a palavra não é finita... eh eh eh!! Beijos e abraços, meus queridos!! Vocês são poucos, mas isto já me basta. E eu os amo também.

NA MINHA VITROLA: FITO PÁEZ - Naturaleza Sangre > Ámbar Violeta > Un Vestido y un Amor > Desarma y Sangra > Muchacha Ojos de Papel > Mariposa Tecknicolor > Las Palabras.

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