tag:blogger.com,1999:blog-88286822024-03-14T04:08:13.855-03:00Com AlmaUm dia de céu limpo, uma dose de conhaque, o porco engravatado que rumina dinheiro alheio, as noites solitárias, as crianças fazendo algazarra, amores possíveis e impossíveis. Tudo o que há sob o sol (e além do sol) é a matéria da poesia.
Este blog é um livro inconcluso com páginas abertas para que você encontre textos escritos com verdade, sentimento e, principalmente, com ALMA.
Uma viagem que nunca termina. Por Alessandro de Paula.
Contatos em palavratomica@gmail.comAlessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.comBlogger494125tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-6442458519083527272011-10-18T10:48:00.002-02:002011-10-18T10:48:54.052-02:00Um adeus<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-8X0HVggkxJI/Tp11UKaXv9I/AAAAAAAABqg/dAX2UxJvNy4/s1600/bye.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-8X0HVggkxJI/Tp11UKaXv9I/AAAAAAAABqg/dAX2UxJvNy4/s400/bye.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
Não sei o que houve com as imagens deste blog. Tampouco quero saber.<br />
<br />
Quero facilitar a vida.<br />
<br />
Há tantos quebra-cabeças. Não quero mais este.<br />
<br />
Este corpo morre, mas haverá outro que nascerá.<br />
<br />
Eu os avisarei quando e onde.<br />
<br />
Beijos e abraços, pela última vez, neste espaço.Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-1111068932008910822011-09-20T06:43:00.004-03:002011-09-20T07:25:25.743-03:00De tantas mortes minhasSou você e você é o que sou. Tudo vai, tudo retorna. Não é kardecismo, talvez seja Nietzsche. Os processos da vida... em que nos misturamos e compartilhamos as mesmas histórias. Porque o que muda é um detalhe ou outro, um contexto. As histórias, porém, são universais. Por isso você é eu e eu sou o que você é.<br /><br />Um poema universal, abaixo:<br /><br /><a href="http://3.bp.blogspot.com/-IP8m0NSlcjw/TnheJDb8LKI/AAAAAAAABhI/1VvUh2hQEnE/s1600/mar.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-IP8m0NSlcjw/TnheJDb8LKI/AAAAAAAABhI/1VvUh2hQEnE/s400/mar.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5654372841797987490" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">De tantas mortes minhas</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Morto.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Um rombo no peito.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Era o estado em que me encontrava.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Embora marinheiro com uma mulher em cada porto,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">potencialmente,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">só via aquela que extraíra de mim as forças</span><br /><span style="font-family:times new roman;">quando cortou meus cabelos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Vi o sol de muito perto</span><br /><span style="font-family:times new roman;">após ter pego emprestada as asas derretidas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">do rapaz Ícaro.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Depois, fui levado escravo à Mesopotâmia,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">mas eu sabia, era filho daquele sem nome,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">seria liberto.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Rápido eu fui. Rápido demais: bati meu carro em Ímola.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Não sobrevivi.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Já tive morte de cinema. Já fui Ferdinand.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">E, literalmente, explodi.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Já fui assassinado por alguém que lia</span><br /><span style="font-family:times new roman;">O Apanhador no Campo de Centeio.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Em meio a tudo,<br />tive a glória, fui ovacionado</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e já me lincharam num ato que foi transmitido </span><br /><span style="font-family:times new roman;">pelas TVs em nível mundial.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Também já morri sentindo o frio glacial, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">numa rua movimentada da metrópole.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Nem repararam.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Choraram frente a meu túmulo,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">mas os vermes não me roeram, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">pois deu-se um cordial desenlace com a morte.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Ganhei a partida de xadrez, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">e pude outra vez retornar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Sempre retorno. A cada dia, mês, ano.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">A cada retorno meu,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">vibram de satisfação em todo o globo.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Sou reconhecido </span><br /><span style="font-family:times new roman;">pelo pequeno remelento na porta do barraco</span>,<br /><span style="font-family:times new roman;">embarco nos sonhos da fina dama em trajes íntimos</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que aguarda o amante.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Sou reconhecido pelos feirantes</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e moradores de rua, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">também pelos estilistas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e revisores de texto.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Conhecem meu trajeto,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">ainda que não se deem conta</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que incógnito vou</span><br /><span style="font-family:times new roman;">fazendo meu caminho de mil óbitos</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e outros mil ressurgimentos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">É que sou cada um deles.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Desapareço no fundo do mar</span><br /><span style="font-family:times new roman;">para emergir com ar renovado.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Todos no mundo conhecem esta minha qualidade,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">mas não sabem que, a cada dia,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">também vão e retornam.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Assim seguirá acontecendo enquanto o sertão não virar mar,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">enquanto o mar seguir estampando antigos cartões postais. </span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Sou cada um desses tais.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">E cada um deles vive em mim.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">As ruas andam em mim enquanto ando pelas ruas.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Penso em versos de poemas sem rima nem métrica.<br /></span><span style="font-family:times new roman;">A cabeça erguida,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">um sorriso emudecido, porém constante,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">entre a multidão que caminha de acordo com os horários marcados.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">O estado em que me encontro novamente.</span><br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style=" font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 0);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/BrbxWOMpwfs" allowfullscreen="" frameborder="0" height="235" width="420"></iframe>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-13633365802002350102011-09-11T12:46:00.003-03:002011-09-11T13:02:31.123-03:00ApenasPoema de solidão.<br /><br />De medo. De palavras que não se dizem mais, fora de moda que estão.<br /><br />Pensamentos afastados, fora de questão. Poema de nosso tempo.<br /><br />Fora de nosso tempo.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-LjgdY4wbb4M/TmzajMcjR4I/AAAAAAAABgw/4TlaAlGHN68/s1600/atraves_de_um_espelho_2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 225px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-LjgdY4wbb4M/TmzajMcjR4I/AAAAAAAABgw/4TlaAlGHN68/s400/atraves_de_um_espelho_2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5651131930614384514" border="0" /></a><div style="text-align: center;"><blockquote><span style="font-size:85%;">Cena de <span style="font-style: italic;">Através de um Espelho</span>, filme de Ingmar Bergman, de 1961.<br /><br /></span></blockquote></div><span style="color: rgb(0, 51, 51);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">Apenas</span></span><br /><span style="font-size:85%;"><span style=" font-style: italic;font-family:trebuchet ms;" >Um poema meu, com base na trilogia do silêncio de Deus, por Ingmar Bergman.</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ela ergueu os olhos para o céu,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">eu vi,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">eu a vi esperar por uma resposta.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Mas encontrou apenas o vazio.</span> <span style="font-family:times new roman;"><br /><br />Não há nada acima</span> <span style="font-family:times new roman;">ou abaixo.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Nada lá fora.</span> <span style="font-family:times new roman;"><br />Apenas o corpo abandonado</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e algum pensamento.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Que logo é afastado.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Faz-se necessário sorrir.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">E sorri.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Há o consolo da esperança</span><br /><span style="font-family:times new roman;">na mais absoluta solidão.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Sinto que ela volta a fazer de conta,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">é tão fácil perceber.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Há um deus-aranha esperando por cada um.