Não os iludo, amigos. De novo, aqui, não há nada. Ou a percepção, ao menos. Leiam vocês e depois me digam.
Papo de Bar versus Velhas Canções
classicamente
violões se encontram
vozes começam a entoar
seus hinos de amor e desamor
os copos estão cheios num instante
no outro, não mais
depois, novamente
cheios
pelo meio
nada
as canções são as mesmas
as de um dia, de outro e mais outro
então, ela, a amiga,
começa a dizer o que está preso
num momento nos isolamos
e trocamos os dramas
todos esses pequenos dramas...
quando não, algum projeto que se torna sólido aqui
outro que se esvai ali
tudo tão grande que não podemos suportar
sem isso ou aquilo
tão pequeno que o mundo explodiria em riso
a respeito do ridículo
mas não importa a qualquer um
cada qual com seu pequeno grande drama
ou um projeto redentor
sua mais absoluta solidão
e a mais ardente traição das vontades
todos temem alguma coisa
e a vingança é dizer que não se importam
é assim a cada fim de semana
é assim em todo boteco razoável
trocam os copos
as conversas perduram
eu penduro a conta
as músicas prosseguem soando
as mesmas
eles, aqueles dedos,
ao menos
progresso... ?
esquecem enquanto tocam
as velhas canções
de sempre
Ei, é isso. Só isso, hoje. Beijos e abraços!
NA MINHA VITROLA: ELLIOTT SMITH - Miss Misery.
Um dia de céu limpo, uma dose de conhaque, o porco engravatado que rumina dinheiro alheio, as noites solitárias, as crianças fazendo algazarra, amores possíveis e impossíveis. Tudo o que há sob o sol (e além do sol) é a matéria da poesia. Este blog é um livro inconcluso com páginas abertas para que você encontre textos escritos com verdade, sentimento e, principalmente, com ALMA. Uma viagem que nunca termina. Por Alessandro de Paula. Contatos em palavratomica@gmail.com
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