sexta-feira, 29 de julho de 2005

O Loucobardo (ou muitodepois de vintedois)

Olá, amigos viajantes!! Aqui vai mais um texto atômico a vocês. Uma paisagem deliberadamente nonsense ou com todo o sentido. Questões de percepção, ou nada disso. Bom, aí está. Confiram:


o loucobardo (ou muitodepois de vintedois)


no metrô dondocas celulíticas comparam_celulares
jovens faltandoesperança fumam_baseado na praça
velhos sobrandossobrando tomam_cachaça no bar
e o loucobardo escreve estas palavras complicadas baseado no vazio de si

se preserva para ver o fim_______reserva n-1 time de futebol

sobradetodos_____joga mal...____mas permanece sempreatual!
é seu destino observar_______nuncanada julgar
mesmo que julgue às vezes______não chega às redes
não faz gol______nem é juiz______não dá cartão____nem bate martelo
que ingenuossingelo!


ser_loucobardo..._____sina infeliz
______________senssolução…

sensação:-)___loucobardo põe-se a gritar “vamo’acordá”
sem ninguém se admirar e se alguém se admira é louco também meubem destinado a morrer sem-1-vintém

conclusão:-(___loucobardo põe-se a perguntar “quêquehá?”
sem ninguém se importar e se se importa é que loucobardo virou pedranossapato que machuca… “masquemerda!”

e o mundo segue seu caminho
não pergunte “comovai_vizinho?”
todos carecem_carinho

e ninguém tem tempo nem-1-minutinho

enquantoisso…


velhos morrendomorrendo tomam_cachaça no bar
jovens sobrandoignorância fumam_baseado na praça
no metrô dondocas esqueléticas comparam_celulares



e militares grandepotenciosos ameaçam explodir o mundo com bombas­-h
(mesmo_que_digam_que_não)


e o internauta supercurioso acessa sites arrobapontocom no seu novomundo

(respostas_para_1-a_questão?)
ponto final
___
Espero não haver enlouquecido nenhum de vocês com essas paisagens, meus amigos. Gosto deste texto, talvez eu tenha "viajado na maionese" um pouco. Mas... quem precisa ser sóbrio todo o tempo? Ah ah ah!! Bom, estejam prontos pra mais. Beijos e abraços, povo!!
___
NA MINHA VITROLA: U2 - Walk On > The Doors - People Are Strange.

quinta-feira, 28 de julho de 2005

O Fim da Tarde

Olá, amigos viajantes!! Bom, aí vai mais uma poesia da era atômica... ah ah ah!! Confiram:

O Fim da Tarde

tarde…
é a tarde em seu fim e eu aqui dentro do trem
uma visão de contemporaneidade
contraste... é o fim da tarde que, de tão antiga,
surgiu antes de eu surgir
e o céu, entre azulado e rubro,
junto às silhuetas dos arranha-céus
chama a atenção para me contar
que já é tarde, tão tarde que…
não posso ignorar nem o mínimo vislumbrar
quando quase tudo
é tão feio, tão cinza, que não consigo situar
em um mundo tão imundo esta tarde tão antiga
mais que o sangue que corre sem parar
tão eterna que as horas não impedem
que seja tarde aqui em mim

mesmo ainda que seja o fim

Ora, tão simples, não? Esses fins de tarde... me agradam tanto. Enfim, é bom estar vivo. É bom poder escrever pra vocês. Beijos e abraços!! Até breve!!

NA MINHA VITROLA: Ray Charles - Mess Around > I've Got a Woman > (Night Time Is) The Right Time.

quarta-feira, 27 de julho de 2005

Doçura

Hoje, uma poesia sobre infância e realidade. Mais uma da "velha safra atômica". Confiram, amigos viajantes:


Doçura

uma doce criança me entregou um seu brinquedo

como se fosse a dança e o revelar de seu segredo

a florzinha parecia a joaninha, o inseto

e eu estava ali para doar meu coração

surgiu um sorriso, o entoar de uma canção

mas a florzinha murchou depois de dias

e tudo que passou, passou em vão

depois de anos a menininha crescerá

pronta para o sacrifício viverá

pro mundo que nos tira a inocência e o encanto

que nos devolve a violência e o pranto

E haverá mais, muito mais, prezados companheiros de viagem!! Beijos e abraços!! Até!!

