quinta-feira, 30 de junho de 2005

Chocolates e Cigarros

Mais uma paisagem a meus amigos viajantes:

Chocolates e Cigarros

Tenho pena das senhoras faxineiras
Enquanto ao mesmo tempo fumo meus cigarros e jogo as cinzas no chão
Todo o dia varrendo chão, jogando água, para que eu faça o que faço
É tão inútil quanto o governo de qualquer país de terceiro mundo

Lamento pelas senhoras confeiteiras
Enquanto ao mesmo tempo devoro quilos e quilos de bolos confeitados
De chocolate, de preferência. E confeitar é uma arte para algumas
É tão desprezível que a gente engole sem pensar em nada mais

Desprezo meus vícios. Eu os carrego, ainda assim.
Sei que sou ingrato. Não há nada que baste a mim.
Ao inferno com meus cigarros e chocolates!! E eu irei junto, com todo o gosto!!

Beijos e abraços!! Até breve!!

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Ayudame

Uma poesia da minha amiga Rita Cytryn, a Gaivota mais sorridente de Salvador e minha mãe virtual. Desculpem a não-tradução, amigos viajantes, mas creio que não será difícil entender. Quaisquer dúvidas, estou ao dispor, seja por aqui, no messenger ou no orkut. Confiram:

Ayudame

Habia algo sin palabras
un mover extraño en el alma
cierta angustia desmedida
que aquellas pocas lagrimas,
que no vistes,
no hán logrado calmar
el miedo que me sofocaba.

Hay que haber silencios para escucharse
el ruído del proprio vivir me lo impedia
Yo estaba sufriendo
pero no entendia
Al final
Es todo porque no sé
vivir tiempos de paz...

No sé ser feliz, no conoci la calma
Fué toda una vida de guerras,
Batallas y sangrientas luchas!
Mis cicatrizes lo pruebán
las del alma,
aunque más escondidas
existén y son profundas

No sé donde es mi hogar
Cantito de paz y de cariño
morada segura, risa feliz
Caminé, si
por las trincheras de la vida
Cayendo en emboscadas
o sobreviviendo a ellas
Como confiaré en otro ser después de todo!
Como??!!
No soportaria despiertar
y ver que fué no más que otro sueño
ilusión o mentira
no soportaria vivir
la pobreza, estrada vacia,
rocas, frio
viento helado, soledad
y el peor de todo,
la pierda de lo que me restara de fé.

Ahora veo que
no amé ni fui amada
Amor es cosa feliz
Es tejido de bondad y gentileza
de palabra sincera y gesto dulce
Yo sé que es bello,
aunque
nunca lo haya tenido

Tu amor desnudame el corazón
pero esto duele.
Tu amor me haz echar mi escudo
abandonar armas
y todas mi estrategias de sobrevivencia
Tu amor me convida a ser autentica
porque para amar no se puede
esconderse, protejerse, fingir
dudar, mentir o falsear

Hay que estar con el alma
desnudo y puro
y esto me da miedo
Sabes que un guerrero
jamás abandona sus armas
pero soy apenas una mujer
bajo de este escudo hay una
pero avisote y no olvides
un paso en falso,
volaré para lejos
jamás me verás otra vez.

Perdoname dudarte
razónes no me diestes
pero que puedo hacer?
tengo heridas
y mentirte de mi
no facilita nada
Es de mi carater el valor
y la aceptación de las durezas de la vida
pero estoy confiando en ti
ayudame!

Ayudame a creer e a caminar
Por esta vida que me invitas
quiero irme contigo para casa
veniestes de lejos rescatarme
al poso seguro de tu cariño
estar tranquila en el jardin
contemplar pájaro flor cielo
azul y sol
gastar las ultimas lagrimas
para lavar este alma
Ayudame!

Amigos viajantes, espero que tenham gostado desta viagem. Eu gosto muito e não pude me furtar a pedir à minha amiga a permissão pra levá-los também neste passeio. Eu tinha até planos de outro post para hoje, mas confesso que não seria tão bacana, creio eu... mas o post adiado terá seu espaço em breve... eh eh eh!! Beijos e abraços!!

NA MINHA VITROLA: Elliott Smith - Needle in the Hay > Christian Brother. Fito Paez - Más Guapa que Qualquiera > La Canción de los (Buenos) Borrachos > La Casa Desparecida.

segunda-feira, 27 de junho de 2005

O Jardim que Oferto a Ti

Olá, amigos viajantes!! Aqui estamos, animados com a viagem, depois de o trem quase sair dos trilhos. Mas descobri uma habilidade que eu nem sabia que tinha: a de superar os problemas e seguir de cabeça erguida. Agora, uma pequena poesia quase prosa, uma prosa quase poesia. Claro, dedicada a uma pessoa muito especial. Confiram!!

