sábado, 31 de dezembro de 2005

2005 foi...

Olá, amigos viajantes. Esta é a última vez, em 2005, que os conduzo neste trem. Pois bem, cabe agora reviver alguns momentos e destacar algumas paisagens - não exatamente as que enxergamos juntos pelas janelas do trem que eu conduzo, mas as que podemos todos ver, inclusive eu, num nível de espectador, junto a vocês. Eis, então, o que pude destacar a partir desta janela à minha frente chamada Cultura Pop:

Celebrações Musicais

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A Grande Noite
Claro que É Rock, novembro.

The Flaming Lips superaram as expectativas que eu tinha sobre sua apresentação. Quaisquer palavras que eu escreva aqui serão poucas para definir. Talvez um dos maiores shows sobre a face da Terra.


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A Grande Tarde
SESC Itaquera, um domingo de sol em agosto.

Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede mostraram o que há de melhor em MPB. Coisa pra vagabundo nenhum botar defeito. Além de grandes músicas do grupo carioca, velhos hits de Secos e Molhados foram revisitados e quem esteve por lá dançou à beça.


Disquinhos Compactos

Aí vai uma pequena lista do que eu levei para cá e para lá em meu discman neste ano. Há muito mais coisas, mas estas são suficientes para a lista. Aliás, mais que suficientes.


AIMEE MANN The Forgotten Arm
AIR The Virgin Suicides
ANTONY AND THE JOHNSONS I'm a Bird Now
BENJAMIN BIOLAY A l'Origine
BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB Howl
BRITISH SEA POWER Open Season
CORALIE CLEMENT Bye Bye Beauté
DECEMBERISTS, The Picaresque
EL ROBOT BAJO EL ÁGUA La Óptica Espacial desde el Corazón
ELLIOTT SMITH From a Basement on the Hill
FITO PAEZ Moda y Pueblo
FRANZ FERDINAND You Could Have It So Much Better
JAIME SIN TIERRA Lo que Va a Encandilar Es el Dia
LOS HERMANOS Quatro
MAYSA Canecão Apresenta Maysa
OASIS Don't Believe the Truth
PEDRO LUIS E A PAREDE Astronauta Tupy
RUFUS WAINWRIGHT Want Two
SIGUR ROS Takk
ZECA BALEIRO Baladas do Asfalto e Outros Blues


Janelas para o Mundo

O que os namorados não vêem
Manderlay, de Lars von Trier
Edukators, de Hans Weingartner



O que os nossos pais,
quando namoravam, não viram

A Doce Vida, de Federico Fellini


Algumas Palavras


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1919, de John dos Passos
On the Road, de Jack Kerouac
O Estrangeiro, de Albert Camus

Merde pour Toi!!

Avenida Dropsie. Dirigida por Felipe Hirsch e encenada pela Sutil Companhia de Teatro. Teatro Popular do SESI.



Previsões para 2006

Este é o momento de pegar a bola de cristal e prever o fututo. Na verdade, eu já o fiz. E o que eu vi ali foi o seguinte:

- Irei manter-me no emprego que surgiu surpreendentemente no início do ano e realizarei algo marcante.

- Sexo: Algumas boas mulheres me recompensarão com boas ações.

- Drogas: Continuarei sendo a garantia de lucro para os fabricantes de cerveja e cigarros.

- Rock 'n' Roll: Verei Franz Ferdinand e irei embora antes de o U2 tocar. Maldade...

- Ocorrerá, finalmente, o relançamento do Palavra Atômica e, no mesmo período de 12 meses, surgirá seu sucessor, cujo título está guardado quase a sete chaves.

- A seleção brasileira dificilmente será hexacampeã (é perigoso ser muito favorito), mas se for, ficarei com um sorriso de orelha a orelha.

- O Palmeiras será campeão de tudo o que disputar.

- Não elegeremos um presidente bacana, mas manteremos o saudável costume de reclamar de tudo. O que garantirá, assim, boa parte dos temas para meus textos. (Ok, eu sou um filho da p*t~, desculpem...)

- Continuarei detestando cebola, mas minhas cozinheiras continuarão me enganando... eh eh eh!!

Enfim, 2005 foi... melhor do que eu esperava. Beijos e abraços, amigos viajantes!! Veremo-nos/leremo-nos em 2006!!

NA MINHA VITROLA: JULIE DOIRON - Desormais - CD completo (Quem sabe não estará na lista do ano que vem? Esta eu descobri hoje).

sexta-feira, 30 de dezembro de 2005

Igual

Uma frase que não saía da cabeça, a vontade de romper com o cansaço e fazer ressurgir o criador, amigos ao redor, vida pulsando e nas veias correndo poesia. Eis o que surgiu disso, amigos viajantes:


Igual

Jogado na cama
às dez horas da manhã,
os compromissos perdidos
e litros e litros de álcool
na cabeça já qualquer,
mas quase única.
Descontente, decadente,
uma morte errante
entre mil fins e princípios.

Todo dia é muito tarde
e há referências atiradas
como papel inútil num cesto.
Tantos anos de cultura pop
e soberba aniquilada,
imagina-se assim, vejam só, assim:
un culo lleno de culebras.

Acorda em seu sonho
e a função vai começar.
Merde, merde, merde pour toi!

Suas roupas manchadas
de sangue virginal de alguém
que jamais verá novamente
incriminam-no.