NA MINHA VITROLA: The Pretenders - Back on the Chain Gang > B-52 - Private Idaho.

terça-feira, 26 de julho de 2005

O Erro

Caros amigos viajantes, continuando o review iniciado a cerca de dez dias, mostro a vocês uma poesia que me deu muito gosto. Eu a escrevi no Metrô (como muitas vezes faço, aliás... eh eh eh!!) e lembro-me que estava com uns amigos e havia um senhor com jeito de padre. Ele chamou meus amigos, apontou pra mim e disse "cuidem desse rapaz, pois ele é muito triste...". Ah ah ah!! Tudo bem, "seo padre", eu não pretendo precisar de tantos cuidados. Já se passaram dois anos, talvez até mais tempo, e estou aqui, inteiro e lembrando que você existe!! E vou escrever muitos erros e alguns acertos também. Quem sabe até erros que se tornem acertos... eh eh eh!! Agora, amigos viajantes, chega de papo furado e confiram:

O Erro

Eu que sou o erro
Carrego em meu cerne o mal
Sou eu o próprio mal...
A eternidade do que carrego comigo
É minha maldição de testemunha eterna,
Tantas coisas já vistas...
Mentira! Mentira! Mil vezes mentira!!!
Não somente presenciei, fui e sou eu o agente de toda a desgraça
Por exemplo...
Dizem ter sido Nero o incendiário de Roma...
Confesso: o inocente Nero não foi páreo para minha sede de fogo... eu fiz aquela gente arder!!!
E se Lutero reformava, eu levava o fogo da rivalidade para hoje a Irlanda tremer
Eu que faço maldita a Terra Santa prometida aos povos de Israel e Ismael
Ainda ali, dei o primeiro grito por Barrabás
Na China, marchei contra o povo na Praça da Paz
Da África vieram acorrentados os negros para aqui serem maltratados... quem os trouxe senão eu?
E quando Hitler na prisão se preparava para tomar toda a Europa
Na velha bota era eu que gerava o vinho no copo de Il Duce Mussolini
E quando os europeus decidiram fazer a América
Criei para eles belas redes de fast food e altas torres que alimentaram o orgulho
Agora mais do que nunca entulho...
E, como deve sempre ser, eu disseminei o vírus mortal
Que faz todos repensarem a conduta sexual
Como se não bastasse, sou responsável pelo sensual marketing que se espalha mundo afora
Agora não escapam de minha armadilha... ah ah ah!!!

Enfim... não há maior mal que eu tenha perpetrado...
Esqueci-me do amor por todas as minhas vítimas,
Os miseráveis da África, da Ásia, da América... pior que uma latrina...
Amor por um planeta agora claustrofóbico, cheio de tanta gente pior que vocês que estão aqui
Porque vocês comem, bebem, fazem amor, coçam o saco...
Há gente que eu privei de tudo isso!!!
Amor por um planeta agora melancólico... amor, este termo tão utópico...Esqueci... e não me sinto nada mal com isso!!!


Ah, sim... o que o "seo padre" viu foi só um rascunho, uma idéia do que seria O Erro. Se ele conhecesse este texto como está aqui, talvez ele recomendasse uma internação... ou faria um exorcismo... ah ah ah!! Não sei, não sei... enfim, beijos e abraços, meus amigos!! Qualquer hora dessas haverá mais!!

NA MINHA VITROLA: Asobi Seksu - I'm Happy, But You Don't Like Me > Sooner > Umi De No Jisatsu > Walk on the Moon > Let Them Wait > Taiko > It's Too Late.

segunda-feira, 25 de julho de 2005

São Paulo, a Cortesã

Olá, amigos viajantes!! Ontem, tive a possibilidade de me apresentar em um evento de meu bairro. Foi um fiasco o evento como um todo, mas valeu a pena por voltar a ter contato com um palco, além das companhias, claro!! Mas choveu... bem na hora em que subi... ah ah ah!! Há coisas que só acontecem com este amigo de vocês... mas tudo bem. Agora, confiram... abri minha apresentação com...

São Paulo, a Cortesã

são paulo, cidade imunda, minha imunda, vagabunda
cai, cidade suja... cai aos meus pés
e suja as solas de meus sapatos
eu, que tanto te odeio, tanto te amo...
como poderia viver sem ti, ó febril cidade?
eu, que poderia encontrar sossego em outros recantos
sou fiel a ti, que me trais com todo mundo
não que te importe meus cornos, pois tu sempre sorris
principalmente quando é noite e todos voltam para casa
é que durante o dia lambuzaste-te em orgias,
entregaste o corpo a quem quiser
e eu, que tão pouco aproveito de ti,
odeio-te desesperadamente
e tão desesperadamente te amo, minha cortesã insaciável
ah, mas isso eu já disse… e tu sabes, ris de minha desgraça
sim, tu sabes – como poderei viver sem ti,
mesmo que outras me atraiam?
é que as outras também possuem, como tu possuis
os mesmos vícios, a mesma lascívia
e ainda que um dia eu venha a amá-las,
nunca será o amor que por ti sinto
ah, são paulo, tu me infectas com tuas doenças
e eu, alegre, me pergunto
como poderei viver sem teus vírus, teus bacilos,
teus caprichos de mulher mundana?
então cai, cidade suja... cai aos meus pés

e suja as solas de meus sapatos...