O Jardim que Oferto a Ti

Como dizer que ama sem parecer ridículo?
Milhares e milhões de manuais não ensinam isto,
Nem te ensinam a lidar com intervenções inesperadas...
Nunca entendi, de verdade, como tudo o que nos permeia neste aspecto
Acaba sendo tão patético, ridículo...
Humano, enfim...
Há um momento em que é preciso ir além
Além da razão
Além do sentimento
Um esforço além do humano
E mesmo assim há o risco de cair na vala comum
Mas escuta, "tu-sabes-bem-quem-és"... lê, melhor dizendo...
Eu não tenho medo de nada disso
Pelo menos não mais...
Se há algo de bom nas dificuldades, é que elas nos colocam contra a parede
E temos de fazer a coisa certa.
E o certo, neste caso, é que te amo.
Por isso, eu te peço...

Cuida bem do jardim que oferto... quero um dia estar contigo ali, descansando da luta!!


NA MINHA VITROLA: Aimee Mann - Dear John > King of the Jailhouse > Goodbye Caroline > Going through the Motions.

Bom, amigos viajantes, não preciso dizer mais nada, é isto!! Beijos e abraços!! Até a próxima!!

domingo, 26 de junho de 2005

O Primeiro Perdão

Em tempo: estou bem melhor. A ponto de ter perdoado quem me feriu sem pensar nas conseqüências.

Mas, sabem... eu não quero mais do que qualquer outra pessoa: tentar ser feliz...

Beijos e abraços! E desculpem meu desabafo desesperado! (Isso aqui está virando um diariozinho qualquer... eh eh eh [riso meio xoxo ainda]).

Socorro!!

Socorro!!

Alguém me diga que há uma saída para esse mundo de tanta mentira, de traição, ainda que não tenha sido algo consciente... desculpem-me... estas palavras não farão sentido a ninguém, apenas a mim e talvez a uma outra pessoa... mas eu preciso, demais...
É muito pesado o jugo de viver sem a possibilidade de amar... e quando talvez as coisas estivessem se encaminhando, uma pessoa zelosa demais, de tanto zelo (celos) acaba me traindo. Por tanto zelo/celos, nunca respeitou uma atitude minha, nunca acietou uma decisão minha, em 31 malditos anos de vida.
Hoje, eu prefiriria que esse meu jugo tivesse fim. Cicuta, como Sócrates? Uma crucificação, como Cristo? Ou morrer talvez como um junkie ou um bêbado qualquer? Claro, não se preocupem... eu não farei nada disso...
Mas é tudo tão cruel... tão insano... quanto mais eu posso aguentar?
Eu não sei, eu não sei... apenas estou muito decepcionado, arrasado, morto por dentro...
Agora eu não sei como vou encarar as pessoas envolvidas... o pior é que ainda há algo a devolver... seria bom se não houvesse...
Seria bom se eu simplesmente pudesse apagar minha memória e começar do zero... minha vida desde o princípio...
Mas eu cometeria os mesmos erros, não? Seria como rolar uma enorme pedra para cima de uma montanha, apenas para vê-la cair novamente... qual é mesmo este mito grego? Minha memória falha...
Eu apenas queria varrer da minha memória qualquer referência a essa história. Pronto! Tá... isso é Hollywood, eu sei!!
Merda, merda, merda... Não entendam, não entendam, não entendam. Não há nada a ser entendido...
E merda... há tanta gente com problemas ainda piores... perdoem-me.
Eu sou apenas um idiota... deveria ter contado com todas as possibilidades... agora, aqui estou eu.
Desculpem... esqueçam toda essa merda... e busquem ser mais felizes que eu.

quinta-feira, 23 de junho de 2005

Crônica ou Confissão Mal-Feita sobre o Nada

Bom, amigos viajantes, aqui mais um pequeno texto deste maquinista devaneador. Vamos viajar novamente? Então lá vai o trem-palavra, mais uma vez!! Eh eh eh!!

Crônica ou Confissão Mal-Feita sobre o Nada

Queria tanto hoje ter uma questão a abordar... mas confesso: não encontro um bom começo. Não, de forma alguma. Como deveria ser tal introdução? Um tanto direta? Talvez repleta de metáforas? Não sei, realmente não sei...

Nem é apenas o princípio que me incomoda. Muito mais a falta de tema. Quero escrever, mas...

O ideal talvez seja deixar o pensamento fluir. Talvez...