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Carinho, medo da guerra, apego, palavra, sexo, morte, angústia, esquizofrenia, "que imagem ridícula", "Deus é amor e amor é Deus", silêncio... apenas.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">A palavra...</span><br /><span style="font-family:times new roman;">A palavra parte</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de si</span> <span style="font-family:times new roman;"><br />e se perde no ar</span>, <span style="font-family:times new roman;"><br />apenas um eco tímido.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ela pegou suas muletas e partiu.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Deixou-me só com o vento gélido</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e meus pensamentos anacrônicos.</span> <br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Apenas.</span><br /><br />A cena abaixo é do filme <span style="font-style: italic;">O Silêncio</span>, de Ingmar Bergman, de 1963.<br /><br />Isso é tudo por hoje, pessoal!<br /><br /><span style=" font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/URIdifdIQJs" allowfullscreen="" frameborder="0" height="345" width="420"></iframe>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-2300295841471374052011-08-01T03:12:00.002-03:002011-08-01T04:32:50.298-03:00Geração 21Um retrato infiel dessa época. Infiel porque não completo, é só a visão de quem escreve. Porém, um retrato sincero, a despeito de ser infiel. Paciência! Não se pode ter todas as virtudes, não é mesmo?<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-_AOnS0pQIhU/TjZMeyykvfI/AAAAAAAABgM/Z0Ffe-7fqLw/s1600/21.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 194px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-_AOnS0pQIhU/TjZMeyykvfI/AAAAAAAABgM/Z0Ffe-7fqLw/s400/21.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635776075614436850" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">Geração 21</span></span><br /><br /><span style="font-family: times new roman;" class="Apple-style-span"><span style="font-style: italic;">My generation</span>, século 21, é isto:<br />muita masturbação e algum sexo selvagem.<br /><br />Quase nada de amor.<br /><br />Pequena palavra para emoldurar cenas de telenovelas<br />para umas poucas donzelas <span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" >sonhadoras</span><span style="color: rgb(102, 102, 102);"> </span><span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 102);font-size:130%;" >sonhativas</span> sonhopositivas.<br /><br />Os heróis ainda morrem de overdose,<br />mas a maioria morre mesmo<br />é com a barriga <span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" >proeminente</span><span style="color: rgb(102, 102, 102);"> </span>proevidente grudada em uma mesa de escritório,<br />seus traseiros quadrados em belas cadeiras <span style="color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" ><span style="font-style: italic;">giratórias</span></span><span style="color: rgb(102, 102, 102);"> </span>giradouras.<br /><br />Poesia não compensa,<br />o crime é glorificado.<br />Sobre<span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" >tudo</span>todos quando é de cima para baixo.<br /><br />Podem encontrar-se em qualquer parte do mundo,<br />mas quase nunca alguém<br />na vida<br />realmente<br />se encontra.<br /><br />Política é a prática mais em voga.<br />Estamos todos bem,<br />com nossos aparelhos multitarefas e tarifas <span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 102);font-size:85%;" >irrisórias</span><span style="font-style: italic;"> </span>irrisonhas,<br />armaduras de <span style="font-style: italic;">speakers</span> e <span style="font-style: italic;">sunglasses</span>,<br />frases de bem-estar<br />originárias de romances<br />psicografados.<br />Comidinha saudável saudável<br />e rotina de academia.<br /><br />Não se preocupe, mãe!<br /><span style="font-style: italic;">My generation</span> usa <span style="font-style: italic;">flavoured condoms</span><br />e pílulas do dia seguite.<br /><br />E é a gente mais fudida que eu conheço.</span><br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style=" font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/QwU9tKOmHfk" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-49592560484708188382011-08-01T02:55:00.002-03:002011-08-01T03:12:33.264-03:00Aos vivos<div style="text-align: left;">Ah, sim! O sarau "Rock 'n' Roll, Mothafuckeeeeeeeeer!!" foi ótimo.</div><div><br /></div><div>Ainda que com alguns imprevistos. Mas foi algo que fez renascer uma vontade de produzir mais. Por mim, por esses amigos que se foram.</div><div><br /></div><div>Mas que prosseguem conosco a cada linha escrita.</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div>Emoção reservada aos amigos e familiares. Uma homenagem simples e todos juntos no mesmo grito - o mote deste evento.</div><div><br /></div><div>Há um poema que escrevi para o evento, para os amigos. Agora posto-o aqui:</div><div><br /></div><div><img src="http://3.bp.blogspot.com/-Z-yndgXZ7Oo/TjY1xbLdxdI/AAAAAAAABgE/yUC-eCC58MU/s400/bosch_jardim.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 222px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635751106926462418" border="0" /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size:85%;"><i>O jardim das delícias</i>, de Hieronymus Bosch.<br /></span><br /></div><div><span class="Apple-style-span"><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">Aos Vivos</span></span><br /><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><div> </div><div><span class="Apple-style-span">Vamos abrir cada garrafa</span></div><div><span class="Apple-style-span">e deixar cheios cada copo deste lugar</span></div><div><span class="Apple-style-span">até esvaziá-los e, sim,</span></div><div><span class="Apple-style-span">todos à vontade para mais e mais e mais e<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Porque hoje vamos festejar,</span></div><div><span class="Apple-style-span">celebrar a vida dos que já partiram,</span></div><div><span class="Apple-style-span">dos que prosseguem,</span></div><div><span class="Apple-style-span">ouvindo uma canção tanto quanto nós.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Festejamos o fim de tudo:</span></div><div><span class="Apple-style-span">Os mil poemas que não escrevemos,</span></div><div><span class="Apple-style-span">escondidos</span></div><div><span class="Apple-style-span">sob incontáveis pilhas de papéis.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Demonstrativos bancários,</span></div><div><span class="Apple-style-span">planilhas de gastos,</span></div><div><span class="Apple-style-span">provas de livros sobre como emagrecer à base de uma dieta de lentilhas</span></div><div><span class="Apple-style-span">e faturas vencidas da TV a cabo.<br /><br /></span></div><div style="font-style: italic;"><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span"><span style="font-style: italic;">– Estação Brás, plataforma 3, acesso à linha 3 do Metrô – (uma fratura no verso)</span><br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Queremos esta festa,</span></div><div><span class="Apple-style-span">realizada para satisfazer amigos que não vieram</span></div><div><span class="Apple-style-span">e brindar ao Rubão,</span></div><div><span class="Apple-style-span">ao Caio,</span></div><div><span class="Apple-style-span">porque, raios, eles aqui estão,</span></div><div><span class="Apple-style-span">em cada um de nós,</span></div><div><span class="Apple-style-span">contrariando a lógica das tardes rápidas de um cotidiano sem graça.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Eles estão aqui, sorriem e bebem conosco.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Nada de lamentar o tempo não vivido,</span></div><div><span class="Apple-style-span">não dividido.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Nós sorrimos</span></div><div><span class="Apple-style-span">e conversamos</span></div><div><span class="Apple-style-span">e estivemos em tantas festas</span></div><div><span class="Apple-style-span">como agora estamos: bêbados e loucos</span></div><div><span class="Apple-style-span">amparávamo-nos, celebrando a morte de Deus,</span></div><div><span class="Apple-style-span">a morte de Nietzsche.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Pouco importa agora a vitória do Santos ou a vergonha que veste amarelo.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Pouco importa que amanhã venderemos nossos neurônios</span></div><div><span class="Apple-style-span">em atividades pouco excitantes.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Menos ainda farão diferença os amantes da técnica, os que agem conforme os manuais.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Ou o vaso grego.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Ou chinês.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Não importa também de onde venha o tal vaso.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Estamos amando cada vez mais o verso livre e <span style="font-style: italic;">On the Road</span>.</span></div><div><span class="Apple-style-span">A prosa poética, o poema prosaico. A rosa do povo.</span></div><div><span class="Apple-style-span">O verso de Bandeira,</span></div><div><span class="Apple-style-span">que não esteja mais farto.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Onde quer que esteja, que esteja conosco.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Vamos bradar o brado do grande campeão:</span></div><div><span class="Apple-style-span"><span style="font-style: italic;">Rock ‘n’ roll, mothafuckeeeer</span>!!</span></div><div><span class="Apple-style-span">Ao longe, os bardos que cantam à vida</span></div><div><span class="Apple-style-span">vêm chegando.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">A despeito da teoria burocrática da administração,</span></div><div><span class="Apple-style-span">da falta de tempo,</span></div><div><span class="Apple-style-span">dos trens lotados,</span></div><div><span class="Apple-style-span">da falta de amor,</span></div><div><span class="Apple-style-span">dos beijos roubados,</span></div><div><span class="Apple-style-span">da falta de vida.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Há muitos lá fora que estão menos vivos que Caio e Rubens.