Muitas filas também. O que é inevitável, sobretudo no final de semana. Domingo parecia que todos queriam assistir I'm Not There, no CineSesc. Mas o filme a roubar a cena foi outro.
Destes dias que vou relatar neste post, era de se esperar, segunda foi o dia menos tumultuado, bem menos que o Oriente Médio retratado por Amos Gitai em A Retirada.
Bom, partamos do geral ao específico - que não é tão específico assim, eu sei. Mas vamos lá:
Dia 27
Tudo Isso pra Isso?
Claude Lelouch - França - 1993
Comédia de um dos principais representantes da Nouvelle Vague. Ok, você ri um bocado, mas há um tanto de gratuito e bobo em toda escroqueria que é mostrada ali. Como é o primeiro do Lelouch que vejo, acho que comecei mal.
O Mundo
Jia Zhang-Ke - China - 2004
Sim, O Mundo é um parque de Pequim. Nele, há réplicas de monumentos de todo o planeta, como a Torre Eiffel, as pirâmides do Egito e o Big Ben, entre outros. Mas não há réplicas para o vazio, a falta de perspectivas de um grupo de pessoas que vive em torno do Mundo - melhor dizendo, da China vista pelas lentes de Jia Zhang-Ke. É um tanto cansativo, mas válido.
Em ParisJia Zhang-Ke - China - 2004
Sim, O Mundo é um parque de Pequim. Nele, há réplicas de monumentos de todo o planeta, como a Torre Eiffel, as pirâmides do Egito e o Big Ben, entre outros. Mas não há réplicas para o vazio, a falta de perspectivas de um grupo de pessoas que vive em torno do Mundo - melhor dizendo, da China vista pelas lentes de Jia Zhang-Ke. É um tanto cansativo, mas válido.
Christophe Honoré - França - 2006
Terminar uma relação e lidar com isto. Um homem que cai, uma família sem estrutura para lidar com a situação. Bom filme. Mas não mais que isto.
Dia 28
I'm Not There
Todd Haynes - EUA - 2007
Todos os Dylans e todos os nomes. Seis atores para interpretá-lo. Fiquei com medo. Fui conferir. Todd Haynes não consegue dar explicação para todos esses Dylans. E quem conseguiria? Ainda assim, vale! Gostei das interpretações, principalmente de Christian Bale, Cate Blanchett e do menino Marcus Carl Franklin.
Tabu
F. W. Murnau - EUA/Alemanha - 1931
Último filme de Murnau, antes que um acidente de carro lhe tirasse a vida. Vemos aqui mais romantismo com cara de Hollywood que expressionismo alemão (aliás, esqueçam Nosferatu, por exemplo). Não é ruim, mas também não empolga. Nem a trilha sonora, executada ao vivo. Esperava mais da experiência...
A Vida dos OutrosF. W. Murnau - EUA/Alemanha - 1931
Último filme de Murnau, antes que um acidente de carro lhe tirasse a vida. Vemos aqui mais romantismo com cara de Hollywood que expressionismo alemão (aliás, esqueçam Nosferatu, por exemplo). Não é ruim, mas também não empolga. Nem a trilha sonora, executada ao vivo. Esperava mais da experiência...
Florian Henckel von Donnersmarck - Alemanha - 2006
Este eu já conhecia. O que eu não sabia é que ganharia ainda mais na telona do cinema. Tudo o que eu falar será pouco. Apenas digo que, ao final da sessão, tiveram lugar os aplausos mais efusivos que presenciei até o momento durante a Mostra. E, desta vez, eu era um dos que aplaudiam.
Dia 29
Across the Universe
Julie Taymor - EUA - 2007
Ok, houve alguns exageros em termos de efeitos e as músicas não ficaram tão legais (é difícil mexer com repertório dos Beatles, certo?). Mas, deixando o aspecto crítico, deixei-me levar pela história, que não é ruim, não. Dose é ouvir o Bono Vox estragando I'm the Walrus - e ele ainda quer "salvar o mundo"...
A Casa das Belas Adormecidas
Vadim Glowna - Alemanha - 2006
Um velho solitário conhece uma casa misteriosa, onde pessoas como ele dormem com jovens lindas e "adormecidas" (leia-se drogadas por uma sinistra cafetina). Ali, ele reflete sobre solidão, velhice, juventude, amor e sexo. Um destes filmes que você escolhe por uma rápida lida na sinopse porque quer preencher o horário livre, mas acaba tendo uma grata surpresa.
A Retirada Vadim Glowna - Alemanha - 2006
Um velho solitário conhece uma casa misteriosa, onde pessoas como ele dormem com jovens lindas e "adormecidas" (leia-se drogadas por uma sinistra cafetina). Ali, ele reflete sobre solidão, velhice, juventude, amor e sexo. Um destes filmes que você escolhe por uma rápida lida na sinopse porque quer preencher o horário livre, mas acaba tendo uma grata surpresa.
Amos Gitai - Israel/França/Alemanha/Itália - 2007
Num ambiente brutalizado, onde se dá o conflito entre israelenses e palestinos, não há espaço para a construção de laços. Há apenas tempo para a retirada. Mais uma vez, lembrei que é tão mais fácil destruir que construir. Trabalho perturbador e necessário de Amos Gitai.
Bom, pessoal, até o final da semana retorno com mais Notas da Mostra, relatando os nove últimos filmes vistos. Aqui deixo pra vocês beijos e abraços!
NA MINHA VITROLA: TOM VERLAINE - The Grip of Love > YO LA TENGO - We Are an American Band > BELLE & SEBASTIAN - The Boy Done Wrong Again > AMELIA - Adiós > STEREOLAB - Sudden Stars.
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