Aqui está um texto que eu gosto muito, modestamente falando. Não à toa, eu o escolhi para abrir a apresentação. Também apresentei os textos Gratuito, Gratuito e O Jardim que Oferto a Ti, que já foram publicados neste blog. Este último, com alguns acréscimos. Além deles, inédito neste blog, mas dos tempos de Átomos do Alessandro, apresentei também O Erro, que particularmente considero meu maior êxito. Pois bem... em breve, vocês terão a oportunidade de conhecer tal "erro"... eh eh eh!! Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: Alice Cooper - School's Out > R.E.M. - The One I Love.

segunda-feira, 18 de julho de 2005

Transitoriedade

Bom, meus amigos viajantes. Vamos seguir o review do Palavra Atômica. O tema de hoje é...

Transitoriedade

Somos seres transitórios
Estamos aqui hoje
Amanhã não estaremos mais
Estou numa rodoviária agora
Daqui a pouco não mais
A rodoviária é um lugar permanente
Para pessoas transitórias.
Fumo um cigarro transitório
E não fumo permanentemente
É uma tentativa transitória
De preencher um vazio permanente
Que apenas as pessoas
Mais ou menos transitórias em minha vida
Podem preencher
Agora devo partir
Já fumei o cigarro
Já se foram as pessoas
Para lá ou para cá
Vamos transitoriamente.

Bom, meus amigos, espero que tenham gostado. Claro que são poesias menos rebuscadas que as que tenho postado ultimamente, mas fazem parte de um momento muito importante e, ademais, não são ruins, absolutamente... eh eh eh!! Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: David Bowie - Let's Dance.

quinta-feira, 14 de julho de 2005

Terceiromundo

Bom, amigos viajantes. Confesso que estou com falta de assunto por aqui. Há tanta coisa acontecendo e aqui estou, meio tonto e perdido, tentando me situar de alguma forma. Mas não pensem que abandonarei este blog. Creio que seja o momento de fazer um review de parte do que já fiz. E é bom, porque alguns amigos viajantes que não acessavam antes o velho Átomos do Alessandro (que hoje nem está mais disponível na rede) poderão agora conhecer alguns trabalhos meus deste período, levando em conta que alguns destes trabalhos constam em Palavra Atômica, o meu primeiro filho de papel. Começamos esta viagem no tempo, confiram:

Terceiromundo

viva o terceiro milênio no terceiro mundo!
viva o terceiro mundo no terceiro milênio!
embora terça-feira tudo volte ao normal
embora às três da tarde
o mundo não chegue ao final
sobrevivemos a tudo, a todos
aos três reis magos
às três pirâmides do egito
às três profecias de fátima
aos três mosqueteiros, ao apocalipse
às porradas, aos afagos
às muitas efemérides
pois tudo é efêmero
mesmo as mortes no sul do mundo
as dituaduras sujas, imundas
ficamos cegos, surdos, mudos
mas sobrevivemos, por isso...

viva o terceiro milênio no terceiro mundo!
viva o terceiro mundo no terceiro milênio!

Meus amigos viajantes, é isto: faz-se hora de rever textos antigos, enquanto não chegam os novos. Espero que quem não conhecia, aprecie. Beijos e abraços!! Até!!

NA MINHA VITROLA: Pizzicato Five - La Régle du Jeu > I Hear a Symphony > Drinking Wine > The Great Invitations.

quarta-feira, 13 de julho de 2005

Romance de la Pena Negra, de Federico García Lorca

Olá, amigos viajantes. Hoje quero postar aqui uma poesia de Lorca, que me pareceu tão bela. Foi musicada por Fito Páez, em seu recentíssimo CD Moda y Pueblo, e foi meu primeiro contato com esta poesia. Sim, já é uma das minhas preferidas. Sim, vergonha por não ter prestado atenção a Lorca a mais tempo... mas vamos lá, vamos lá!!

Romance de la Pena Negra
Federico García Lorca

Las piquetas de los gallos
cavan buscando la aurora,
cuando por el monte oscuro
baja Soledad Montoya.

Cobre amarillo, su carne,
huele a caballo y a sombra.
Yunques ahumados sus pechos,
gimen canciones redondas.
Soledad, ¿por quién preguntas
sin compaña y a estas horas?
Pregunte por quien pregunte,
dime: ¿a ti qué se te importa?
Vengo a buscar lo que busco,
mi alegría y mi persona.
Soledad de mis pesares,
caballo que se desboca,
al fin encuentra la mar
y se lo tragan las olas.
No me recuerdes el mar,
que la pena negra, brota
en las sierras de aceituna
bajo el rumor de las hojas.
¡Soledad, qué pena tienes!
¡Qué pena tan lastimosa!
Lloras zumo de limón
agrio de espera y de boca.
¡Qué pena tan grande! Corro
mi casa como una loca,
mis dos trenzas por el suelo,
de la cocina a la alcoba.
¡Qué pena! Me estoy poniendo
de azabache, cama y ropa.
¡Ay mis camisas de hilo!
¡Ay mis muslos de amapola!
Soledad: lava tu cuerpo
con agua de las alondras,
y deja tu corazón
en paz, Soledad Montoya.