<br /><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span"> </span></div><div><span class="Apple-style-span">Azar. O azar do mundo de-menos-riso,</span></div><div><span class="Apple-style-span">menoárvores,</span></div><div><span class="Apple-style-span">menofrutas,</span></div><div><span class="Apple-style-span">menoflores. Menos pausas agora.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Vamos plantar novamente,</span></div><div><span class="Apple-style-span">neste vaso nada grego, nada chinês.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Vamos gerar novos frutos</span></div><div><span class="Apple-style-span">e sorrisos.</span></div><div><span class="Apple-style-span">E festejar. Porque não estamos mortos.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Nem os nossos podem estar mortos em nós.</span></div></div><div><br /></div><div>É isso, pessoal! Beijos e abraços!</div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style=" color: rgb(0, 51, 0);font-family:trebuchet ms;"><span class="Apple-style-span"><b>NO VIDEOCASSETE</b></span></div><div><span class="Apple-style-span"><b><iframe src="http://www.youtube.com/embed/HEt_Cr6CvgY" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe></b></span></div>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-22549090695465245102011-07-20T03:20:00.001-03:002011-07-20T03:23:13.729-03:00Rock 'n' roll, mothafuckeeeeeeeeeer!!<div style="text-align: left;">Estão convidados:</div><div><br /></div><div><img src="http://4.bp.blogspot.com/-v4Put7sfSx0/TiZzcJqLxnI/AAAAAAAABfo/sLf_RpXtJiY/s400/rock%2B%2527n%2527%2Broll%252C%2Bmothafucker.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631315311539766898" border="0" /></div><div><br /></div><div>Beijos e abraços, pessoal!</div><div><br /></div><div style="font-family: trebuchet ms; color: rgb(0, 51, 0);"><span class="Apple-style-span"><b>NO VIDEOCASSETE</b></span></div><div><iframe src="http://www.youtube.com/embed/jRaTWel4iJc" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe></div>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-29501258363023005222011-07-01T04:12:00.000-03:002011-07-01T04:13:04.175-03:00O que há além da tormenta<div style="text-align: left;">Há algo.</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: left;">Aquilo que há, em tempos difíceis, e que nos protege da falta de lucidez.</div><div><br /></div><div>Assim, como o mundo se torna cada vez mais complexo e ágil e sem alma, é necessário buscar o que há além da tormenta.</div><div><div><br /></div><div>Este poema é para quem busca algo a mais, sempre se esquivando de cada obstáculo imposto.</div></div><div><br /></div><div><img src="http://1.bp.blogspot.com/-_FhrovzTEL4/Tg1xzCipGxI/AAAAAAAABec/LjeX5FLJcPM/s400/child-1.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 211px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5624276631325055762" border="0" /></div><div><br /></div><div style="font-family: verdana; color: rgb(0, 0, 102);"><span class="Apple-style-span" style="font-size:130%;">O que há além da tormenta</span></div><div><br /></div><div style="font-family: times new roman;"><div><span class="Apple-style-span">Quando os tempos são horríveis, </span></div><div><span class="Apple-style-span">é necessário algo belo para contrastar.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">Quando o mundo exige pressa e você perde o fôlego,</span></div><div><span class="Apple-style-span">mais precisa caminhar com vagar,</span></div><div><span class="Apple-style-span">olhar para as coisas ao redor...</span></div><div><span class="Apple-style-span">e apreender delas algum sentido.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">Ou simplesmente senti-las, para que não morra sem havê-las sentido.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">É próprio dos que fazem horrendo o tempo </span></div><div><span class="Apple-style-span">morrer sem tomar ao menos uma mínima nota mental </span></div><div><span class="Apple-style-span">daquilo que há de mais simples e profundo.</span></div><div><span class="Apple-style-span">Morrem enquanto olham pela janela, </span></div><div><span class="Apple-style-span">enquanto chove torrencialmente e não enxergam nada além da perplexidade temporal.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">Se a tempestade não permite a visão do jardim,</span></div><div><span class="Apple-style-span">precisa recorrer à memória de um recanto florido</span></div><div><span class="Apple-style-span">ou uma esperança em cores.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">Nunca se acostume com a visão turva, </span></div><div><span class="Apple-style-span">a fumaça nauseante,</span></div><div><span class="Apple-style-span">as buzinas que ensurdecem,</span></div><div><span class="Apple-style-span">o toque dos mortos em vida</span></div><div><span class="Apple-style-span">ou o paladar estragado pelo veneno</span></div><div><span class="Apple-style-span">que nos oferecem.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">Nestes tempos horríveis,</span></div><div><span class="Apple-style-span">é necessário aguçar os sentidos</span></div><div><span class="Apple-style-span">e buscar.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div><span class="Apple-style-span">Ainda haverá, além da tormenta, certa beleza.</span></div></div><div><br /></div><div>Beijos e abraços, pessoal!</div><div><br /></div><div style="font-family: trebuchet ms; color: rgb(0, 51, 0);"><span class="Apple-style-span"><b>NO VIDEOCASSETE</b></span></div><div><iframe src="http://www.youtube.com/embed/4vIXxMJ0r3E" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe></div>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-58331128764519100772011-06-26T15:27:00.000-03:002011-06-26T15:27:40.311-03:00Liberdade, de Jonathan Franzen<div style="text-align: left;">Abro o espaço, neste blog, para análises de obras literárias, algo que até então era inédito aqui.</div><div><br /></div><div><img src="http://3.bp.blogspot.com/-phgQb4OwsYA/Tgd41D05ngI/AAAAAAAABeU/PLLdqzUYFKA/s400/liberdade-jonathan-franzen-capa.jpg" style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 278px; height: 400px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5622595512750939650" border="0" /></div><div><br /></div><div style="font-family: verdana; color: rgb(0, 0, 102);"><span class="Apple-style-span" style="font-size:130%;">Liberdade, de Jonathan Franzen</span></div><div style="font-family: times new roman;"><br /></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Tenho lido bastante, quem está por perto bem sabe.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Meu caminho nos corredores e entre as prateleiras dos sebos e livrarias quase invariavelmente se conclui nas áreas de literatura em prosa, clássicos de diversos períodos e escolas.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Porém, carecia de uma literatura que retratasse estes tempos, nossos tempos. Algo que fosse vasto e profundo, de forma diferente das crônicas que são publicadas em jornais e na internet. Algo que fosse um romance com potência suficiente para ser um clássico.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Então um dia esbarro num site que contrapõe o modelo <i>indie</i>-feliz-riponga daquela banda de Curitiba que se autointitula a banda mais bonita da cidade com um trecho de um livro no qual dois de seus personagens principais vão ao show de <i>Bright Eyes</i>, coletivo <i>indie-folk </i>de Conor Oberst que já é outro modelo, mais condizente com a realidade em que estamos inseridos (e não apenas aqueles personagens classe-média-estadosunidense do livro), que, porém, não deixa de ser, no mínimo, uma postura insatisfeita e "calculada", como a análise de um desses personagens leva a concluir - na minha opinião, acertadamente.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Como um bom filho da classe C, impregnado dos incentivos para o consumo, entro numa dessas famosas livrarias <i>online</i>, saco o cartão e preencho os dados da compra. </span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">O produto é este Liberdade, de Jonathan Franzen, um "tijolão" de pouco mais de 600 páginas que esmiúça a vida de uma família que, a princípio, é bastante feliz numa St. Paul diferente da São Paulo em que resido. A do livro fica no distante Estado do Minnesota, EUA. Os cenários mudam de acordo com as mudanças de contexto: Nova Iorque, Virgínia, um lago que só ganha nome no último capítulo do livro e breves incursões à América do Sul (Argentina e Paraguai). </span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Claro que neste raio de visão, cabem as pequenas simpatias e antipatias dos vizinhos desses Berglund, Walter e Patty, de perfil liberal, pais de Joey e Jessica. Mas o raio se estende, não é só a família que se vê desnudada (e, por isso, a cada página mais conflitos surgem - o que se torna evidente quando Joey, já adolescente, sai de casa pra viver com a namorada-vizinha Connie). Temos que parar e seguir com nosso olhar através das décadas. 1970, 1980, 1990, 2000, 2010... nem mesmo é apenas sobre a queda das torres gêmeas e as oportunidades que surgem, em instâncias governamentais, de alguns grupos lucrarem com a chamada "guerra ao terror". Ou sobre as questões ambientais que fazem temermos (ou desejarmos) o fim do mundo como o conhecemos. </span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">É sobre nós, é sobre a liberdade que temos e sobre cada decisão que tomamos, que necessariamente vai levar-nos a adquirir um peso que pode ser suportável ou não.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Outro elemento entra aqui, devidamente apresentado como o <i>rocker</i> cultuado, amigo de Walter desde a adolescência, Richard Katz, iconoclasta e "comedor", cuja figura sempre se interpõe entre Walter e Patty. Primeiro, é objeto de admiração e concorrência com o advogado e ambientalista Walter e figura platônica para Patty. Muitos anos depois, efetivamente amante da mãe de família, ex-jogadora de basquete universitário. Ao mesmo tempo, Walter se vê num conflito ético entre se entregar a um tesão devastador pela jovem assistente indiana e de pele escura, Lalitha, ou não. Esta mesma Lalitha que, de alguma forma, irá partir o coração de Walter.