sexta-feira, 3 de junho de 2005

Depois da Tempestade

Olá, caros companheiros de viagem, entre um dia de trabalho e outro, entre um cigarro e outro, aqui estou novamente. Eu pretendia postar hoje um texto chamado Phantasma de Luxe. Na verdade, até tentei fazê-lo anteontem lá na agência. Mas como redes são instáveis e caprichosas, foi-me impossível fazê-lo. Nem consegui salvá-lo como rascunho (e depois de tê-lo formatado e tudo...) e vocês podem imaginar a raiva... portanto, nada de fantasmas por hoje (sim, eu tenho lá meus caprichos). Bom, deixemos de conversa e prossigamos...
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Depois da Tempestade
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Cara... que zona!!!
Por que deixou chegar a este ponto?
Parece até que a lua roubou o lugar do sol e vice-versa
Vai lá, encare-se na frente do espelho
Faça essa barba, pelo amor de si
E trata de dar um jeito nessas olheiras
Corte o cabelo, compre roupas
Sobretudo crie novos textos
Há dias que pedem para ser vividos
Não... eles exigem!
Então não se amarre a esta cama
Há um sol lá fora... ele já retomou seu espaço
E sente sua falta
Seus amigos e as moçoilas por aí também
Se há algo que o atrapalhe, jogue fora
Seja insano ao ponto do orgulho de si mesmo
Ainda que não valha nada
Ainda que nada lhe interesse lá fora
Há um convite à sua espera
Um chofer numa limusine há de passar para levá-lo
Ao horror do mais belo espetáculo que existe em sua cidade
Então guarde suas lágrimas
Pois as folhas estão secas e amareladas
E logo virá o inverno
Com seus ventos congelantes
Mas o que o faz assim tão nu perante este quadro?
Sei bem que nada é fácil
Mas também não peça arrego...
Por que se jogar poço adentro?
Aquela escuridão infindável não vai lhe salvar e os Morlocks estão aguardando
Use de escrita automática
Ou calcule cada palavra
Você é livre para arcar com o que escolhe
A dor sem mais medidas ou o amor que chega arrasando como um tornado o seu jardim
Serão a mesma coisa?
Mas quando passa a tempestade
Você descobre que está mais alto, mais bonito até...
Talvez jamais galã de TV, mas ao menos é você
Por que querer ser outro alguém?
O mundo já está alucinado em busca de mais um novo herói
No entanto, não será você nem eu
(porque nenhum de nós precisa)
Eu vejo um novo deus, um novo e selvagem
Mas não cedo à pressão de sua presença
A noite se fez ontem, se faz hoje
E assim sempre será
Construa você mesmo suas novidades
E não se importe se lhe gritam para fechar a porta antes de sair
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Na verdade, Depois da Tempestade trata-se de uma poesia que escrevi pensando num velho Alessandro, um que esteve muito abalado a algum tempo, em função de perdas. Mas é preciso levantar-se e sair à luta, não é verdade? Pois bem... foi o que fiz.
Mas, prosseguindo, hoje encontrei por acaso um amigo (Rafa, caso leia este blog por esses momentos ou dias, não pense que me esqueci da sua Máxima Denúncia... é que precisará de um tratamento especial, como conversamos), que se sentiu como se eu tivesse escrito Depois da Tempestade a ele. E creio que cabe a muitos amigos-leitores-viajantes. Bom, isso é tudo por ora. Espero-os em breve para prosseguirmos nossas jornadas. Beijos e abraços!!!

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