Já sei! É isso mesmo! Que flua. Não tenho compromissos com nenhuma revista, jornal, site (que não seja este blog), seja lá o que for... tenho toda a liberdade para criar um texto assim, tão solto. Apenas gostaria que não fosse um texto fraco, um texto daqueles que as pessoas lêem e, no final, se perguntam: "Ah... mas é isso? Pensei que fosse mais..."

Afinal, de cronistas assim o mundo anda cheio.

Sabem... bem que eu gostaria de resgatar um tema para abordá-lo, mas este me foge. Simplesmente. Não vou enganá-lo, leitor... agora continuo escrevendo, apenas acontece de o espaço do tema estar vago. Se quiser, pode ir embora. Procure outros textos mais ricos, mais rebuscados. Está no seu direito ir-se, não vou ficar chateado... mentira, até vou. Mas faça de conta que não, por favor.

Ok, se sua condição para ficar é a de que eu encontre um tema, vou tentar. Juro que tento, mas por favor, não espalhe por aí que eu ando negando fogo. E não tente me imaginar com os dedos moles no teclado, sempre teclando backspace para apagar os erros criados pela falta de energia. É muito triste e acaba com a vaidade de qualquer um. Mesmo daqueles que não se importam tanto com vaidades. Na verdade, vocês devem saber bem, eu tento disfarçar mas sou muito pior que um pavão.

Mas como eu enrolo... tá bom! Um tema!

Hoje eu vi, no meu caminho cotidiano, uma menina com uniforme de colegial. A despeito de ser gorda ou magra, negra ou clara, bela ou feia, fiquei pensando... o que será, o que fará essa garota daqui a 10 anos? Terá casado? Tido filhos? Uma profissional bem-sucedida? Cairá na vida? Se sim, como?

Ora, para que tantas perguntas sobre uma pessoa que só se vê de relance? Vamos embora deste tema...

Depois, vi outra garota, fiquei frente a ela no ônibus. Era mais adulta e uma típica "menina bonitinha" (acho que meus fiéis amigos viajantes lembrarão...). Decidi que minha diversão seria observá-la. Estava aflita, como se não conhecesse o trajeto. Confesso que até me afligi junto, enquanto tentava ler mais alguma coisa nos olhos que fugiam todo o tempo. De repente, sorriu, ao avistar um local. Creio que se tratava de algum reconhecimento. Sorri internamente. Fico satisfeito com o sorriso alheio. Depois, desci do ônibus, como me convinha.

Está certo... eu jogo a toalha... não consigo desenvolver um tema. Tenho problemas e me preocupo com problemas de amigos, mas não consigo me indignar com alguma questão social, visto que também não tenho soluções a apresentar.

No meu melhor, sou arte pela arte. Mas toco o outro extremo e hoje sou vazio pelo vazio.

Afinal, às vezes falta mesmo fôlego a quem escreve... e, de qualquer forma, já estou aqui no escritório. Pensamento morto, por ora.

Voltem, por favor. Não digo hoje, mas em qualquer dia desses... voltem e contem-me suas novas viagens.

Por hoje, não tenho mais nada a dizer.

NA MINHA VITROLA: Rufus Wainwright - Go or Go Ahead > Vibrate > 14th Street > Natasha > Beautiful Child > Want > 11:11 > Dinner at Eight.

Beijos e abraços, pessoal!!

quarta-feira, 22 de junho de 2005

De Solidão e Pingos

Olá, senhores e senhoras, viajantes deste trem feito de palavras. Aqui eu lhes trago uma nova paisagem a fixar o olhar. Enjoy it:

De Solidão e Pingos

É necessário escrever...
Sim, faz parte de uma benção e uma maldição
Quando se é condenado a andar sozinho
Sob o guarda-chuva quando as luzes se fazem altas
E os pingos se desfazem no chão
Não, não é tão ruim estar só
Apenas não se tem com quem dividir
Qualquer coisa que seja
Mas quando se tem as palavras
Um pode se considerar totalmente só?
Agora que um já compreende tudo
Deve resignar-se e buscar novas idéias para novas histórias
O tempo corre novamente, nem as nuvens ficam paradas
Dias de "vá em frente, tente sua sorte, filho"
Há sortes e sortes, pai
Todos devem ir atrás da sua
Às vezes sem ter como dividi-la
Sem ter como somá-la
Tudo que um quer, hoje
É ter sua ferida cicatrizada
Depois de terem-lhe tirado os restos daquela parte apodrecida
E é no mínimo incômodo, quem sabe ridículo
Manter o pensamento em algo que já passou
Porque é necessário escrever, é necessário viver
Alguma nova história a cada dia
Que venham as histórias de dias frios e sem sol

Meus caros amigos, aqui está gelado, gelado... só eu mesmo pra ter idéias e postá-las logo nessa manhã em que, se não fosse o trabalho, eu ficaria na cama mesmo. Eh eh eh!! Bom, vejamos o que toca...

