segunda-feira, 31 de julho de 2006

Preciosos brinquedos musicais

Sempre fui curioso. Desde que passei a ter acesso à internet em casa, ainda mais.

Sempre, também, respirei música. Rock. Respirei a ponto de, anos atrás, montar um grupo com um amigo e me tornar um tecladista medíocre. Águas passadas, pois decidi que o melhor era mesmo cuidar da palavra. Mas minha relação com a música, enquanto ouvinte, só tornou-se mais intensa.

Estar na internet me deu a possibilidade de ir atrás de muito mais informação e, conseqüentemente, muito mais música. Não é novidade. Alguns de vocês fazem isto muito bem e as dicas que recebi foram muitas e, geralmente, muito boas.

Num universo musical tão vasto, muitas vezes escuto algo de uma banda não mais que uma ou duas vezes. Isso, quando escuto. Mas há um momento em que algumas melodias ficam ali, circulando pelo cérebro, e não saem mais.

Foi assim com Rather Ripped, o CD novíssimo do Sonic Youth. Não é o melhor trabalho da banda. Quem já ouviu os ótimos Sister, Daydream Nation e Goo – só pra ficar nestes três – sabe bem.

É um CD mais simples e menos barulhento. Não creio que eles tenham subido um degrau na carreira, musicalmente falando. O multi-instrumentista Jim O’Rourke já não está lá, também. Nem precisa. Os veteranos sônicos Moore, Ranaldo, Gordon e Shelley dão conta do recado, exatamente como era antes. Bom, nem tanto “como era antes”. As músicas são mais leves, mas cativantes o suficiente. Algumas delas merecem destaque:

Rapture
(...) Do you believe in a sweet sensation / Do you believe in a second chance / Do you believe in rapture, babe? (...)
Breves arpeggios, microfonia light e refrão meio lugar comum, mas que funciona muito bem no contexto.


Rats
(...) Let me place you in my past, / With other precious toys / But if you're ever feeling low, down, / In the fractured sunshine / I'll help you feel the noise (...)
Gostei da letra de dor de cotovelo. É agradável de ouvir no caminho para o trabalho.

Turquoise Boy
Turquoise boy I must confess to you / Sweet liberation has come / You are a legend in a lovely game / But now I feel I must run / Turquoise boy the sky is calling me / Sweet isolation in the sun / You are a soldier in a sad charade / How can you lose whats never found.
Melodia perfeita para a voz de Kim Gordon deslizar suave. Li num site que a letra é romântica. Talvez doce. Romântica... definitivamente, não.

Enfim, mesmo não sendo um CD inovador e não tendo o apelo pop de um Dirty, é um CD que vicia. Talvez o melhor do ano, junto com A Hundred Miles Off, dos Walkmen. Bom, ainda devo ouvir o último Grandaddy, que dos últimos lançamentos ao meu dispor, é o mais elogiado. Mas deste eu falo noutra hora...

Beijos e abraços a todos!


NA MINHA VITROLA: RAY CHARLES – Eleanor Rigby > FRANÇOISE HARDY – L’Amitié > CARLA BRUNI – La Noyée.

Um comentário:

Anônimo disse...

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