Há muito tempo não o lia. Então num belo dia um colega da agência em que trabalho me diz que comprou A Vida Como Ela É, e eu fico surpreso quando ele me diz que há um De Paula ali.
Ora, bolas! Eu sou um De Paula. Então mais que surpreso, fiquei curioso. E aposto que alguns de vocês estão agora.
Então, vamos lá? Vamos. Mas por partes... em dez dias vocês terão o conto inteiro postado aqui. Por hoje, divirtam-se com esta primeira parte.
I - O Plural
Foi avisado:
- Cuidado com o De Paula! Cuidado com o De Paula!
- Por quê?
O informante atrapalha-se:
- Bem. O De Paula é um veneno, percebeste? Fala mal de todo mundo!
Quintanilha pôs o cigarro no cinzeiro:
- De mim também? Desembucha! Fala mal de mim?
E o outro:
- Mais ou menos. Anda dizendo, a teu respeito, coisas bem desagradáveis.
Quintanilha ergueu-se. Bem-sucedido na vida, feliz nos negócios e no casamento, não tinha invejas, nem complexos. Ao passo que o De Paula, mirrado, pequenino, com catarata numa das vistas, era um amargurado, um revoltado. Apanhando outro cigarro, Quintanilha acha graça:
- Você acha que eu vou ligar para o que De Paula diz? Eu, logo eu? É um pobre-diabo, um cretino de pai e mãe. Deixa pra lá!
Podem me xingar... eh eh eh! Mas logo logo haverá a parte 2. Beijos e abraços, pessoal!
NA MINHA VITROLA: JOE COCKER - Unchain My Heart.
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