Na Minha Vitrola: Antony and the Johnsons - Hope There's Someone > My Lady Story.

Arrivederci, bambini!! Beijos e abraços!! A gente se encontra uma hora dessas, para uma nova viagem!!

terça-feira, 21 de junho de 2005

Pequena História Desimportante à Maioria

Meu pai apareceu em sonho a mim e disse:

Vá em frente! Tente sua sorte, filho.

É isso! Beijos e abraços, amigos viajantes!!

Na Minha Vitrola: Gente babando demais, tentando resolver problemas de trabalho.

domingo, 19 de junho de 2005

Para Ler Antes do Almoço ou...

Olá, meus amigos viajantes... aqui vai um exercício de escrita cotidiana sob um sol dominical. Admirem ou detestem... eh eh eh!! Mas confiram!!

Para Ler Antes do Almoço ou...

Universos inteiros a desvendar – assim começamos a viagem... de algum ponto indizível.
Entre amores, dores e belas canções. Mazelas e ressacas.

Não, eu não quero um cigarro, já tenho os meus.
Embora não descarte a possibilidade. Reserve um dos seus para mim. Não será ruim variar.

Amanhã será um longo dia. Sempre é preciso representar bem. Sejam bons atores, meus caros.
Seu público será agradável na medida do possível.

Não, não se incomode – eu busco uma cadeira, sim?
Olha, aceito aquele suco que você me oferece, mas agora queria mesmo encarar um milho verde.

Sei que parece um pouco insano, mas quem se importa, de verdade? Meu time ganhou, então?
Vamos comemorar na avenida. Não é sempre que acontece.

Humm... deixa eu ver... virado à paulista... não, não...
Prefiro mais um strogonoff de frango. Pode ser? Sim, sim... pode ser um guaraná também.

Tudo o que eu queria se mantém distante demais ao toque. Se ao menos houvesse um piano...
Aquele ali está quebrado, é melhor mandar pro conserto.

Vejam... há teias de aranha e telas de computador, pratos e pensamentos...
Há muito mais além disso que é preciso guardar. Ou gritar. A vida se faz presente. Mais uma vez.


Bom, é isso, amigos. Não pensem que enlouqueci. Ainda não foi desta vez... eh eh eh!! Mas saibam que meu nome é Tom Waits!! Sim, eu sou Tom Waits... eh eh eh!! E agora há sessão de sequência de músicas escutadas enquanto configuro o post. Sim, Jorge... chupinhei de você... eh eh eh!!

NA MINHA VITROLA: Elliott Smith - Oh Well, Okay > Bottle Up and Explode! > A Question Mark > Everybody Cares, Everybody Understands > I Didn't Understand.

Beijos e abraços. E não se preocupem... amanhã serei Magritte ou qualquer outro, não mais Tom Waits. :-)

quinta-feira, 16 de junho de 2005

Rememberance # 1/ Palavra-Ponte

Duas poesias novas em folha para vocês, caros amigos viajantes:
_
Rememberance # 1
_
Curioso é eu lembrar sua fisionomia após todos esses anos de névoa
_
O que havia ali para que eu esquecesse?
_
E o que havia sobrado para a lembrança?
_
Curioso... agora essa imagem tão nítida...
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Não sei o que dizer... afinal, para você o que importa?
_
Continuará vivendo ou morrerá ainda que eu lembre mil vezes
_
Ainda que eu esqueça outras mil
_
Palavra-Ponte
_
Desde que me vi pela primeira vez frente ao abismo
Perguntaram-me... como faria?
_
Sem perceber que aquela palavra, mesmo aquela interrogação
Eram as ferramentas mais adequadas
Para a construção
_
Um dia descobri... e foi belo!
_
Hoje redescubro - a palavra faz-se ponte
_
Não há abismos suficientes para o impedimento da passagem
_
Bom, e isso aí! Espero que tenham apreciado essas paisagens. O trem prossegue, como sempre. Boa estadia, amigos viajantes, e até a próxima jornada! Beijos e abraços!!

terça-feira, 14 de junho de 2005

Volta

Parafraseando uma campanha besta... porque sou Alessandro de Paula, não desisto nunca... de mim!! E aí está um textinho novo a vocês!! Confiram. E não sumam... parece que há dias em que há uma ressaca geral e quase ninguém aparece...

