Pequenos Espaços e Coisas Grandes
Um verso seu que não cabe no compasso. Aperta, apara, tira daqui e dali. Quem sabe algo fique? Ao menos nas entrelinhas. Mas fica algo que não se sabe o quê...
Já não cabe amor nos roteiros de filme e a boa vontade de imaginar é morta, assim como a rima é improvável.
Há um sabor de amargo nas bocas do mundo, que só percebe quem já sorveu o veneno.
Sente seu corpo em choque com as paredes, enquanto a terra treme e não há tempo para praguejar contra os homens que não preveram o abalo.
É assim que acontece, as falhas na camada se alargam e a garganta seca. Não que seja o fim, mas é assim que se caminha para um.
Há pequenos espaços aonde pode ir e refugiar-se. A rachadura da parede onde você pode olhar e talvez encontrar algo que desperte uma curiosidade de tempos de infância.
Talvez você encontre um pouco de beleza ali. E um grande e incrível sorriso possa surgir.
Um retrato velho e sem graça. Uma certa apreensão. Um pouco de esperança. A vida de cada um de nós. Enfim, a receita para isto aqui acima.
Mas... adivinhem? Está incompleto!
Por isso, quem se sentir à vontade, que ajude a completar de alguma forma. Sim, quero que vocês participem dessa construção e sejam co-autores da poesia.
Depois de alguns dias, mostro a vocês como terá ficado o texto.
Então é isso: vamos olhar juntos pela rachadura na parede. Boa sorte!
E, claro, beijos e abraços!
Fonte da foto: http://www.eclectica.info/index.php?id=99
NA MINHA VITROLA: SONIC YOUTH - Or > RON SEXSMITH - From Now on.
Um comentário:
Oi!
Talvez seu eu escrevesse agora seria somente da tristeza que invade a minha alma e a rachadura ou o buraco da fechadura seria tão amargo quanto no olhar como já nos é na boca!
Penso logo em colocar algo aqui!
Boa ideia! (como sempre)
Biseaus
Ale
Postar um comentário