
O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch.
Um textinho atemporal para viajantes apressados e/ou entediados. Porque pode doer, mas há sentido na dor, assim como há sentido no deleite. Mas não é preciso buscar explicações para tudo, basta vivê-lo. Explicar é para escritores. Bom, é isso aqui:
Gan Eden
Paraíso é quando você percebe que, apesar da desarmonia do mundo, há um pequeno canto, em qualquer lugar, feio ou bonito, e sente estar em harmonia com tudo ao redor. Pode estar só. Às vezes acontece. Muitas vezes, desse jeito mesmo.
Quando você olha e deseja. E você sabe que também é alvo daquele par de olhos. Ainda que seja por poucas horas, mesmo minutos. E então você, que cadastra as belezas dos pequenos sinais, torna o momento eternidade na sua galeria de memórias que nunca serão perdidas. E o momento vai estar lá, a ser tocado pela última vez na hora final.
Sente o gosto e o aroma do prato à sua frente e sabe, não vai durar pra sempre. Mas é bom que dure o tempo certo. Sem pressa, mas também sem deixar o prato esfriar.
Aos curiosos o suficiente, Gan Eden é Jardim do Eden, em hebraico. O trecho "Nenhum paraíso é pra ficar. A gente sempre retorna." é baseado em algo que tinha dito pouco tempo antes a um camarada e ele, meio sem saber, acabou colaborando.
É. Tudo explicadinho ou nada explicado. Espero que gostem, desgostem, opinem, vivam e busquem. Beijos e abraços, pessoal!
NA MINHA VITROLA: JUAN STEWART - Angel > INDOCHINE - Peter Pan > ELVIS COSTELLO & ALLEN TOUSSAINT - Wonder Woman > NAÇÃO ZUMBI - Memorando > ANTONY & THE JOHNSONS - My Lady Story.
Nenhum comentário:
Postar um comentário