quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O motor das mortes da alma

Esta poesia surgiu após algumas leituras que vinham ao encontro de algumas impressões minhas que já tinha, inclusive, falado a algumas pessoas. Fragmentos se uniram para formar uma breve visão ainda fragmentada, esta constatação desamparada perante o mundo em que vivemos - talvez um pouco inocente, mas a qual atribuo algum valor. Leiam e concluam por si.


O Motor das Mortes da Alma

O mundo acabou.
E esqueceram de avisar-nos.

Já nem me importo.

Não.
Não é que não me importe.
É que as vezes penso que ninguém percebe. Que não se importam.

Às vezes
estou certo.

E cedo.


Ok, não é uma poesia que "resolva" algo. Não "resolve" coisa alguma. Mas quem diz que a poesia tem que "resolver" qualquer questão? Gosto de seu caráter de "inutilidade" - e tenho pensado muito nesta propriedade do texto poético. Que sejam tão belos e honestos e pueris os versos quanto "inúteis". Beijos e abraços, amigos!

NA MINHA VITROLA: RONI SIZE - Watching Windows (Ed Rush & Optical remix).

Um comentário:

Anônimo disse...

Por que nao:)