Por abajo canta el río:
volante de cielo y hojas.
Con flores de calabaza,
la nueva luz se corona.
¡Oh pena de los gitanos!
Pena limpia y siempre sola.
¡Oh pena de cauce oculto
y madrugada remota!

Não esperem que eu traduza, amigos, porque creio que se perderia totalmente a fluência aqui. É muito bela para ser traduzida a qualquer outro idioma. Desculpem!! E beijos e abraços!! Sempre!!

NA MINHA VITROLA: Brazilian Girls - Die Gedanken sind Frei (Thoughts Are Free) > All We Have > Dance Till the Morning Sun > Me Gusta Cuando Callas.

quinta-feira, 7 de julho de 2005

O Tango

Caros amigos de viagem, aqui estou novamente. Uma poesia "entrefases" para vocês, ok? Confiram!!

O Tango

Hoje tudo o que tenho
Tudo o que sou
É a voz triste de algum tango
Pois ainda lembro
Toda vez que saio de casa e chove
A chuva de um último encontro
E dois tão próximos sob um guarda-chuva
Além de todos os momentos
Agora estou alheio e nada mais me importa
Não pertenço a nada, a ninguém
Mas seria bom que fosse diferente
Para que surgissem poesias e canções mais alegres neste ar sombrio e fétido

Hoje tudo o que quero
Tudo que sou e posso ser
É o som trágico do bandoneon
Porque todas as palavras (não) se encontram
Jogadas ao ar, sem parecer que possam ser reunidas outra vez como num quebra-cabeças
Não serão jamais letras de música ou poesia
Um incêncio destruiu a casa de um amor e aquele jardim...
Não sobrou uma pétala...
Agora compreendo que talvez a única realidade possível,
A única que não vai doer,
Se encontra fora da realidade

Não queria ser a voz de um cantor de tango
Ou o trágico som do bandoneon
Hoje eu sou mais...
Mais do que nunca quis

Hoje eu sou o próprio tango

Bom, amigos viajantes, é isso, por ora!! Espero encontrá-los para a próxima viagem em breve. Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: Andres Calamaro - Malena > The Rolling Stones - Brown Sugar.

terça-feira, 5 de julho de 2005

A Bolinha de Golfe

Pequeno texto feito sem muitos cuidados. Mas leiam, ainda assim, amigos viajantes.

A Bolinha de Golfe

A bolinha de golfe brinca com minha mão e viaja fantasticamente pela mesa do escritório.
Isto me lembra de que o mundo gira muito rápido e que eu não gosto disso.
O mundo gira tão rápido que morreria de tédio e enjôo, se eu pudesse.
São um belo começo de alguma coisa estas palavras. Posso imaginá-las na narração de um começo de filme de arte e então eu me sinto meio pateta.
Mas não é a primeira vez que me sinto assim.
É uma ausência.
Simplesmente isto...
Eu esperaria e esperaria se fosse o caso, mas sei bem que jamais chegará. O girar do mundo transtorna a ponto de um nunca se encontrar em lugar algum.
As pessoas ao meu redor não me entendem e esperam que eu faça algo para recompor-me e reencontrar-me. Mas estou tão desorientado.
Ah... essa gente fala demais, e nenhuma dessas pessoas percebem a verdade tão horrível... a desorientação não é só minha. Está em todos. Quem perceberia?
Estão todos tontos e poucos são os que percebem e reconhecem a fraqueza. Buscam suporte, então.
Dizem que eu deveria fazer como os outros e buscar suporte. Mas não, tenho um orgulho de ser eu mesmo, mesmo não sabendo mais muito bem quem eu sou, e não abro mão deste pouco que restou...
É bom encarar o abismo - não é a primeira vez que digo. Claro que resulta, às vezes, em me tornar um pouco mau. Ou mal. Viver é importante, e o que há por trás disto também, inclusive o abismo.
Amanhã eu posso acordar com um sorriso digno. Um sorriso de quem cumpriu mais uma parte da missão. Missão? Ou será tudo tão aleatório e patético que basta ser ignorante ou cínico? Não sei, esta resposta ainda não obtive. Estou perdido neste texto, pois me falta a disciplina para seguir em frent***


Beijos e abraços, amigos... desculpem a viagem particular aqui... eh eh eh!!

NA MINHA VITROLA: The Clash - Should I Stay or Should I Go.