E não há mais saída.
Este aqui já o disse em outra ocasião.
Naquele dia, já não era original,
apenas a sobra:
- Ninguém sai daqui vivo!
Ou melhor/pior: - Ninguém sai daqui puro!

Então desperta.
Não há nada mais.
Deixa-se ali.

Outra vez dez horas da manhã,
mais litros e litros pesando pesado na cabeça
y un culo lleno de culebras.
Amanhã, outro dia.
Igual a este.

Bom, agora me vou. Algumas salas de cinema deverão ser visitadas. É bom ter o dia livre. E não pensem que esta é a última postagem do ano. Ainda há a "lista de melhores", que eu aos poucos vinha preparando. Estejam vocês preparados para esta viagem que abarcará muito do que me impressionou em 2005. Beijos e abraços!! E vamos fortes para 2006!!

NA MINHA VITROLA: RADIOHEAD - Climbing Up the Walls (Fila Brazilia Mix) > JOHN CALE - Barracuda > ROY ORBISON - The Only One > NANÁ VASCONCELOS - Lágrimas > TELEVISION - A Good and Faithful Servant > RADIOHEAD - Talk Show Host (Black Dog) > ALEC EMPIRE - The Point of No Return > FERNANDA PORTO - Mondo Cane.

sábado, 24 de dezembro de 2005

Jovem na Cadeira, Frente à Pitonisa Destes Dias ou simplesmente O Beijo

Poesia-beijo "sem-pé-nem-cabeça", talvez boca. Confiram:


Jovem na Cadeira, Frente à Pitonisa Destes Dias ou simplesmente O Beijo

Vai, vai em frente.
Beijo.
Adeus.
Outro beijo.
Beijo outras, aquelas, estas.
Porque é preciso continuar.
Sobre o viaduto, com cheiro de suor, no caminho de Pasárgada ou qualquer outro lugar.
Entre gritos e sussurros.
Segue o dia, lamentável.
Nazarenos em palafitas. Um novo DVD. O começo do homem-morcego.
Ego.

Ergo minha vodka recém-ganha dentro de uma xícara com a caricatura de Machado de Assis. Chove forte. Pancadas de verão intermináveis.
Tenho uma imaginação fértil.
Por isto saem linhas entre verdades incontestes e filmes jamais realizados, além dos filmes que existem.
Ah, hoje a clausura no quarto quente com mil imagens e sons seria bem-vinda.
Eu vou ao encontro dos meus amigos.
Feliz natal, Jack.
Vá beijar umas e outras!!


Uau!! Entre a idealização desta poesia e o momento de postá-la, recebi uma grande declaração de amizade de um camarada que conheço a uns 14 anos, embora sempre tenhamos mantido certa distância, o que não significa que eu não o queira bem. Estou atônito. Esses dias fazem umas coisas... e minha avó, doente de mal de Alzheimer e que está aqui em casa, prefere uma canjica em Belo Horizonte ao lombo que minha mãe prepara para esta data. Aliás, vovó mudou de idéia. Ela quer angu. Se eu acreditasse, diria: "Deus meu..."

Beijos e abraços, amigos viajantes.

NA MINHA VITROLA: RADIOHEAD - Paranoid Android > Uma versão pseudo-eletrônica e em português de "All My Lovin'", dos Beatles, cantada por crianças num desses programas de TV de exploração infantil.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2005

Funeral de Alguma Ciência

Texto novo...



Funeral de Alguma Ciência

uma legião, exato. esquizofrênico. cada momento, um foco. um fogo. todos os fogos, o fogo. o poeta lá dentro escreve. lá dentro, o ditador diz: “leia!”. padres e pastores tentam salvar almas. é necessário expulsar os demônios... dever apenas daquele, justamente o alvo. não, não há confiança. sem fé no devir. tantas vozes numa voz, tantas raças num só sangue: as marcas de uma era em que ser torna-se perigoso. calor e frio no mesmo dia. agora manhã – distração – tarde. água e óleo. sangue é vinho. hóstia é corpo. tudo se mistura, tudo se profana. todos os caos. ska fúnebre do absoluto. uma legião, inexatamente. quem é esquizofrênico, enfim? o ser ou a era?

Beijos e abraços, amigos viajantes!!

NA MINHA VITROLA: THE BEATLES - Golden Slumbers > Carry the Weight > The End > Her Majesty.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Mudanças

Mais de um ano, o mesmo template. Estava na hora de agitar um pouco as coisas por aqui. Mudei. Espero que curtam o visual.

Novos beijos e abraços, amigos viajantes.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Um Habitante, um Vírus, um Alvo

Bons amigos viajantes, tenho brigado um bocado com o blogspot para inserir algumas poesias de apelo visual, e tais brigas têm sido um pouco inglórias. Por isso, criei uma página minha no Fotopages. Ali, postei, para começar, a poesia Um Habitante, um Vírus, um Alvo. Espero que curtam essa nova forma de viajar ao âmago da palavra. E, por que não dizer, da imagem, também.

Beijos e abraços.