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Se Katz é o elemento que torna evidente o desmoronamento dos Berglund, mais tarde será ele quem incentivará um movimento redentor e de reconstrução, ele mesmo que, em tempos de crise íntima com seu papel no mundo, abandona os palcos e volta a construir deques para ricaços. Katz é essa espécie de criador-destruidor que tanto pode gravar um disco (que se torna sucesso) sobre o local onde esteve mais íntimo de Patty, como pode gravar uma canção para um velho amigo destruído e solitário que passa a importunar a vizinhança emergente a respeito de gatos e pássaros.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Nem sempre simpáticos nem sempre insuportáveis. Ora o leitor se vê a favor de determinadas atitudes, ora se vê praguejando por seus enganos. São pessoas como nós, que nem sempre se dão conta da amplitude do que são e representam. Que enlouquecem num mundo que parece cada vez mais transtornado e sem bases onde podemos nos fixar. As próprias definições de "conservador" e "democrata" se confundem e isso fica bastante claro nos eventos em que tanto Walter como Joey se veem envolvidos.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Como é dito em algum momento, não estamos travando uma guerra perfeita num mundo perfeito. Por isso, o maior mérito de Liberdade e, logicamente, de seu autor, longe de querer recuperar bases perdidas, é não trapacear, optando por lados que já não existem. No mais, excelente leitura, potencial clássico em poucos anos.</span></div><div><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: verdana;"><div><i><span class="Apple-style-span">Liberdade</span></i></div><div><i><span class="Apple-style-span">Jonathan Franzen</span></i></div><div><i><span class="Apple-style-span">Cia. das Letras</span></i></div><div><i><span class="Apple-style-span">Entre R$ 32,90 e R$ 37,20</span></i></div></div><div><br /></div><div>Beijos e abraços, pessoal!</div><div><br /></div><div style="font-family: trebuchet ms; font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);"><span class="Apple-style-span">NO VIDEOCASSETE</span></div><div><iframe src="http://www.youtube.com/embed/zaqnl6TfCV8" allowfullscreen="" frameborder="0" height="272" width="425"></iframe></div>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-1279747861526145552011-06-20T01:52:00.003-03:002011-06-20T02:05:18.063-03:00Sobre Rubens<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/-3b1j1j9VrEo/Tf7Q3xx_-sI/AAAAAAAABeM/FQAW_bQrnnc/s1600/Rubao-1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 238px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/-3b1j1j9VrEo/Tf7Q3xx_-sI/AAAAAAAABeM/FQAW_bQrnnc/s400/Rubao-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5620159041679391426" border="0" /></a><span class="Apple-style-span"><br /></span><div><div style="font-family: verdana; color: rgb(0, 0, 102);"><span class="Apple-style-span" style="font-size:130%;">Sobre Rubens</span></div><div><br /></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Deixa saudade.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Símbolo de um tempo, não muito distante, em que inocentemente acreditava que poderia viver e criar intensamente sem pagar um preço alto. Se "os de fora do círculo" criassem problemas, era só um poema e uma gelada, depois do expediente, que tudo estava, senão bem, melhor. Respirávamos</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">poesia</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">e</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">rock 'n' roll, mothafucker! (como ele dizia)</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">O amigo Mafra foi a um bar. Pediu uma cerveja. Escrevia algum poema em seu caderno. Foi ao banheiro. Quando volta, encontra o cara que devia estar atrás do balcão lendo seu caderno. Era um início.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Depois, fui lá, com o Mafra. Neste bar, o Gruta. Descemos as escadas e tocava algum jazz. Não lembro o quê. Era final de 2005, algo assim. Faz tempo.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Frequentamos o lugar. Fazíamos festas e saraus de poesia. Bebíamos mais que o bom senso permitiria. Éramos excessivos, mas estava tudo bem. Rubens estava lá. Emprestava vida ao lugar, que nunca era tão bacana sem ele. Tornou-se um Prop(h)ano, que era o nome de nosso grupo de poetas e amigos.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Dava-me dicas de como apresentar melhor meus poemas. Minha dicção não era boa e eu era um pouco... apavorado. Ajudou, sim.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Chorou comigo quando o pai dele falecera. Uma vez, fomos à casa de uma de suas filhas e passamos horas organizando sua coleção imensa de discos de vinil. Naquele dia, ele fez uma foto minha segurando uma placa da rua da Consolação que ele conseguira de algum modo pouco usual.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Deu em cima da Talita. Não colou. Todos nós o adorávamos. He made housecalls. E isso é uma piada interna.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Passei uns bons dias em Ubatuba, quando ele se mudou pra lá, pra viver com a Beth. Não deu certo. Penso que era difícil, pras mulheres, lidar com ele. E muito fácil pros amigos.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Era o mito. O cara que esteve muito perto de Woodstock, mas não conseguiu chegar porque estava muito doidão pra isso. Vivia de traduções e atrás de balcões de bar.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Tinha planos literários surreais. Fez teatro e, pelo que sei, recentemente havia participado de um curta, ou algo do gênero. Não cheguei a ver.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Lia com emoção e desenvoltura alguns poemas meus e de nossos amigos.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Ficamos cerca de um ano e meio afastados. Voltei a vê-lo em abril de 2011. O Pituca não sabe (ou não sabia até ler esse texto), mas Rubens não me cobrou pela cerveja. Acho. Sei lá. Foi a última vez que nos vimos.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Em 19 de junho de 2011, ele estava no mesmo bar, aquele ao qual ele sempre emprestava vida. E lá a vida o abandonou. Enfarto. E a demora habitual do socorro.</span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span"><br /></span></div><div style="font-family: times new roman;"><span class="Apple-style-span">Não creio em céu ou inferno. Não creio em outras vidas. Mas se eu estiver enganado, espero que Rubens encontre Hendrix.</span></div></div><div><br /></div><div>Beijos e abraços, pessoal!</div><div><br /></div><div style="font-family: trebuchet ms; color: rgb(0, 51, 0);"><b><span class="Apple-style-span">NO VIDEOCASSETE</span></b></div><div><iframe src="http://www.youtube.com/embed/bSFbE_lDQo0" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe></div><div><br /></div>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-99061805772692832011-04-28T17:50:00.000-03:002011-04-28T17:51:05.270-03:00Jo Hamilton's GownMinha nova "descoberta".<br /><br /><iframe src="http://player.vimeo.com/video/2476985?title=0&byline=0&portrait=0" width="400" frameborder="0" height="225"></iframe><p><a href="http://vimeo.com/2476985">Jo Hamilton 'Gown' EPK</a> from <a href="http://vimeo.com/poseidon">Poseidon</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p><br /><br />Depois conto mais alguma coisa. Beijos e abraços, pessoal!Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-6352075702692420802011-04-23T20:31:00.002-03:002011-04-23T20:46:16.486-03:00A cascaPoema sobre um homem, duas épocas e locais distintos e um processo de despersonalização.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-P0KNFgfpYJ8/TbNg7j3OkTI/AAAAAAAABeA/_WfEF5fvF7Y/s1600/CIMG0365-1.JPG"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-P0KNFgfpYJ8/TbNg7j3OkTI/AAAAAAAABeA/_WfEF5fvF7Y/s400/CIMG0365-1.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5598925338107089202" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">A Casca</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">há tempos para trás ficara </span><br /><span style="font-family:times new roman;">o acanhamento das ruas,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">os espaços gramados</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e os sorrisos da gente simples</span><br /><span style="font-family:times new roman;">do lugar onde nasceu.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">memória em branco e preto guardada </span><br /><span style="font-family:times new roman;">como filme ou </span><br /><span style="font-family:times new roman;">sonho.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">tudo se tornara concreto,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">incluso o tempo,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que passa lento</span><br /><span style="font-family:times new roman;">na larga avenida engarrafada.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">nos intervalos, fez parceria</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e família:</span><br /><span style="font-family:times new roman;">às 7, levar as crianças;</span><br /><span style="font-family:times new roman;">às 8, trabalho</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e toda rotina </span><br /><span style="font-family:times new roman;">cinzenta como a parede do edifício no qual costuma estar,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">segunda a sexta,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">para aquietar-se escondido.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Quase impossível adivinhá-lo a uma janela</span><br /><span style="font-family:times new roman;">fechada perto das nuvens.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">na semana,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">comprometia-se</span><br /><span style="font-family:times new roman;">com tarefas,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">fez progresso material</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e alguns poucos conhecidos</span><br /><span style="font-family:times new roman;">cumprimentavam-no quando passava</span><br /><span style="font-family:times new roman;">apressado</span><br /><span style="font-family:times new roman;">para almoçar em qualquer local.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">finais de semana em centros de compras</span><br /><span style="font-family:times new roman;">para alegrar esposa; cinema e pipoca para as crianças.