Antes do novo conto (haja disposição para organizar um pouco mais aquilo que vocês lerão), uma nova poesia. Ou... chamem do que quiserem... eh eh eh!!
O que Não Cabe
As palavras que escrevo em livre poesia
não cabem no verbo,
tampouco no verso
desta pequena poesia que não cabe no mundo.
Também o cantor de folk não cabe na banda de rock
ou vice-versa.
A pesada chuva que vai cair não cabe em sua música,
assim como não cabe ficar ouvindo aquela voz no diskman.
Mas não é assim...
O mundo não cabe a mim julgar,
assim também não cabe ao mundo minha sentença.
Apesar de que insistem...
Julgam que eu caibo no chão onde piso
e é só o que me é destinado.
Mas aceito o desafio.
Só assim com minhas músicas eu fico
pronto para o grande número de sentenças
que não cabem num verso.
Estou na minha estrada.
A 61 não cabe em meu caminho
que só comporta 09 de Julho
neste mesmo momento que não caberia numa vida.
Mas eu faço a força...
até que o pacote arrebente.
E, se não arrebentar, eu que não chore pelo que já era esperado.
Porque na vida deve caber muito, muito mais do que me é oferecido.
Agora eu os deixo por um instante, para digerir esta paisagem, amigos passageiros. Beijos e abraços!!
NA MINHA VITROLA: BOB DYLAN - Outlaw Blues > On the Road Again.
Um dia de céu limpo, uma dose de conhaque, o porco engravatado que rumina dinheiro alheio, as noites solitárias, as crianças fazendo algazarra, amores possíveis e impossíveis. Tudo o que há sob o sol (e além do sol) é a matéria da poesia. Este blog é um livro inconcluso com páginas abertas para que você encontre textos escritos com verdade, sentimento e, principalmente, com ALMA. Uma viagem que nunca termina. Por Alessandro de Paula. Contatos em palavratomica@gmail.com
2 comentários:
Não cabe a mim falar sobre caber em algo, afinal não caibo mais nas minhas calças, blusas e até algumas sandalias!
Cabe dizer que não cabe mais, não cabe o despero que termina em grito e a vida que continua a rodar neste metro de filme que não sabemos até quando irá durar!
Forte abraço!
biseaus,
Ale
Obs. não te preocupes a mulher da minha imagem deve existir em BH, distante de nós!
Alessandro, obrigado por sua visita, sei que não é desânimo o que sentimos,é angústia existencial, é dor da vida, depressão de poeta. Vai ser assim até o final, quando subiremos como Gagarin num facho de fogo. Abraço meu irmão.
Postar um comentário