NA MINHA VITROLA: LOUISE ATTACK - Shibuya Station.

terça-feira, 6 de dezembro de 2005

Acaso


Um pequeno fato notável do cotidiano:

Hoje, um amigo de departamento trouxe um CD do Roy Orbison para ouvirmos. Enfim, estávamos aqui discutindo algumas questões acerca de um outro companheiro nunca ter ouvido o
King of Hearts, porque ele deve ter nascido e vivido em Plutão até aportar recentemente na Terra, quando nosso chefe perguntou quando ele morreu, julgando que a morte do gênio ocorrera apenas a 2 anos. Eu disse que havia sido a uns 10 anos, mas fui atrás da informação correta. Pois bem. Roy Orbison morreu a 17 anos. A exatos 17 anos, no dia 6 de dezembro de 1988, de um ataque do coração. Ah, essas pequenas curiosidades do dia-a-dia...

Beijos e abraços, amigos viajantes. Com tempo e idéias, em breve voltarei às poesias. Por enquanto, ando um pouco seco.

NA MINHA VITROLA: Sim, ainda é Roy!!

sábado, 3 de dezembro de 2005

Aparte Futebolístico


ESPERANÇA - Amanhã o Palmeiras enfrenta o Fluminense. Para chegar a mais uma disputa de Libertadores de América, precisa da vitória, em casa. O time precisará fazer as coisas funcionarem, pois às vezes se complica no Parque Antártica.

Duas vezes em que lá estive, entre tantas: em 1996, deu raiva quando perdemos, de virada, a Copa do Brasil para o Cruzeiro. Em 1999, deu orgulho de ser palmeirense, quando o alviverde fez uma partida perfeita e ganhou de 3 a 0 do River Plate, na Semifinal da Libertadores. Estou torcendo, claro. Que prevaleça o orgulho de 1999!!

(Por meu pai, que se estivesse vivo completaria hoje 66 anos, e que me ensinou a ser palmeirense.)

PROVOCAÇÃO - A Fifa não reconhece mais o Mundial de Clubes de 2000. No site oficial (http://access.fifa.com/es/index.html), chega a dar destaque ao Boca Juniors na Copa Toyota daquele ano. Mas de Corinthians, nada.

Caíram no ridículo, sem discussão.

Pobre rico Corinthians, que precisa de determinados meios para conquistar campeonatos. Ah ah ah!! Se f... (sei que isto não combina com este blog, mas permitam-me o desabafo).


Taça Libertadores: Nós temos. Eles não. Peçam para a MSI... quem sabe eles não coneseguem comprar a do ano que vem, como fizeram com o Brasileirão?

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Beijos e abraços, amigos viajantes, corinthianos ou não.

NA MINHA VITROLA: MADELEINE PEYROUX - Between the Bars > BEN FOLDS - Late > MARIA RITA - Recado > WEEN - Big Jilm > Reggaejunkiejew > DEPECHE MODE - To Have and to Hold > INCREDIBLE STRING BAND - Empty Pocket Blues > BELLE AND SEBASTIAN - Take Your Carriage Clock and Shove It > RADIOHEAD - Clibimg Up the Walls (Fila Brazillia).

sexta-feira, 2 de dezembro de 2005

Filhos da Gruta

Muito em breve:


Quem puder, compareça!! Beijos e abraços, amigos viajantes!!

NA MINHA VITROLA: LED ZEPPELIN - All My Love.

segunda-feira, 28 de novembro de 2005

Uma Noite a Não Esquecer

Havia muito tempo eu não ia a um festival da grandeza de um Claro que É Rock. Minha última vez havia sido a 10 anos, quando eu ainda era movido por guitarras superdistorcidas e vocais berrados por monstros do fundo de alguma caverna, no Monsters of Rock que trouxe Paradise Lost, Alice Cooper e Ozzy Osbourne, entre outros.
Por haver passado tanto tempo e hoje eu ser um trintão, temi por não suportar a maratona de shows. Por isso e por não ter grande interesse em algumas atrações, optei por assistir o que eu julgava haver de melhor. E minhas bandas eleitas eram realmente algumas das últimas atrações: The Flaming Lips, Iggy Pop and the Stooges e Sonic Youth (embora Nine Inch Nails estivesse escalado para encerrar o festival – seja como for, esta última atração me interessava menos).
É bem verdade que perdi algumas apresentações que me causavam, no mínimo, alguma curiosidade, como Cachorro Grande e Nação Zumbi. Mas, ah... estes posso ver por R$ 10,00 ou até menos em outra ocasião. Por outro lado, livrei-me de ver uma banda que não me agradaria e até ofenderia meus ouvidos, cujo nome não vou citar, pois alguns leitores podem se chatear. Os que me conhecem bem sabem. Ou podem imaginar... ora bolas!!
Mas, tudo bem. Mais exatamente sobre os shows das bandas que me interessavam:


The Flaming Lips

A revista inglesa Q relacionou os Flaming Lips numa lista de 50 bandas que alguém deveria assistir antes de morrer. Não à toa. Um show do grupo de Oklahoma é uma celebração de luzes, cores, bichos de pelúcia e, óbvio, música de ótima qualidade.

Wayne Coyne esteve extremamente simpático e mesmo antes de o show começar, ele passeava pelo palco e saudava o público. Ao menos três vezes, pelo que me lembro.
A apresentação começou aos primeiros acordes de Race for the Prize, e Coyne adentrou sua “bolha interplanetária”, sendo assim atirado ao público. A bolha passou sobre mim e pude tocar e apertar levemente a mão do vocalista, no que eu chamaria de “aperto de mão com camisinha”.