Volta

Volta...
Sim, voltam todos os mistérios
A magia das manhãs de sol
O perfume de todas as possibilidades do vir-a-ser
Em cada uma delas
Uma luz
As trevas ficam para a noite em que um chora, com os amigos
No entanto, há algo no mundo
Algo que apenas agora um se dá conta
Não há portas cerradas
Num mundo que não permite profundidade
Mas também não permite uma mais profunda dor
Sim, todas as portas abertas
A cada par de braços desnudos
Aquece-se a vontade de retorno à vida
Então, volta
Volta sim
Não há fim possível
E tudo que se pensa às vezes é apenas incoerência
Não importam os comprimidos ou objetos cortantes
Nem a via em que poderia se atirar
Volta... atire-se à vida
À magia e ao perfume das manhãs de sol
O choro é apenas um momento
Um sonho de uma queda no abismo
E viva os mistérios
Que busca compreender
Sem jamais encontrar resposta

Enfim...

Às vezes é bem melhor deixar ser...

E então, volto!


Bom, é isso! Um suspiro de alívio. A vida se faz presente. Há muito o que caminhar, perceber esses mistérios e sentir esses perfumes (ok, muitos moram em cidades poluídas, inclusive eu... relevem-me, que sou poeta, vai...). Beijos e abraços a todos!! E apareçam, porque a viagem não faz sentido sem vocês, ora bolas!!

segunda-feira, 13 de junho de 2005

Algumas Curiosidades

Olá, amigos viajantes. Espero que estejam todos bem. Eu sou uma máquina que alterna entre os modos don't care about me ou please... help me to find another reason ou qualquer outra coisa que valha. Mas não estou aqui para me queixar (já me queixando... como sou fake...). O fato é que venho trazer hoje algumas curiosidades. Bobagens, meus amigos. Apenas bobagens. Confiram, espero que no fim tenha valido a pena:


1.
Vejam só isto:
_
A Flor do Meu Segredo
Carne Trêmula
Tudo sobre Minha Mãe
Fale com Ela
A Má Educação
_
Não é uma seqüência genial?
2.
Ele carregava permanentemente a cara de quem tinha acabado de entornar uma garrafa de uísque. Mesmo assim, o cantor e compositor fracês Serge Gainsbourg traçou algumas das mulheres mais desejadas da história - vamos citar apenas Brigitte Bardot e Jane Birkin, só pra começar - e teve uma vida/carreira turbulenta e rebelde. O simples fato de ter gravado em 1969 a Stairway to Heaven dos motéis e puteiros de 3ª categoria - Je T'Aime, Moi non Plus - já é suficiente para um exame detalhado de sua vida e obra.
_
Recém-descoberto por causa da admiração que bandas como Sonic Youth e Air declararam ter pelo cara, Gainsbourg quase foi preso por ter gravado a popular Marselhesa em versão reggae e por ter queimado dinheiro ao vivo na TV, mas o que surge no final é o retrato de um cantor, ator, pintor, cineasta e, acima de tudo, um contestador com incríveis capacidades em escrever letras provocativas e sofisticadas, mas lotadas de um cinismo atroz. Essencial!
_
(Por Regis Tadeu, Revista Mosh nº 04, p. 66. Resenha da biografia de Serge Gainsbourg, chamada Um Punhado de Gitanes, escrito por Sylvie Simmons.)

3.

Que música do Elliott Smith eu sou?

(Sei que parece bobo fazer este teste, mas sou tão fã do cara, que deixo aqui o resultado e o link, caso alguém aqui conheça e se interesse em fazer o teste.)

Miss Misery
Miss Misery

Which Elliott Smith song are you?
brought to you by Quizilla


4.
Quem É o Sr. Piano?

Quem acompanhou o noticiário internacional dos últimos dias deve ter se deparado com a mais suculenta história intrigante dos últimos tempos: "Qual é a verdadeira identidade do Senhor Piano?"

Em 7 de abril, um jovem loiro entre 20 e 30 anos foi encontrado vagando por uma estrada à beira-mar na ilha de Kent, na Inglaterra. Ele usava um distinto terno e gravata, estava ensopado e andava com olhar fixo para frente, como se estivesse em transe. Tentaram falar com o cara, ofereceram ajuda, mas ele não respondia nada. Avisaram a polícia, que tirou o moço do caminho para lugar nenhum e levou-o ao hospital psiquiátrico.

De novo, o cara bem vestidão não conseguia responder nem perguntas básicas do tipo quem ele era, de onde estava vindo, para onde estava indo. Nada.

Ele não tinha documento e dinheiro algum e, veja isso, as etiquetas de suas roupas finas estavam arrancadas. Era impossível determinar onde ele tinha comprado as roupas.