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">finais de semana na igreja</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e no sofá da sala.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">vez por outra,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">torceu para a seleção e</span><br /><span style="font-family:times new roman;">tinha a camisa de um dos grandes da capital.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">era melhor não usá-la em dias de clássico...</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">voltava semana seguinte</span><br /><span style="font-family:times new roman;">reproduzindo opinião,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">votando na direita ou na esquerda</span><br /><span style="font-family:times new roman;">sem muito pesar nem pensar.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">gabava-se por dentro ser alguém entre ninguéns.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">dizia-se contra o aborto</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e a favor da cerveja na mesa do boteco</span><br /><span style="font-family:times new roman;">após o expediente.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">nunca mais voltara à origem...</span><br /><span style="font-family:times new roman;">até então.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">hoje a estrada </span><br /><span style="font-family:times new roman;">e a visão de tudo o que conhecera</span><br /><span style="font-family:times new roman;">preenche seu olhar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">avança o ônibus país adentro</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e em si tudo revive:</span><br /><span style="font-family:times new roman;">peladas animadas </span><br /><span style="font-family:times new roman;">em acanhadas ruas,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">os espaços entre gramas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">em que primeiramente caminhou </span><br /><span style="font-family:times new roman;">de mãos dadas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">com uma menina de sorriso simples.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">agora</span><br /><span style="font-family:times new roman;">nada mais os separa:</span><br /><span style="font-family:times new roman;">homem e lugar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">tantos anos mais velho...</span><br /><span style="font-family:times new roman;">muitos saíram,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">como ele saiu.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">alguns foram para longe,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">para um lugar de onde</span><br /><span style="font-family:times new roman;">nunca voltarão.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">outros permanecem os mesmos</span><br /><span style="font-family:times new roman;">assim como árvores,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">bancos de praça</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e a velha receita de torta de milho da avó,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">atualmente reproduzida por uma prima. </span><br /><span style="font-family:times new roman;">igualzinha, igualzinha...</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">deparou-se com<br />crianças que nunca conheceu,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">casos e piadas dos quais não se recordou</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e o sorriso envelhecido que se tornara amargo.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Era o dele</span><br /><span style="font-family:times new roman;">frente a alguém que nem de longe lembrava a namorada </span><br /><span style="font-family:times new roman;">dos catorze anos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">não é o mesmo.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">precisa voltar ao concreto,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">compromissos</span><br /><span style="font-family:times new roman;">família e</span><br /><span style="font-family:times new roman;">sofá da casa.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">não há mais peladas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e a memória se revela enganadora.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">nada mais sente.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">escolhas separam</span><br /><span style="font-family:times new roman;">homem e lugar.</span><br /><br />Ainda bem que nem sempre é assim.<br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="425" height="349"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/td0gV4XV8_Y?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/td0gV4XV8_Y?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="349"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-15348671687016493922011-04-03T01:55:00.004-03:002011-04-03T02:25:42.815-03:00Clipes, clipes e clipes<span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 102, 0);font-family:trebuchet ms;" >Caribou - Jamelia</span><br /><script src="http://player.ooyala.com/player.js?embedCode=4wZGkwMjpipK76GSnHT4oEJz00KhpngT&deepLinkEmbedCode=4wZGkwMjpipK76GSnHT4oEJz00KhpngT%2Cc1a2o2MjpurD5hSKQSiCZC3REXbKX3lO"></script><br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 102, 0);font-family:trebuchet ms;" >Toro y Moi - New Beat<br /><script src="http://player.ooyala.com/player.js?embedCode=c2M3EwMjrxjuSSPNDF_JQVSWU6SyW-a4&deepLinkEmbedCode=c2M3EwMjrxjuSSPNDF_JQVSWU6SyW-a4%2CQwMTQxMjpQ1cScMYJ6OmqHpLW3EpAzzB"></script><br /><br />Ema - California</span><br /><script src="http://player.ooyala.com/player.js?embedCode=dmZjJjMjreDJldQyMppDAEpqM61PvF0K&deepLinkEmbedCode=dmZjJjMjreDJldQyMppDAEpqM61PvF0K%2CA1anViMjp1PWXKD2GM0iEr5lrFPRaLhN"></script><br /><br />Beijos e abraços, pessoal!Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-36925698652178173382011-03-24T18:38:00.003-03:002011-03-25T06:52:10.887-03:00Breve ruminar de um mamífero bípede sonolentoAh, o dia após o outro dia após o outro dia após o ou...<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-Bf1XfyBcrmQ/TYu3tSgXILI/AAAAAAAABds/_oyvmstZ9BI/s1600/australopithecus_anamensis.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 242px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-Bf1XfyBcrmQ/TYu3tSgXILI/AAAAAAAABds/_oyvmstZ9BI/s400/australopithecus_anamensis.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5587761751372800178" border="0" /></a><br />E sempre lidando com as mesmas questões. Pois bem... é assim para quase todos nós. Então aproveito-me da rotina para, apenas, ruminar o tédio. Poesia para vocês:<br /><br /><span style="color: rgb(51, 0, 153);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">Breve ruminar de um mamífero bípede sonolento</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Rumino tédio,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que, em verdade, são tédios - os de cada um dos dias.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Em verdade, todos os tédios, estes soldadinhos apáticos banhados em inexpressão,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">formam apenas um grande, monolítico tédio.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;"><span style="font-style: italic;">Sonno lento</span>, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">quero dormir.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Há outro elemento a ser introduzido neste poema sem graça, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">sem taxa, sem graxa:</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Antes a incapacidade alheia costumava causar-me revolta.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Hoje, apenas me torna sonolento.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Rumino todos os tédios, que são apenas um.</span><br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(0, 102, 0);">NO VIDEOCASSETE: <span style="color: rgb(0, 0, 0);">MANIC STREET PREACHERS - </span></span></span><span><span style="color: rgb(0, 102, 0);"><span style="color: rgb(0, 0, 0);">1985.</span></span></span><span style="font-weight: bold;"><span style="color: rgb(0, 102, 0);"><br /><div style="width: 405px; background-color: white; padding: 0pt 0pt 5px;"><div style="clear: both; width: 405px; height: 365px;"><object width="405" height="365"><param name="movie" value="http://www.timsah.com/getswf/v2/qrdM06HlydK"><param name="WMode" value="Transparent"><param name="allowFullscreen" value="true"><param name="scale" value="exactfit"><param name="allowScriptAccess" value="always"><embed src="http://www.timsah.com/getswf/v2/qrdM06HlydK" wmode="transparent" allowfullscreen="true" scale="exactfit" allowscriptaccess="always" name="player" type="application/x-shockwave-flash" width="405" height="365"></embed></object></div><div style="clear: both;"><div style="float: left; width: 100px; margin-top: 2px;"><a href="http://www.timsah.com/" target="_blank"><img src="http://www.timsah.com/v2/img/logo.embed.1.png" style="border: medium none;" alt="Timsah.com" width="80" border="0" height="15" /></a></div><div style="float: right; width: 315px; margin-top: 2px; text-align: right; font-family: Verdana; font-size: 12px;">İzleyin: <a href="http://www.timsah.com/Manic-Street-Preachers-Tsunami/e0drr6HJnnK" target="_blank" style="font-family: Verdana; font-size: 12px; color: rgb(29, 67, 113); text-decoration: underline;"></a></div></div><div style="clear: both;"><!--//--></div></div><br /></span></span></span>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-26351350479234599352011-02-18T01:08:00.004-02:002011-03-25T06:52:46.228-03:00Fotopoema nº 0Apenas isto:<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/-bGvsC0JfKMo/TV3iyK2qEAI/AAAAAAAABdk/Qu4QuM7_Ocs/s1600/entristeceu.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/-bGvsC0JfKMo/TV3iyK2qEAI/AAAAAAAABdk/Qu4QuM7_Ocs/s400/entristeceu.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5574861265289482242" border="0" /></a><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms; font-weight: bold; color: rgb(0, 102, 0);">NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="500" height="311"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/cNdqoQWz34E?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/cNdqoQWz34E?