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Uma vez aportado no palco, Coyne juntou-se aos outros lábios flamejantes, Michael Ivins e Steven Drozd, e liderou-os num show inesquecível, com direito a covers de Queen (Bohemiah Rhapsody) e Black Sabbath (War Pigs) – uma “homenagem” ao nosso queridíssimo G.W. Bush. Aliás, War Pigs foi, para mim, o único número questionável. Eles poderiam ter tocado mais uma música própria, sem dúvida. De qualquer forma, pelo set list, quem conhece a banda saberá que não foi nada mal o show, embora curto.

O trio – que, aliás, era um quarteto, levando em conta o baterista Kliph Scurlock, que é membro de apoio da banda – contou também com a presença em palco de vacas, elefantes, outros bichos e dois sóis, ou melhor, pessoas fantasiadas à caráter para a ocasião. Havia também um belo e verde boneco alienígena, possivelmente um desses amigos que Coyne fez em suas viagens interplanetárias. Um instrumento de brinquedo que simulava de forma nada fiel sons de patos e vacas, além de um boneco de mão (deve haver um nome específico para isso), na verdade um boneco de uma freira (que parecia ter dentes de piranha) também divertiram o público.

Bizarro? Surreal? Qualquer palavra é insuficiente para definir esta experiência. Fiquem atentos: quem sabe eles não demorem muito a aparecer em sua cidade?

SET LIST Race for the Prize, Bohemian Rhapsody, Fight Test, Yoshimi Battles the Pink Robots, Cow Jam, Lightning Strikes the Postman, She Don't Use Jelly, Do You Realize, War Pigs.

Iggy Pop and the Stooges

Depois do êxtase da apresentação dos Flaming Lips, confesso que não estava tão disposto a ver o show de Iggy Pop e seus patetas. Mas quando as guitarras começaram a soar, eu não pude me furtar a me encaminhar mais depressa para o palco, depois de ter pego umas cervejas no concorridíssimo bar montado para o festival. Entre pedidos de licença e alguns empurrões (mamãe não consideraria isto um ato apropriado a uma pessoa bem educada...), fui ganhando a frente, até conseguir chegar a um ponto bom, em que Iggy and the Stooges estivessem visíveis. Tá bom, já era a segunda metade do show e perdi muita coisa...

Ainda assim, foi bom o suficiente e não havia o que reclamar da performance do dinossauro Pop. Lá estava ele, com sua justa calça jeans, com sua atitude rock ‘n’ roll e seu jeito inigualável de dançar. Muitos outros cairiam no ridículo. Ele não. Foi estimulante ouvir Fun House, I Wanna Be Your Dog, No Fun e outros clássicos dos Stooges.



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No entanto, Iggy sai do palco, apenas para voltar em poucos instantes e executar o “biz”. Not Right, para ser mais exato. Pede que apaguem as luzes do palco e acendam todas as luzes da platéia. “Quero ver vocês!”. E ele viu.

Rock é isso. Eletricidade. Catarse. Gastar a vida. Vocês sabem.

SET LIST Loose, Down on the Street, 1969, I Wanna Be Your Dog, TV Eye, Dirt, Real Cool Time, No Fun, 1970, Mindroom, Fun House, Skull Ring, Rock Star, Little Doll, I Wanna Be Your Dog, Not Right.

Sonic Youth Ah, como eu corri para assistir Sonic Youth. Sim, porque, as apresentações se deram em diferentes palcos. Se os Flaming Lips tocaram no palco B, assim que terminou a apresentação deles, houve apenas um pequeno intervalo (muito pequeno mesmo) para a apresentação de Iggy Pop and the Stooges no palco A. Portanto, tinha de conquistar um lugar com boa vista para o palco B, onde estariam os senhores e a senhora da juventude sônica.

Pois bem, começaram de forma que considerei menos interessante, porque tocaram músicas dos últimos discos, que não são ruins, mas... menos interessantes. Da metade para a frente, apenas clássicos: Schzophrenia, Bull in the Heather e, aquela que estive aguardando com ansiedade durante semanas, Teen Age Riot. Pensei que poderia ter um enfarto e morrer ali. Estava tudo bem, porque morreria contente. Mas não aconteceu.

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Os clássicos eram hipnóticos e Kim Gordon estava bela, como sempre. Thurston Moore e Lee Ranaldo pareciam sacerdotes de uma igreja que tinha como deus a Guitarra. O show terminou com um longo período de microfonias, como era de se esperar. Não nego: fiquei de queixo caído. Foi melhor do que esperava.


Ainda houve Nine Inch Nails, na seqüência, mas tudo que eu queria era reencontrar os amigos com quem tinha vindo e voltar pra casa. Não queria morrer de overdose de rock, até porque os anos começam a pesar, sim. Meus pés estavam mais que moídos (se bem que todos deviam estar sentindo o mesmo...).
Como nada é perfeito, devo dizer que era uma aporrinhação, nos inícios de show, a presença dos fotógrafos e cinegrafistas na frente do palco. Eles ficavam lá, nos primeiros 10 minutos de cada apresentação, aproximadamente, tirando fotos, filmando e impedindo o público de ver o que tinha de ser visto. Não chegaram a estragar a noite, mas foi desagradável.

