Notícias da busca de todos os dias por sentido. Este texto nasceu de uma audição de O Velho e o Moço, de Los Hermanos. Confiram, pessoal:
Talvez e Certeza
Noutro tempo, o primeiro... a casualidade de ter estado no lugar onde aquelas pessoas estiveram... elas buscando respostas, ele as carregando na mochila - ainda que não fossem as respostas definitivas. Ou eram o erro absoluto?
Não sabe muito bem o porquê. No sofá da sala onde existe o aniversário da amiga, um universo de pensamentos o atordoa, junto àquelas amáveis pessoas tão mais cheias de vitalidade que ele - afinal, há o violão, a música e a vontade de comemorar. Gosta de estar, mas o ritmo é outro.
Interno. Canta baixinho, repetindo a canção e oferecendo-a aos próprios ouvidos, no exercício de re-buscar-se ali, refletindo na letra da música, puro cristal.
O exercício é também tentativa de eliminar a interrogação do texto que o martela na mente a cada dia. Começar a envelhecer não é do jeito que pensava. Percebe o risco. Um começo de fim por adaptar-se às regras do jogo? O que importa menos, quando se sabe que é possível sabotar o regulamento. Se seguir o caminho certo, está bom. Mas... quão bom pode estar? E que caminho, afinal?
Por isso, anda com os mais jovens e de espírito contestador. Os que ainda não são massa sem reação e reacionária. Os que estão nos coletivos, como quaisquer outros, mas que não exibem a face sem expressão, como a maioria. Os que não têm as respostas, mas que têm em seus olhares o brilho do puro cristal. "Então, que busquemos juntos", pensa. Assim, não lhe parece que o mundo possa ir tão mal.
Talvez a busca não esteja sendo feita da forma correta - e ele já não é mais tão jovem para erros. Ou talvez seja um vampiro involuntário da juventude alheia, sugando sem se dar conta a energia de quem está ao redor.
Seja qual for o talvez que se tornará certeza, se é que haverá a certeza, ele gosta de estar ali, com aquelas pessoas, os ditos amigos. São poucos, mas bons.
São poucos, mas bons. Aqui poderia caber tantos de vocês... beijos e abraços!
Um dia de céu limpo, uma dose de conhaque, o porco engravatado que rumina dinheiro alheio, as noites solitárias, as crianças fazendo algazarra, amores possíveis e impossíveis. Tudo o que há sob o sol (e além do sol) é a matéria da poesia. Este blog é um livro inconcluso com páginas abertas para que você encontre textos escritos com verdade, sentimento e, principalmente, com ALMA. Uma viagem que nunca termina. Por Alessandro de Paula. Contatos em palavratomica@gmail.com
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