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="500" height="311"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-34912876623351570462011-02-06T21:04:00.001-02:002011-02-06T21:06:01.691-02:00O povoO que é o "povo"? Qual é a cara do "povo"? Quantos povos há dentro do "povo"?<br /><br />Dentro daquilo que pode ser, para uma elite intelectualizada, o "povo", ou que imagino ser o "povo" para essa elite, tive um breve momento de comunhão com estas pessoas sempre retratadas como o "povo que ri e que se diverte em seus momentos livres".<br /><br />Não, não pertenço a uma elite, sou um que vem do "povo" (mas qual?). Apenas não costumo participar da "coisa popular". Apenas transito entre lugares e lugares. Desconfiem de mim, pois pode haver aqui um discurso preconceituoso ou inocente (temo esbarrar na hipocrisia). Porém, embora haja esta introdução, o que quero mostrar aqui é a rara comunhão. Celebro-a com este poema:<br /><br /><a href="http://4.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TU8pM7izp5I/AAAAAAAABdU/WN_T7b19lvg/s1600/bar2-1.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 319px; height: 319px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TU8pM7izp5I/AAAAAAAABdU/WN_T7b19lvg/s400/bar2-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5570716566199445394" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">O povo</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Era um bar agitado</span><br /><span style="font-family:times new roman;">num fim de semana</span><br /><span style="font-family:times new roman;">depois do trabalho</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de sábado.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Parei.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Era um bar popular</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e estava lotado.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Nas caixas, alto, um samba</span><br /><span style="font-family:times new roman;">quando eu tinha</span><br /><span style="font-family:times new roman;">a fome de sábado.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Havia um povo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">feio, suado, malandro,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">cansado da vida</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e querendo brincar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Por isso, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">eram lindos</span><br /><span style="font-family:times new roman;">enquanto esperava</span><br /><span style="font-family:times new roman;">meu prato popular.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Uma cerveja à mesa.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Depois do calor</span><br /><span style="font-family:times new roman;">do sábado, chovia.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Também por isso parara.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Chega o prato.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">De costas ao todo,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">saciava a fome</span><br /><span style="font-family:times new roman;">enquanto saciavam-se</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de sábado.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Uma mulher dançava.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">O samba no pé</span><br /><span style="font-family:times new roman;">não era meu espetáculo,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">mas aplaudi.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Porque era um povo cansado</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de sábado</span><br /><span style="font-family:times new roman;">calorento-depois-chuvoso</span><br /><span style="font-family:times new roman;">no oeste da cidade, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">quando voltava pra casa.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Era um povo </span><br /><span style="font-family:times new roman;">tão feio e suado quanto lindo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e me encantava.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Eu já partia </span><br /><span style="font-family:times new roman;">quando a mulher que dançava</span><br /><span style="font-family:times new roman;">pediu um cigarro.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Cedi, não havia importância.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Conversamos,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">eu e esta mulher do povo,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que havia me notado, disse, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">desde que eu chegara.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Fumamos juntos,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">à saída do bar,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">eu e o povo, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">falando de coisas comuns</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e já não chovia mais.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Então parti.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Fui pra casa</span><br /><span style="font-family:times new roman;">contente</span><br /><span style="font-family:times new roman;">porque era parte do povo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">na frente daquele bar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Sim, eu sou o povo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">também.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Dividimos o momento</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de um modo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">tão surpreendente </span><br /><span style="font-family:times new roman;">quanto imcompreensível</span><br /><span style="font-family:times new roman;">pra quem não é</span><br /><span style="font-family:times new roman;">o povo.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">E eu, que não era o povo, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">que cheguei ninguém,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">gostei de estar.</span><br /><br />Beijos e abraços, povo!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 0);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><iframe title="YouTube video player" src="http://www.youtube.com/embed/wQdO2SYHFtM" width="425" frameborder="0" height="349"></iframe>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-75840187303167691402011-02-02T09:46:00.005-02:002011-02-02T09:54:28.986-02:00Duas imagensque dizem muito. Apenas uma delas necessita contextualização.<br /><br /><div style="text-align: center;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TUlAA0G4mRI/AAAAAAAABc8/ar9hR6Esukw/s1600/lindberg%2Be%2Bcollor.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 288px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TUlAA0G4mRI/AAAAAAAABc8/ar9hR6Esukw/s400/lindberg%2Be%2Bcollor.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569052796952025362" border="0" /></a><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic;">Foto: Lula Marques/Folhapress.</span><br /></span></div><br />Em 1992, Lindberg Farias era o líder da UNE (União Nacional dos Estudantes) e levou a juventude tupiniquim, por meio do movimento dos Caras-Pintadas, a exigir o <span style="font-style: italic;">impeachment </span>do então presidente Fernando Collor de Mello. Quase 19 anos depois, o ex-líder estudantil, pelo PT do Rio de Janeiro, e o ex-presidente da República, pelo PTB de Alagoas, encontram-se no Senado e cumprimentam-se efusivamente. Suponho que se entenderão muito bem. Collor já se prontificou a ensinar a Farias os macetes do cargo. Isso vai ser bonito, não? Ah!, as voltas que a vida dá! Tudo sob o signo da democracia...<br /><br /><div style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TUlABE9MujI/AAAAAAAABdE/s2pbtdnLguE/s1600/egito.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TUlABE9MujI/AAAAAAAABdE/s2pbtdnLguE/s400/egito.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569052801474804274" border="0" /></a><span style="font-style: italic;font-size:78%;" ><blockquote>Foto: AFP.</blockquote></span><br /></div>No que diz respeito à segunda imagem... preciso dizer alguma coisa?<br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="color: rgb(0, 51, 51); font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" src="http://www.youtube.com/embed/aMfkVGCU_BA" width="500" frameborder="0" height="311"></iframe>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-66702268012435794272011-01-15T16:06:00.003-02:002011-01-15T16:13:48.187-02:00No ar: Boulevard do Cine, novo blog sobre cinemaCulpa deste que posta a vós e do camarada Hudson Nogueira. Em breve, outros valorosos amigos virão a colaborar.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TTHikg_Q8qI/AAAAAAAABc0/TUVGGV2Mldw/s1600/LES_ENFANTS_DU_PARADIS.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TTHikg_Q8qI/AAAAAAAABc0/TUVGGV2Mldw/s400/LES_ENFANTS_DU_PARADIS.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5562476131737727650" border="0" /></a><br />O endereço da nova casa está <a href="http://boulevardocine.blogspot.com/"><span style="font-weight: bold;font-size:85%;" ><span style="color: rgb(255, 102, 0); font-family: verdana;">aqui</span></span></a>.<br /><br />Serão bem-vindos, pessoal!<br /><br /><span style="font-family: trebuchet ms; font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 0);">NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="240" height="192"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/afam2nIae4o?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/afam2nIae4o?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-71863049175465565062011-01-14T21:21:00.001-02:002011-01-15T00:13:32.410-02:00Horóscopo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TTDZm7RbdsI/AAAAAAAABcg/ptW09MPNGnI/s1600/punching-bag2.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TTDZm7RbdsI/AAAAAAAABcg/ptW09MPNGnI/s400/punching-bag2.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5562184802571613890" border="0" /></a><br />Estava no horóscopo que eu inventei: <span style="font-style: italic;">Será um tempo de vontades e realização. De lembrar-se de si, mas também de esquecimentos. A partir disso, prepare-se para o não imaginado</span>.