Por outro lado, a Chácara do Jockey, local onde ocorreu o festival (raios... tão longe...), não estava tão cheia assim. Se para a empresa que promoveu o evento deve ter havido prejuízo, para o público em geral estava bom. Era possível andar... eh eh eh!! Suponho que seja a proximidade do show de
Pearl Jam (eu não vou, dinheiro não nasce em árvore e tudo isto sai muito caro). Apenas espero que não desistam de promover novos festivais. Este foi ótimo.
Amigos viajantes, espero que tenham viajado comigo e gostado do que leram. Pequeno exercício de causar inveja ou de fazê-los relembrar. Volto em breve, com poesia e outras coisas. Beijos e abraços!!




NA MINHA VITROLA: IGGY POP AND THE STOOGES - 1969 > Down on the Street > Loose > TV Eye > Dirt > 1970 > Fun House > SONIC YOUTH - Sister (Album) > THE FLAMING LIPS - Bohemiah Rhapsody > MERCURY REV - The Secret Migration (Album) > LEONARD COHEN - In My Secret Life > A Thousand Kisses Deep > That Don't Make It Junk > Here It Is.

segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Mata Adentro


Olá, amigos viajantes. Uma nova paisagem a ser pintada. Quem se habilita a olhar? Não muitos, mas isso nem é tão ruim. Ou é?

Mata Adentro

Página vazia indesbravada,
serei eu o bandeirante
enquanto existirem as palavras.

Facão feito caneta ou teclado.
Sim, qualquer ferramenta
para penetrar floresta adentro.

Tarefa árdua e prazerosa
criar demônios só para descriá-los no
verde-virgem, quase vertigem.

Terra de espinhos, aos pássaros
não permite o canto.

Quero o atrevimento da descoberta,
sem trilha óbvia, criá-la e ir além,
ver-me perdido, reencontrar-me
e prosseguir.

Predadores naturais,
moscas-pais do desânimo,
devoradoras esfinges.

Tudo isto, desafios.
Espera, já imprimo uma resposta!

Páginas como matas a desbravar,
apenas porque pedem.

E eu as quero.


Sim, é isto, meus amigos. E vamos em frente, que a viagem prossegue!! Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: DAFT PUNK - Robot Rock > Steam Machine.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Paisagem e Ruídos

Uma paisagem apenas paisagem. E o apenas basta... não acham? :-)

Bonita, muito bonita paisagem aos meus olhos (e espero que aos seus também). Mas agora quero falar de música. O novo CD do Franz Ferdinand tem sido presença constante no meu diskman. "You Could Have It So Much Better" não é tão bom quanto o primeiro, mas ainda assim, vale. Lado a lado, está o CD de b-sides do Les Savy Fav. "Inches" é post-punk dos melhores, com vozes a la At the Drive In. Funciona muito bem e meus ouvidos agradecem. Os sítios:

http://www.franzferdinand.co.uk/

http://www.frenchkissrecords.com/bands_lesSavyFav.html

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Bom, isso é tudo por hoje. Beijos e abraços, amigos viajantes!!

NA MINHA VITROLA: FRANZ FERDINAND - The Fallen > Do You Want To > LES SAVY FAV - Meet Me in the Dollar Bin > Hold on to Your Genre.

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Excesso/Crucifixos/Meu Lugar

Poesias pesadas para meus amigos viajantes. Que suportem o peso, então... eh eh eh!! Mas saibam que o peso maior é meu mesmo.

Excesso

Quero me acabar em algum excesso
de cinema ou de cerveja.
Meus cigarros não me bastam
na longa madrugada
ou no dia que me cansa.
A voz canta sozinha em silêncio.
Tenho uma rádio em minha mente,
cujas mentiras me são mais agradáveis.
Este mundo em queda me cansa,
cansam-me as pessoas que dizem que entendem quando não.
Todas aquelas de postura superior, quando todos, independente de postura, estão indo para a mesma e única vala.
Por isso, e por todo o desamor, a ganância,
todo este lixo que cultivamos
nos dias da incerteza, mas com deslumbre,
prefiro me acabar em excessos.

Que ao som da música mais bela venham as moscas e os abutres, para que gente sem méritos não arraste meu cadáver por aí.

No final, é isto que me basta!

Crucifixos

Ao longe a bela e lúgubre procissão de crucifixos.
Todos entoam a mesma canção, chorosos.
Eu, à margem disso tudo,
explodo em palavras.

Viver é cruzar a procissão,
chegar ao outro lado da avenida,
mas os belos e lúgubres crucifixos não permitem,
pois querem engrossar seu coro com minha voz.

No entanto, minhas palavras não servem...
e jamais servirão a eles.
Minhas palavras pedem vida e gozo.
A procissão glorifica a morte, a dor.

Não, eu inteiro não sirvo a eles. Tampouco uma parte.
E, no entanto, desejam-me como um leão deseja a presa.


Para encerrar, uma poesia de outra natureza, à qual dei um tratamento visual diferenciado. A ilustração usada é A Noite de Ícaro, de Aida Corina, pintora espanhola contemporânea (http://www.aidacorina.com/). Confiram:


Bom, isto é tudo. Sem mais pesos. Agora só beijos e abraços, pessoal!!

NA MINHA VITROLA: PEARL JAM - Last Exit > Spin the Black Circle > Not for You > Off He Goes.

terça-feira, 1 de novembro de 2005

Em Poucas Palavras...