Dias depois, alguém teve a brilhante idéia de entregar lápis e papel para o homem em transe. Aí o cara fez um desenho profissional, técnico, detalhado de um... piano. Mais que depressa, levaram o, então, "Senhor Piano" para a sala onde tinha um. O cara viu o piano, sentou-se ao banquinho e tocou como se fosse o Beethoven reencarnado. O Senhor Piano tocava maravilhosamente bem peças clássicas de Tchaikovsky. Beatles ele tocou!! Só faltou tocar "Paranoid Android", do Radiohead. Mas ainda assim não fala uma palavra. Até hoje.

Acredita-se que o cara tem um trauma cabeludíssimo, que causou uma amnésia.

No começo deste mês, a polícia inglesa passou a divulgar o retrato do Senhor Piano e percorreu escolas de música, conservatórios, visitou orquestras, falou com regentes. Nada.

A polícia, até quarta desta semana, já tinha recebido mais de 500 ligações com informações "quentíssimas" sobre a identidade do moço. Do que foi investigado, nenhuma novidade apareceu.

O mistério do Senhor Piano corre a Europa e já chegou à América do Norte. A última seria que um homem na Itália reconheceu o cara. Seria o saltimbanco francês Steven Villa Massone. No dia seguinte, o jornal inglês "The Independent" achou o verdadeiro Massone. E o caso "Senhor Piano" voltou à estaca zero.

A suspeita mais bacana vem do Canadá. A de que o Senhor Piano poderia ser o Senhor Ninguém, um sujeito que apareceu nas ruas de Toronto há seis anos, com o nariz quebrado e dizendo não saber quem era. Tinha as mesmas características físicas do Senhor Piano. E, dias depois, desapareceu do hospital e nunca mais foi visto. A polícia canadense averigua o Senhor Piano junto com a inglesa. E a pergunta "Quem diabos é o Senhor Piano?" segue sem resposta.

(Por Lúcio Ribeiro, em sua coluna na Folha Online, em 20 de maio último.)

Bom, despeço-me de vocês por enquanto, amigos viajantes. Logo, logo eu trarei algo de novo a vocês. A propósito, estou ouvindo o novo The White Stripes, Get Behind Me Satan. Estranho. Bom. Para quem não sabe, um aviso: não esperem muitas guitarras neste CD. Beijos e abraços, meus caros! Até breve!

sexta-feira, 10 de junho de 2005

Ego!

Olá, companheiros de viagem! Raiva também é um componente interessante para a criação literária, não acham? Talvez um pouco mais brusca, porque de outra forma, haveria ironia, cinismo... qualquer outra coisa. mas a raiva... às vezes não há nada como a raiva para um selvagem como eu... confiram!

Ego!

Que há?
Esconder-se por trás destas lentes escuras
E colocar-se acima das nuvens que a tudo cobre
Parece-me...
apenas o silêncio funcionaria para você
mas teimo
Como é sentir-se majestade por um tempo?
por um turno de trabalho
Talvez um serviço burocrático
Um amor que se foi
Amor? É possível?
Não, não me faça rir quando penso em estrangulamentos
É a autoridade de um uniforme?
Ora, um uniforme...

eu deveria calar-me
mas teimo
tenho raiva demais

Então você me impõe condições
Um ticket, apenas um ticket a mais
she’s got a ticket to ride?
Ora, isso vai, aquilo vem
Se lhe serve ao ego
O que me fere é apenas a postura
ou a impostura?
Você se coloca acima das nuvens
E todos estarão sob a terra
É por isso que busca compensar-se assim?
Ao menos aí, de seu posto, não é?
E pensar que estas palavras serviriam para tantas pessoas em tantos contextos
Mas o inferno é que tudo isso é tão pequeno
sim, uma pequena piada fodida
Que nem graça consegue ter
Nem me importa se o rei cairá amanhã
Tenho mais ódio pelos atos
Outro virá dizendo palavras diferentes e aparentemente mais justas
Mas eu me sinto carregado no mesmo trem
Sou gado, mas não irão marcar-me
Quebrarei seus valores, todos eles... cada uma dessas pequeninas peças de um museu do absurdo, do orgulho vazio
mas basta... odiar cansa
Não quero mais pensar em estrangulamentos

Trata-se de uma questão que tive com um funcionário da magnânima Cia. Metropolitana de São Paulo a uns 15 dias. Tudo uma grande merda, mas que serviu para exercitar um pouco... não é um texto tão importante, mais aí está. A vocês, amigos viajantes, beijos e abraços! Até a próxima!

quarta-feira, 8 de junho de 2005

Palavra sob o Sol

Outro pequeno devaneio do que conduz este trem, amigos viajantes! Confiram:

Palavra sob o Sol

Mais uma manhã
Novamente o sol
Afinal, por que não haveria ele de surgir?
Algum encontro casual e breve troca de palavras
Mas há uma constante em que sempre penso
Enquanto os carros continuam fazendo o tráfego nas avenidas
Não, não há céu ou inferno
Ninguém que possa me condenar pelos meus atos ou pelo que eu penso
Segunda a sexta, o mesmo trajeto
E isto poderia matar a poesia
Imaginem...
A poesia estendida no chão
Esvaindo-se no sangue que verte da grande ferida
Causada por um machado
Mas não, não é do golpe do machado que ela morre
E sim de culpa, esta doença cristã
No entanto, há um engano aqui... tocaram a campainha errada
A palavra está resguardada
Porque onde ela vive há ausência de culpa
Não se decepcionem...
Ninguém verá tal cena
A palavra cria asas
E vai longe, muito longe... além da Rota 66
E não haverá machado, culpa, bombardeios, serial killers... nada, nada!!!
Nada será suficiente para anulá-la
Afinal, hoje novamente há sol

Bom, amigos viajantes. Aqui está! Espero que tenham apreciado. Beijos e abraços!!! Até breve!!!

terça-feira, 7 de junho de 2005

A Confraria dos Joões Bobos

Olá, meus caros amigos viajantes. O sol impera lá fora e eu aqui neste escritório, pronto a desenvolver projetos, criar slogans ou algo do tipo. Entre uma empreitada e outra, vou digitando meus textinhos. Lá fora é um dia de sol. Esta poesia é um sorriso bobo. Um pouco de alegria, meus amigos. Um pouco de alegria!!! Respondam a este sorriso, que é também um convite.

A Confraria dos Joões Bobos

sejam bem-vindos a este lugar
vocês já conhecem bem estas pessoas
é quase um sonho recorrente
e quem resistiria ao convite?
este é o lugar no tempo, no espaço e na memória

que não se encontra no mapa
mas quem precisaria de um?
para fazer parte desta confraria
basta desorientar-se
sim, entregar-se a esta enorme orgia de palavras

embebedar-se de verbos e versos
mas nunca uma verborragia repleta de sentidos
jamais um discurso de político... sem sofismas!!!

é uma celebração da palavra perdida, insana e, no entanto, verdadeira

e eterna
ninguém aqui precisa de algum aval para sentir

portanto sentem-se, fiquem em pé, façam o que lhes aprouver
fiquem à vontade, dancem o tango ou o mambo

os versos são livres
mas se quiserem, ponham-se a fazer alexandrinos ou o que vier à cabeça
ponham-se tolos, tanto quanto os tolos podem ser

enquanto os sábios disputam suas partidas de bocha
sorvam goles desta bebida única que só se encontra aqui

todos os goles, todos os drinks... há o risco de overdose
mas por que deixar-se morrer frente à tv?

este não é um programa de auditório e ninguém irá mandá-los ovacionar por ovacionar
apenas façam o que desejam
esta é a estação em que não há catracas

o país em que não há governos
a confraria dos joões bobos

venham conosco e armem-se dos sorrisos mais pueris
embriagados da mais pungente poesia

e voltemos a ser o que éramos.

Bom, pessoal, aí está. Esta é uma poesia gratuita. Porque não me importa o destino do príncipe, não me importa o que os vizinhos vão dizer. Façamos nossa festa e que chamem a polícia. Nada pode nos deter agora. Beijos e abraços!!! Até a próxima!!!

segunda-feira, 6 de junho de 2005

Máxima Denúncia

Bom, amigos viajantes, aqui vai o texto do meu amigo Rafael Mafra. Espero que vocês curtam!!!



E é isso... eh eh eh!!! Espero que tenham gostado. That's all, folks!!! Beijos e abraços!!! Até a próxima!!!

sexta-feira, 3 de junho de 2005

Depois da Tempestade

Olá, caros companheiros de viagem, entre um dia de trabalho e outro, entre um cigarro e outro, aqui estou novamente. Eu pretendia postar hoje um texto chamado Phantasma de Luxe. Na verdade, até tentei fazê-lo anteontem lá na agência. Mas como redes são instáveis e caprichosas, foi-me impossível fazê-lo. Nem consegui salvá-lo como rascunho (e depois de tê-lo formatado e tudo...) e vocês podem imaginar a raiva... portanto, nada de fantasmas por hoje (sim, eu tenho lá meus caprichos). Bom, deixemos de conversa e prossigamos...
_