<br /><br />O não imaginado ou não planejado é melhor.<br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 0);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="2400" height="180"><param name="movie" value="http://www.dailymotion.com/swf/video/x19kmd?width=&theme=none&foreground=%23F7FFFD&highlight=%23FFC300&background=%23171D1B&start=&animatedTitle=&iframe=0&additionalInfos=0&autoPlay=0&hideInfos=0"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowScriptAccess" value="always"></param><embed type="application/x-shockwave-flash" src="http://www.dailymotion.com/swf/video/x19kmd?width=&theme=none&foreground=%23F7FFFD&highlight=%23FFC300&background=%23171D1B&start=&animatedTitle=&iframe=0&additionalInfos=0&autoPlay=0&hideInfos=0" width="480" height="360" allowfullscreen="true" allowscriptaccess="always"></embed></object><br /><b><a href="http://www.dailymotion.com/video/x19kmd_john-lennon-mind-games_music">John Lennon - Mind Games</a></b><br /><i>Enviado por <a href="http://www.dailymotion.com/bebepanda">bebepanda</a>. - <a target="_self" href="http://www.dailymotion.com/br/channel/music">Clipes, entrevista dos artistas, shows e muito mais.</a></i>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-853102278570391152010-12-31T22:25:00.001-02:002010-12-31T22:26:15.624-02:00Termina 2010, o ano da Jabulani<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TR50VLuNYxI/AAAAAAAABcY/_F57PKne6uA/s1600/jabulani.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TR50VLuNYxI/AAAAAAAABcY/_F57PKne6uA/s400/jabulani.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5557006897494450962" border="0" /></a><br />Cumprem-se os 365 dias. (É, conferi no reloginho do note, pra ver se não tinha sido ano bissexto. Não foi.)<br /><br />Não houve nesses dias um em que não tivesse corrido, amado, falado sozinho, brigado com o relógio, esperado que alguém me chamasse ou chamado alguém.<br /><br />Ouvi muita música, ouvi queixumes de quem não aguentava o ritmo de trabalho, ouvi uma voz especial no ouvido. Disse coisas bonitas e outras tristes. Perdi o controle, o equilíbrio. Encontrei-me de alguma forma. Ou estou em curso disso - afinal, todas as coisas estão em curso, não é? Os processos não param pra ver fogos de artifícios, por mais belos que sejam.<br /><br />Bebi menos, li mais.<br /><br />Trabalhei em vários lugares. Em cada lugar, o tempo de um projeto. Travei conhecimentos, fiz amigos.<br /><br />Escrevi pouco, tenho dois projetos em mente, dos quais voltarei a falar no momento certo.<br /><br />Acompanhei a vida dos amigos. Vi gente cair e também vi gente se levantar. Tive minha queda, num momento importante, e pensei que tudo estava perdido, mas pude me levantar. O melhor da queda, dizem alguns, é rir-se de si mesmo. Eu digo, como outros dizem, que é seguir em frente. Aqui estou.<br /><br />Fiz tantas coisas, que um post simples em um simples blog não daria conta. Os 365 dias e noites do ano são testemunhas e isto basta.<br /><br />Estou pronto, com minha grande barriga, com meus pés fortes e com uma reserva a mais de suor e neurônios pra 2011. E com amor no peito, porque não se vive sem amar a vida.<br /><br />Vem, que eu mato no peito e mando pro gol, Jabulani!!<br /><br />Até 2011, amigos!! Que Nina Simone, logo abaixo, os abençoe!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="240" height="192"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Ht30Nac6l80?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Ht30Nac6l80?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-73519396118521149782010-12-12T12:46:00.004-02:002010-12-12T13:06:42.084-02:00Uma Sicília universal<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TQTiFO7rrtI/AAAAAAAABcM/MeCZ5Y5oct4/s1600/sic%25C3%25ADlia_02.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 283px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TQTiFO7rrtI/AAAAAAAABcM/MeCZ5Y5oct4/s400/sic%25C3%25ADlia_02.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5549809220362940114" border="0" /></a><br />Então o amolador disse:<br /><br /><blockquote>"Grande mal é ofender o mundo.<br /><br />Desculpe, mas se uma pessoa conhece outra e tem prazer em conhecê-la, e então leva-lhe dois soldos ou duas liras a mais por um serviço que deveria ter sido gratuito devido ao grande prazer que teve em conhecê-la...<br /><br />... quem é esta pessoa, senão um homem que ofende o mundo?<br /><br />Às vezes confundimos as pequenezas do mundo com as ofensas ao mundo."<br /></blockquote><br />Este breve trecho do diálogo final em <span style="font-style: italic;">Gente da Sicília</span>, filme do casal Jean-Marie Straub e Danièlle Huillet me parece toda filosofia do mundo.<br /><br />Claro, não é toda. Mas parte importante. Por isto, quis dividir este pequeno trecho com vocês.<br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="240" height="192"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/5uIqs6UDifM?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/5uIqs6UDifM?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-64342520350960053732010-11-30T15:32:00.001-02:002010-11-30T15:36:30.905-02:00Um quarto em Roma<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TPU0lSthtJI/AAAAAAAABb8/kRAZXAE_TWk/s1600/um%2Bquarto%2Bem%2Broma%2B01.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TPU0lSthtJI/AAAAAAAABb8/kRAZXAE_TWk/s400/um%2Bquarto%2Bem%2Broma%2B01.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545396331459228818" border="0" /></a><br /><div>Assisti a este filme, o novo de Julio Medem, que está em cartaz em Sampa e, provavelmente, noutras cidades.</div><div><br /></div><div>Curiosa e diferentemente de outros filmes dele já vistos por mim (<i>Os amantes do Círculo Polar</i>, <i>Lucía e o sexo</i> e <i>Caótica Ana</i>), que abordam períodos de vida mais longos de suas personagens, neste <i>Um quarto em Roma</i>, Medem se atém a um momento breve da vida das protagonistas, a russa Natasha, que no decorrer do filme revela-se Dasha, e a espanhola Alba. E sai-se muito bem.</div><div><br /></div><div>O filme trata da relação tão efêmera quanto intensa de duas mulheres que se encontram na noite romana, enquanto afogavam suas mágoas. Vão para um ambiente perfeito: um quarto de hotel em Roma, com gosto de história, de Renascimento.</div><div><br /></div><div>Fantasia e realidade se mesclam. Os nomes e histórias que inventam servem para desnudá-las, para trazer suas verdades à tona. Há um amor que precisa ser vivido, ainda que tenham, à alvorada, que despedirem-se - não sem sofrimento - e retornar às suas vidas.</div><div><br /></div><div><img src="http://2.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TPU0l1tniiI/AAAAAAAABcE/bKYgFMkWyOk/s400/um%2Bquarto%2Bem%2Broma%2B02.jpg" style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 225px;" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5545396340854852130" border="0" /></div><div>A nudez e a relação homoerótica nunca são ordinárias neste filme. É o sentido contrário do que a grande mídia quase sempre expõe, "ordinarizando" estes elementos. (Bom... o que a mídia não "ordinariza", nestes dias?)</div><div><br /></div><div>Fiquei a pensar se amor não é o momento e depois tudo se esvai. Ou se amor é outra coisa que não sei o que pode realmente ser. Outra ilusão grandiosa? A maior de todas as quimeras?</div><div><br /></div><div>Bom, depois de minhas constatações e divagações, apenas concluo dizendo que...</div><div><br /></div><div>... trata-se de um belo filme!</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Beijos e abraços, pessoal!</div><div><br /></div><div style="color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;"><span class="Apple-style-span"><b><span class="Apple-style-span">NO VIDEOCASSETE</span></b></span></div><div><b><span class="Apple-style-span"><object width="450" height="270"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/v3gnsQuxpGg?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/v3gnsQuxpGg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="450" height="270"></embed></object></span></b></div>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-72981733210320885622010-11-28T16:43:00.000-02:002010-11-28T16:43:34.209-02:00ReligiãoHá uma religião possível...<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TPKguervbqI/AAAAAAAABbU/tqUrKSRhQ40/s1600/religiao.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TPKguervbqI/AAAAAAAABbU/tqUrKSRhQ40/s400/religiao.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5544670811617455778" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">Religião</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Alimenta-se de sorrisos.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">De sol. De sombra. De água fresca,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">embora prefira cerveja.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Alimenta-se do carinho,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de amigos. </span><br /><span style="font-family:times new roman;">Da luz e das cores das noites festivas.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">E, ainda assim, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">não é um ser vampiresco</span><br /><span style="font-family:times new roman;">em seu túmulo arquitetando</span><br /><span style="font-family:times new roman;">tolos planos de conquistas vazias.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Nem oculta o que tem</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de mais belo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">por autossabotagem,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">banhando-se em</span><br /><span style="font-family:times new roman;">ilusões de consumo,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">mostrando-se assim</span><br /><span style="font-family:times new roman;">artificialmente seguro</span><br /><span style="font-family:times new roman;">em sua torre de cristal</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que lentamente desmorona.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">É! Quanto mais <span style="font-style: italic;">high</span>, mais <span style="font-style: italic;">low</span>.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Desculpem tal poeta, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">tristes pessoas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">das trevas do mundo.