Meus amigos, hoje não lhes digo nada. Apenas deixo este link para vocês:

http://www.screamyell.com.br/outros/dulcedez.htm

Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: ALICE IN CHAINS - I Stay Away.

segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Série Marketing # 1 a 4 - Eurorose

Olá, povo!! Bom, finalmente publico aqui a série Marketing. As primeiras obras saem sob o subtítulo de Eurorose. Não se preocupem se não entenderem nada. Não é mesmo nada importante... eh eh eh!! Apenas as impressões de um maquinista de trem. Se não gostarem, apenas sorriam e digam "é, desta vez ele exagerou". Bom, talvez eu siga em frente nisso... eh eh eh!!

Marketing # 1

Marketing # 2

Marketing # 3

Marketing # 4


Ah, sim... posso enviar a vocês os arquivos no tamanho original, o que facilita a leitura, claro. Basta enviar um e-mail para palavratomica@gmail.com. Beijos e abraços, amigos viajantes!!

NA MINHA VITROLA: THE FLAMING LIPS - Hit to Death to the Future Head (album).

quinta-feira, 20 de outubro de 2005

Hora Marcada

Olá, amigos viajantes, eis aqui o seu condutor voltando a abordar temas sociais. Parece que fiquei séculos sem escrever algo assim. Confiram:

Hora Marcada

Um dia desses,
meu amigo-inimigo,
vamos nos encontrar com hora marcada e
camisetas de diferentes cores.

Vamos nos agredir sorrindo.

Será um prazer verter seu sangue
assim como se parássemos num bar
e bebêssemos algumas cervejas.

Sei que não parece justo,
meu amigo-inimigo,
mas assim são as normas.

Justamente as normas extra-normas.

Vamos escolher as armas
ou usar o que estiver à mão?

Depois, num dia qualquer,
em que não estivermos com aquelas camisetas
de diferentes cores,
passaremos um pelo outro em qualquer rua.

Talvez nos cumprimentemos sem reconhecimento.

Talvez sejamos vizinhos, cunhados, amigos do amigo do amigo...

talvez ainda nos encontremos no orkut.

E então?

Um dia desses, com hora marcada.


É isso, meus amigos jamais-inimigos. Que não nos digladiemos pelas ruas por aí porque somos diferentes, inclusive na preferência futebolística (quem dera um simples pedido bastasse...). Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: BENJAMIN BIOLAY - Dans Mon Dos > L'Histoire d'un Carçon > Cours! > PAVEMENT - Cut Your Hair > Newark Wilder > Unfair > Gold Soundz.

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

Não

Queridos amigos viajantes, poucos de vocês sabem minha opinião a respeito do referendo que ocorrerá no próximo domingo. Pois bem, embora este seja um assunto que não considero agradável, vou dizer-lhes o que penso.

Voto no não porque não creio que dizer sim será a solução. O mal não está em ter uma arma de fogo e sim na mente das pessoas. Uma proibição não vai mudar intenções sombrias. Quanto às armas de fogo, proibindo o acesso a elas, dá-se mais poder a um mercado negro que já é muito forte hoje, os órgãos "competentes" se esquivariam da responsabilidade de algum controle, entre outras consequências que não me agrada nem pensar a respeito. A idéia-chave aqui seria "autonomia enquanto nação".

Até o momento, procurei manter-me em silêncio, porque esse tipo de discussão não me interessa, assim como não me interessa ter uma arma. Então, vocês podem perguntar: "Por que você vota no não, se não lhe interessa ter uma arma?". Bom, voto no não, também, porque imagino algum embuste sendo urdido. Estamos num país em que embustes são a norma. E sempre desconfio quando vejo certa parcela da mídia (a rede Globo, através de seus artistas desta vez) tentando influenciar de maneira tão exaustiva a população.

E desgasta-me discutir essa questão do desarmamento, porque há tantas outras a serem discutidas. Não se resolve o problema da fome, do desemprego e, principalmente, o da violência... a discussão foi mal-colocada desde seu início. Eu digo: teatro, teatro, tudo teatro... palavras de um desiludido? Talvez. Aliás, provavelmente. Vejo nosso país como uma grande comédia sem graça.

Queria que fosse diferente. Queria que o desarmamento fosse o caminho... seria tão simples... mas não é. Desculpem-me se prometo o silêncio, mas falo tanto. Eu preferiria falar de literatura, cinema, música... qualquer coisa mais agradável a mim e a vocês.

Queria concordar com algumas pessoas notáveis a mim, tanto no mundo real como no virtual, que defendem o desarmamento, mas não posso. Estou de peito aberto e sei que este desabafo não está tão bem embasado. Há outros aspectos que nem sequer citei, que podem ser usados tanto contra como a favor do desarmamento.

Agora vocês já sabem o que penso. Volto ao silêncio, que talvez seja cortado por alguns tiros.

Volto ao silêncio, que talvez seja cortado por qualquer ato que a maldade humana torne real.

Mas, antes do silêncio, beijos e abraços.

NA MINHA VITROLA: Silêncio.

terça-feira, 11 de outubro de 2005

O Tempo e os Brancos

Novidades, amigos viajantes. Espero que gostem desta paisagem.

O Tempo e os Brancos

Sob certo ângulo
enquanto arrumavas os cabelos
eras bela

...

Aos primeiros sinais de embranquecimento
ou – quem sabe? – antes
(hoje quase sempre é antes)
mudarás tudo

...

