Um dia de céu limpo, uma dose de conhaque, o porco engravatado que rumina dinheiro alheio, as noites solitárias, as crianças fazendo algazarra, amores possíveis e impossíveis. Tudo o que há sob o sol (e além do sol) é a matéria da poesia. Este blog é um livro inconcluso com páginas abertas para que você encontre textos escritos com verdade, sentimento e, principalmente, com ALMA. Uma viagem que nunca termina. Por Alessandro de Paula. Contatos em palavratomica@gmail.com
terça-feira, 27 de fevereiro de 2007
Carnaval 2007 do Alessandro
DANÇANDO NO ESCURO É o filme da Björk, sem dúvida. Um daqueles filmes capazes de fazer um marmanjo como eu chegar as lágrimas ao assisti-lo pela terceira vez. O filme em que Lars Von Trier abandonou as diretrizes do Dogma 95. É um musical e você tem de ir à locadora e pegá-lo.
CLUBE DA LUA A história de homens simples e idealistas que lutam para reerguer um clube em plena decadência. O argentino Juan José Campanella foi feliz na mescla de drama com pitadas de humor. Agradabilíssimo de ver.
CÓDIGO DESCONHECIDO Qual é o código para a compreensão e aceitação do outro? Pois é... não se sabe. E não é no decorrer do filme que se descobre. Mas Michael Haneke nos deixa mais uma vez com uma pulga atrás da orelha. Não à toa, considero-o um dos mais importantes diretores contemporâneos.
OS INCOMPREENDIDOS Ícone inaugural da Nouvelle Vague (assim como Hiroshima, Mon Amour), o filme mostra as desventuras de Antoine Doinel em casa, na escola e, finalmente, nas ruas. Truffaut não admitia, mas Doinel é seu altar-ego, inclusive em outros seus filmes. A cena final é algo singular.
HIROSHIMA, MON AMOUR Manipulação do tempo. Traumas de amor. Uma atriz francesa e um arquiteto japonês. Um breve caso. Cidades e pessoas se confundem. O nome dele é Hiroshima. O dela é Nevers. Texto de Marguerite Duras. Complexo e simples ao mesmo tempo. Um filme de Alain Resnais. Para públicos restritos.
NÓS QUE NOS AMÁVAMOS TANTO Três amigos que lutaram juntos na 2ª Guerra passam pelas mudanças sociais e políticas na Itália, chegando a um ponto em que só há ideais frustrados e desilusão. Num filme marcado por belas atuações, Ettore Scola acertou na mosca.
MAIS ESTRANHO QUE A FICÇÃO Pretende parecer com filmes como Brilho Eterno... e outros do gênero. Na verdade é o típico filme americano bobinho. Os pontos altos são a atuação de Emma Thompson e a trilha sonora.
ZELIG É. Woody Allen já foi negro, gordo, índio... bom, pra ser mais exato, Woody Allen era Leonard Zelig, um homem que mudava suas características de acordo com as pessoas que estavam próximas. Mas... Zelig jamais existiu antes do mestre Woody criá-lo. Na verdade, o filme é um falso documentário que funciona como uma parábola a respeito de pessoas que tentam agradar a todos para serem queridas. Embora seja um filme pouco lembrado, é uma obra genial. Ponto para o mestre.
Bela lista, não? Pois é. No próximo Carnaval haverá mais. Ou não. Beijos e abraços!
NA MINHA VITROLA: ELLIOTT SMITH - The Biggest Lie.
domingo, 18 de fevereiro de 2007
Música de Carnaval? Esta!
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
A parte mais importante...
Pode ser absurdamente bom ou absurdamente ruim. Não há meio termo. Não se vive uma vida mais ou menos. Está muito além do "tudo bem" que você responde ao vizinho quando sai de casa para o trabalho. Viver é embriaguez.
Não a dos bares e das festas, embora isso faça parte de todo o conjunto. É realizar coisas. Sim, eu quero. Quero, mais que nunca, ficar bêbado de realizações.
Naturalmente, há coisas que todos nós sentimos falta. As minhas eu não digo por aí, tampouco as escondo. Quando quero, reclamo. Quando quero, vou atrás. Nem sempre com sucesso. O fracasso faz parte do conjunto todo, tanto quanto o sucesso.
Eu quero o sucesso, mas não o que idealizam por aí. O sucesso é realizar. Se o que alguém realiza é bem recebido pelas outras pessoas, tanto melhor. Mas o que quero é que exista.
E existirá, muito em breve, o livro. O novo. Estou produzindo-o, sozinho, com carinho e cuidado. Estou feliz porque faço isto. Passei muito tempo inventando obstáculos para não realizá-lo. Muito desse tempo foi absurdamente ruim. Outra parte foi o da maturação do projeto na minha cabeça. Houve várias identidades. Títulos e conceitos diversos até que eu alcançasse este momento, o de forjar a identidade final.
Feliz, não caibo dentro de mim, porque estou criando meu segundo filho. Crio para o mundo, como os filhos devem ser criados.
Não caibo dentro de mim, por isso faço livros. Para que, em cada um deles, haja uma parte do que sou. Desintegro-me e ressurjo como palavra. E gosto. E isso é a parte mais importante de viver.
Muito em breve, oferecerei a parte mais importante de mim a vocês.
Muito em breve.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2007
Bajofondo Tangoclub - Centroja
Bajofondo Tangoclub. Gotan Project (acima). Coisas que vez por outra gosto de ouvir no caminho da casa para a agência. E vice-versa.
Apreciem sem moderação. Beijos e abraços, amigos!
sábado, 10 de fevereiro de 2007
A palavra desnuda
Pois que venha o próximo! Será o momento de desnudar a alma e revelar a palavra, seja ela falada, cantada... não importa - a estrela da noite será a palavra.
Estão todos convidados! Quem perder é a mulher do padre! :-)
NA MINHA VITROLA: THE BEATLES - I Am the Walrus.