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Não descerá novamente </span><br /><span style="font-family:times new roman;">ao inferno.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Não estará em busca</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de uma Beatriz</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que não há.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Não será um poeta maldito.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Tampouco bendito.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Poeta apenas humano</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que ainda tenta aprender a amar,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que sabe o árduo do caminho,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">porém não desiste.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Pois sabe que além dos clichês,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">do trato e destrato social,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">das palavras mal-ditas,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">dos cigarros e pulmões enegrecidos,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">há redenção. </span><br /><span style="font-family:times new roman;">Uma religião sem bandeiras.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">O poeta acredita em vida nesta vida.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">A morte nesta vida</span><br /><span style="font-family:times new roman;">deixa aos habitantes</span><br /><span style="font-family:times new roman;">da torre de cristal</span><br /><span style="font-family:times new roman;">que já se esqueceram</span><br /><span style="font-family:times new roman;">de como sorrir.</span><br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 0);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/-9fll6WiTsY?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/-9fll6WiTsY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-87179771047184252222010-11-20T15:42:00.002-02:002010-11-20T16:00:58.763-02:00A arte da navegaçãoJá não sou tão novo e cada vez mais, conheço os mares onde navego. Um pouco de leve poesia em meio à tempestade não será ruim.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TOgGGGHNvfI/AAAAAAAABbM/aPT759Ae_iA/s1600/ship_storm.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 314px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TOgGGGHNvfI/AAAAAAAABbM/aPT759Ae_iA/s400/ship_storm.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541686043269250546" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(0, 0, 153);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">A arte da navegação</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Existir</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e não se se perder com os ruídos ao redor.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Existir</span><br /><span style="font-family:times new roman;">e não lamentar o passo que já é passado.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Içar velas </span><br /><span style="font-family:times new roman;">e navegar.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Vil vidas, mil mares, mil vidas.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">O marulho, marujo, é o que há de levar-nos ao próximo destino. Haverá um porto onde atracar.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Prosseguir<br />alegre na calmaria e valente na tempestade.</span><br /><br />Já não tão novo. Trinta e sete longas jornadas. Existo e agradeço a todos que, de algum modo, viajaram neste barco. Aos que viajam. E aos que ainda terão os pés nesta embarcação humilde, porém forte e grávida de novidades.<br /><br />Luz pra quem é de luz, trevas pra quem é de trevas. Beijos e abraços aos amigos.<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 51);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="240" height="192"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/snwH8z_t_SE?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/snwH8z_t_SE?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-10311470685629340142010-10-20T11:18:00.001-02:002010-10-20T11:19:47.605-02:00À luz do diaEste é um poema de amor.<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TL7rjT5zGbI/AAAAAAAABaw/Zl9MaTigT-4/s1600/daylight.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TL7rjT5zGbI/AAAAAAAABaw/Zl9MaTigT-4/s400/daylight.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5530116384328194482" border="0" /></a><br /><span style="font-size:130%;"><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-family:verdana;" >À luz do dia</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ela minha. De todos.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Atravesso a escuridão e encontro a luz do dia.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Toco, amante insaciável.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Sua pele traz consigo</span><br /><span style="font-family:times new roman;">a história da humanidade.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Penetro-lhe imensamente</span><br /><span style="font-family:times new roman;">apaixonado. Dominador e dominado.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Crio e recrio dentro de você.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Uni versos. Sempre uno.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Nossa filha.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Poesia.</span><br /><br />Porque este é o dia.<br /><br />Beijos e abraços, pessoal!<br /><br /><span style="font-weight: bold; color: rgb(0, 51, 0);font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="240" height="192"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TAyN2hqJsvM?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/TAyN2hqJsvM?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8828682.post-6001140678284593562010-10-13T20:29:00.001-03:002010-10-13T20:31:26.153-03:00Tudo fora do seu devido lugarQuando o mundo está estranho. Mas, para o mundo parecer estranho, há que haver um parâmetro inicial de como alguém enxergou o mundo pela primeira vez.<br /><br />Então, em algum momento, as coisas pareceram sair do lugar.<br /><br />Os eventos vão atirando estes pequenos e grandes objetos nas nossas caras, por que tudo está sempre mudando. Nem sempre percebemos, até que sejamos atingidos.<br /><br />Então dizemos: "o mundo está estranho".<br /><br /><a href="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TLY8zUZXpFI/AAAAAAAABag/lSHgwtvEBms/s1600/outoforder-1.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 300px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_rXQNqbhf404/TLY8zUZXpFI/AAAAAAAABag/lSHgwtvEBms/s400/outoforder-1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5527672444989973586" border="0" /></a><br />E isto está acontecendo. Cada vez mais rápido. "O-mundo-está-estranho" não é informação nova. Toda hora uma estranheza nova.<br /><br />Irão os objetos do mundo serem recolocados em seu devido lugar alguma vez? Improvável.<br /><br />Por isso, o poema. Vários objetos que atravessam o ar e nos atingem. Eles vêm de diversos pontos. Não sabemos bem o que são. Apenas um vislumbre rápido.<br /><br />Uma tentativa de não organizar organizando, não fixar fixando. Ou apenas mais um poema caótico no mundo, a ser atirado no ar.<br /><br /><span style="color: rgb(0, 0, 102);font-size:130%;" ><span style="font-family:verdana;">Tudo fora do seu devido lugar</span></span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Que fique bem claro: chiste é chiste, not shit.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Letra de música não é poema, mas pode ser poesia —</span><br /><span style="font-family:times new roman;">sobretudo é letra de música.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">A intelectualização de alguns temas</span><br /><span style="font-family:times new roman;">não deveria ser proibida, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">porém por vezes é improdutiva. Masturbação.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ou antimasturbação, amor.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Sinto tesão pelas ideias, mas por favor,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">não abuse.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">O ministério da luz agradece.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Hippie de hoje é fake. Woodstock hipócrita.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Hollywood já foi sucesso,</span><br /><span style="font-family:times new roman;">hoje é câncer ou impotência</span><br /><span style="font-family:times new roman;">ou...</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Tempos terríveis em que vivemos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Da área VIP eles riem de nós, amor.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Ouquei, vamos sacudi-los.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Ainda que bregas, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">porque chiques como eles não interessa ser.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Brainstorming.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Na rede elétrica em meu corpo recebo os raios.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">E funciono.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Não sou máquina, </span><br /><span style="font-family:times new roman;">não repito algoritmos.</span><br /><span style="font-family:times new roman;">Rompo-os quando consciente.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">Ao menos.</span><br /><br /><span style="font-family:times new roman;">A mais, tenho amor. <span style="font-style: italic; color: rgb(102, 102, 102);font-family:times new roman;font-size:85%;" >Estava em falta no mercado.</span></span><br /><span style="font-family:times new roman;">Não paz nem guerra, Tolstói.</span><br /><br />Pessoal, abraços e beijos!<br /><br /><span style="color: rgb(0, 51, 0); font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >NO VIDEOCASSETE</span><br /><object width="240" height="192"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VrpGhEVyrk0?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/VrpGhEVyrk0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Alessandrohttp://www.blogger.com/profile/10526496915980732792noreply@blogger.com2