É assim, num ato desses de desmerecimento
que morrerás aos meus olhos

...

Bem pode ser este o exaurir de tua beleza.


É isto, meus amigos. Até a próxima! Beijos e abraços!

NA MINHA VITROLA: CORALIE CLEMENT - Indécise > Gloria > L'Enfer.

domingo, 9 de outubro de 2005

No Trem

Olá, viajantes amigos!! Aqui vai uma paisagem nova para vocês. Não é ainda a série Marketing, mas espero que eu tenha tido aqui alguma felicidade. Vejam se vocês gostam:

No Trem


_____________________saio do paraíso




talk walk walk talk talk walk walk talk
walk talk talk walk walk talk talk walk

imagino que sei o caminho...


_____________(ah... o blá blá blá de sempre)
_
___________talk
________walk
__________walk
______talk
______w___________***
_
_
__
_________________imagino e penso:

"Agora vire-se!
Você deveria saber como
sair deste lugar."

Bom, aí está. Deu trabalho e não sei se gostei do resultado. Mas aguardo seus comentários. Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: THE BIGGER LOVERS - Emmanuelle > PEARL JAM - Better Man > FOO FIGHTERS - Another Round > RADIOHEAD - Nice Dream > PAVEMENT - Hit the Plane Down > ELLIOTT SMITH - Last Hour > Twilight > JAIME SIN TIERRA - No Te Desanimes > SONIC YOUTH - New White Kross > CHARLIE PARKER - Crazeology > COCTEAU TWINS - Perhaps Some Other Aeon > RADIOHEAD - My Iron Lung > Blow Out > ELLIOTT SMITH - LA > SONIC YOUTH - Stalker > ELLIOTT SMITH - Care of Cell 44 > TRAVIS - Mother > ELLIOTT SMITH - Big Decision > LEONARD COHEN - Lover Lover Lover > LUISA MANDOU UM BEIJO - Com um Pote de Geléia de Morango nas Mãos > JACQUES BREL - La Cathedrale > ELLIOTT SMITH - Strung Out Again > RADIOHEAD - Killer Cars > BENJAMIN BIOLAY & CHIARA MASTROIANNI - L'Apologie. (E viva o shuffle do Winamp...)

quarta-feira, 5 de outubro de 2005

Automático

Caríssimos companheiros de viagem, soltem os rojões!! Neste mês nossa viagem completa um ano e... parece-me que está longe de terminar. Para iniciar os festejos, vamos de muita poesia - que atinjamos, com ela, o âmago da existência, além do âmago da palavra.

Automático

ave maria do eu morro se isso não sair certo
mas morrerei certamente ainda que velho
aurélio buarque de hollanda não sabia o que fazer
quando decidiu juntar todas as palavras num livro
ou sabia demais mas não importa mesmo
as palavras estão ali e ninguém precisa colecioná-las
já recolhidas e nada é tudo hoje nesta semana
ou na próxima velho instante igual a todos
uni-form-idade
horror
horror
morte para todos é o que não ofereço hoje
seria indelicado neste café...

Mais alguma coisa?
“Graças a Deus, mais nada...”,
ela pensa quando eles vão embora.


Bom, este é só o início. Agüardem, em breve aqui, a série Marketing. Está no forno, quase no ponto.

Beijos e abraços muito especiais, desta vez!!

NA MINHA VITROLA: PEARL JAM - Not for You > Tremor Christ > Nothingman > Whipping.

quinta-feira, 29 de setembro de 2005

Fustiga!

Olá, amigos viajantes! Gostem ou detestem:

Fustiga!

Sou o único que se auto-sabota
em devaneios de verão antes do tempo.
Isso é bom quando não tem sol.
Fico mau comigo mesmo
e confesso que mereço.
Por isso me sinto bem.

Este é o segredo das madrugadas quando há sono ausente.


Beijos e abraços!! Até qualquer hora dessas!!

NA MINHA VITROLA: Steppenwolf - Born to Be Wild > The Pretenders - Back on the Chain Gang > Rush - Manhattan Project > Lobão - Revanche.

quarta-feira, 28 de setembro de 2005

Samba para Alguém Não Dançar/Ignorância Atroz

Eis, amigos viajantes, alguns novos textos para vocês:

Samba para Alguém Não Dançar
(Écrire sans...)


Escrever sem o coração
é o mesmo que fazer um samba para alguém não dançar.

A batida é o raro pingo horas após a chuva.
Procura-se vida nos locais errados:
A realidade é antipoética e antimusical.
Não admite trilhas sonoras, como nos filmes
nem versos, como neste meu universo
quase natimorto,
um salão decadente e esvaziado
quando todo sentido carece de um porquê.

É assim, escrever sem razão...


Ignorância Atroz

Luz para cegos, música para surdos,
passos para os que não andam...

Assim é que se vive.

Quem não precisa tem de sobra,
mas não são esses a pagar o preço.

Apaguem as luzes!
Já não se enxerga
além do conveniente...

Mantenhamos a postura
subordinada.
Quem precisa de algo mais não quer outra coisa
e quem pode mais agradece.


Beijos e abraços, amigos!! Até a próxima!!

NA MINHA VITROLA: Nada Surf - Inside of Love.

sexta-feira, 23 de setembro de 2005

Inseto!!