Depois da Tempestade
_
Cara... que zona!!!
Por que deixou chegar a este ponto?
Parece até que a lua roubou o lugar do sol e vice-versa
Vai lá, encare-se na frente do espelho
Faça essa barba, pelo amor de si
E trata de dar um jeito nessas olheiras
Corte o cabelo, compre roupas
Sobretudo crie novos textos
Há dias que pedem para ser vividos
Não... eles exigem!
Então não se amarre a esta cama
Há um sol lá fora... ele já retomou seu espaço
E sente sua falta
Seus amigos e as moçoilas por aí também
Se há algo que o atrapalhe, jogue fora
Seja insano ao ponto do orgulho de si mesmo
Ainda que não valha nada
Ainda que nada lhe interesse lá fora
Há um convite à sua espera
Um chofer numa limusine há de passar para levá-lo
Ao horror do mais belo espetáculo que existe em sua cidade
Então guarde suas lágrimas
Pois as folhas estão secas e amareladas
E logo virá o inverno
Com seus ventos congelantes
Mas o que o faz assim tão nu perante este quadro?
Sei bem que nada é fácil
Mas também não peça arrego...
Por que se jogar poço adentro?
Aquela escuridão infindável não vai lhe salvar e os Morlocks estão aguardando
Use de escrita automática
Ou calcule cada palavra
Você é livre para arcar com o que escolhe
A dor sem mais medidas ou o amor que chega arrasando como um tornado o seu jardim
Serão a mesma coisa?
Mas quando passa a tempestade
Você descobre que está mais alto, mais bonito até...
Talvez jamais galã de TV, mas ao menos é você
Por que querer ser outro alguém?
O mundo já está alucinado em busca de mais um novo herói
No entanto, não será você nem eu
(porque nenhum de nós precisa)
Eu vejo um novo deus, um novo e selvagem
Mas não cedo à pressão de sua presença
A noite se fez ontem, se faz hoje
E assim sempre será
Construa você mesmo suas novidades
E não se importe se lhe gritam para fechar a porta antes de sair
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Na verdade, Depois da Tempestade trata-se de uma poesia que escrevi pensando num velho Alessandro, um que esteve muito abalado a algum tempo, em função de perdas. Mas é preciso levantar-se e sair à luta, não é verdade? Pois bem... foi o que fiz.
Mas, prosseguindo, hoje encontrei por acaso um amigo (Rafa, caso leia este blog por esses momentos ou dias, não pense que me esqueci da sua Máxima Denúncia... é que precisará de um tratamento especial, como conversamos), que se sentiu como se eu tivesse escrito Depois da Tempestade a ele. E creio que cabe a muitos amigos-leitores-viajantes. Bom, isso é tudo por ora. Espero-os em breve para prosseguirmos nossas jornadas. Beijos e abraços!!!

quarta-feira, 1 de junho de 2005

Supersexy

Olá, amigos viajantes. Este é o resultado de uma viagem por sítios eróticos tempos atrás. Havia esquecido este texto e, ontem, eu o revi, acrescentei alguns versos, excluí outros... enfim, está aí, para seu deleite ou horror... eh eh eh!!!
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Supersexy
Devaneio sobre Foto Erótica em Sítio Eletrônico
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Mostre seu ângulo perfeito
Para iludir
Disfarce as cicatrizes
Nada mal assim
O regozijo da lente é esta cova que se abre
Quando você sorri
Mas falta de algo... falta tudo em você
A barbárie levou o que havia de bom
E deixou o sangue a escorrer
Posso fazer suas fotos
Ou pintar-lhe um retrato
Dedicar-lhe um livro
Ou talvez um filme de desamor
Nestes dias em que ninguém se revela
Neste lugar em que se usam escudos
Não confie em ninguém nem em si
Quando o assunto é assim tão profundo
Eu vejo a morte em seus olhos
Quando julga que eu lhe vejo bela
Vi suas fotos mais uma vez
Vi seu colo, seus seios que não servem de nada
Porque não haverá vida ali pra alimentar
É uma construção ilusória
Sobre bases siliconadas
Não, não venha você me dizer
Que está em busca de algum amor
Quando na verdade é só satisfação
E você se junta aos bárbaros
Quando a noite chega e ri alto e pensa “eu sou a melhor”
Porque olhares sem olhos agem sobre a silhueta
Nunca chega o gozo
Mas finge bem sua degradação
Ninguém a viu no camarim vomitando
Enquanto chorava sozinha, esvaziando-se
Depois aos sorrisos sedutores se despe
Para que eu possa torná-la a diva do fim de semana
Nas bancas de revista
Ou nos sítios por aí
Talvez uma musa da tevê
Talvez um lindo bouquet
Mas não me agrada ao coração
Você já sabe o inglês
Mas esqueceu o português
Onde você vai nesta noite de chuva
Quando todos estão seguros de que o mundo irá acabar?
Hoje vai esquecer o seu nome
Quando todos assumirem que nada valeu
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E não será uma pena...

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Horror ou deleite? Bom, isso fica com vocês... eh eh eh!!! Beijos e abraços!!! E até a próxima!!!