Meus amigos, eis aqui um texto de raiva, depois de um fato ruim. Confiram:

Inseto!!

Sei que você enxerga o sol em todas as coisas.
Sei que, apesar disso, em verdade pouco vislumbra.
Está tão pouco capacitado para isto, porque o sol lhe cega...

Eu, daqui de minhas trevas, vejo algo mais.
Sei bem que há algo que ilumina as trevas às vezes, mas apenas às vezes.
Portanto, também posso imaginar-me feliz.
E quase sou,
apenas quase...

Porque não posso ignorar aquilo que você ignora,
estas palavras agora se tornam violentas,
pois este é um mundo violento
onde você sorri enquanto lhe quebram os dentes à porrada.

Dalí bem sabia que o tempo escorre
e você não faz nada...

Apenas uma formiga vagabunda.
Mero inseto.
Sim, inseto é o que você é.
Sua tragédia, você mantém oculta à percepção enquanto monstros horrendos lhe pisam com seus solados de borracha.
Você permite que eles sorriam entre si,
quando o sangue ou qualquer outra substância é sua certeza.

Saí à noite e lhe vi dançando,
ainda que com marcas de alguma tortura.
Nada tão doce que não possa atrair outros desgraçados,
outros insetos
E reconheço... é bem necessário a você.

Sempre que eu apareço, com minhas palavras virulentas,
você nada diz.
Nada que seja importante,
que cause o mínimo interesse.
Acorde para o que é...
ou apenas dance.
Dance, inseto!!
Talvez eu faça o mesmo por um instante.
Depois, eu parto
e durante a semana, você morre.

Inseto vagabundo!
Apenas dance!!


Amigos viajantes, é isto! Bom, somos todos insetos, de uma forma ou de outra. Bem que gostaria de ser diferente disso... apanhar cansa. Bom, vou ver se consigo algo diferente. Beijos e abraços!! Até a próxima!!

NA MINHA VITROLA: David Bowie - China Girl > Santana - Guajira.

quinta-feira, 22 de setembro de 2005

Poesia para Informáticos

Uma brincadeira de palavras, inspirada pelo meu ambiente de trabalho. Confiram, amigos viajantes:

Poesia para Informáticos

o inimigo do pop-up não é o antipop-up

eu lhes apresento o pop-down, o arqui-rival


pop download pop music
o hit do momento
post a letra no blog
como faço tão pop(mente)
não esqueça o template
na pasta temp


(pop temp late)


já é hora de deletar a poesia engraçadinha...


byte it!
bite it!
You're off!!


É isso, povo!! Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: Morrissey - The First of the Gang to Die > Sonic Youth - Sugar Kane.

segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Impenetrável

Sim, sim. Era improvável que eu soubesse, mas voltei - e voltei rápido.
Aquele sinal em forma de post já era um anúncio de "sim, estou louco pra postar aqui", sem eu perceber. É bom saber que as idéias voltaram e que, pelo menos, voltaram em um momento em que eu pudesse trabalhá-las em papel.
Porque elas vinham... sabe quando uma idéia vem quando você está na fila do supermercado, sem papel, e torce pra se lembrar da idéia até chegar em casa, mas encontra aquela pessoa chata que pergunta até da unha encravada do seu cachorro de estimação (??) e você não tem coragem de mandar a pessoa se f... e, quando chega em casa, simplesmente já era??
Entenderam, né? Eh eh eh!! Bom, apenas confiram!! E eu volto com a afirmação de que o futuro é...

Impenetrável

Ouvindo vozes em fones de ouvido,
quaisquer palavras em qualquer idioma.
Não está preparado para o que vem,
porque o que vem é simplesmente
impenetrável, não há sinais ou há todos
incompreensíveis.

Um livro aberto em quaisquer mãos,
sobretudo quando tudo é assim vago.
Mas os dias passam chuvosos ou de sol.
Pouco importa, não é um sinal...
cedo ou tarde, apenas se trata de viver
cada hora.

O que você esperava da vida quando era mais novo
não é o que você espera agora, aliás...

O que você espera?

Qualquer dogma sobre qualquer base,
toda intelectualidade é pouco útil
ou mesmo deveria ser atirada ao lixo,
porque muito de viver é sentir.
E como vão categorizar o que se sente,
o que é o ser?

Algum sorriso em qualquer foto.
Todo mundo é belo visto de longe,
contanto que os dentes não faltem.
Assim também são as idéias. Às vezes
um nariz torto no torto do mundo.
Algum porto seguro?

A flor da novidade vai brotar do lixo ou será desperdiçada.
A vida às cegas ainda será vida...

O que você esperava?


E vocês, amigos viajantes? Ainda esperam muito da vida? Não esperem não. Façam-na, simplesmente. (Tá, eu não sou um grande conselheiro... eh eh eh!!) Bom, isso é tudo por hoje. Beijos e abraços!! Até breve!!

NA MINHA VITROLA: RADIOHEAD - Street Spirit > High and Dry > Motion Picture Soundtrack > Fake Plastic Trees > Black Star.

sexta-feira, 16 de setembro de 2005

Férias para o Maquinista!!

Férias para o maquinista!!
Retorno em tempo indeterminado.
Pode ser que volte amanhã.
Pode ser daqui a um mês.
Pode ser que jamais volte.
Mas eu estou bem. Não se preocupem, amigos.