quinta-feira, 28 de abril de 2005

Couraças e Castelos

Olá, amigos viajantes! Vamos a mais um passeio turístico pelo pais das letras e da poesia. Eis aqui minha nova paisagem. Quem tiver olhos, que veja:
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Couraças e Castelos
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Quem sou?
E, por acaso, quem você imagina que sou?
Pois respondo, ainda que sujeito a exageros, absurdos:
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Sou aquele que sonha, que erra, que se desintegra
Tão somente para repetir o ciclo
Aquele que pede arrego ou se agarra à última esperança
Aquele que idealiza e se decepciona com a verdade
Para depois crer noutra mentira
_____Talvez até criar outra mentira

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Aquele para quem a palavra amor é tão sem sentido
Mas não se cansa de repeti-la, ainda que em mente
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O que faz jogos apenas para forjar a própria derrota
Ou para vangloriar-se da solitária vitória
_________Pois não há companhia em seus jogos
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O que dorme para viver, o que morre para evitar sofrer
Aquele que constrói couraças, que invade o seu castelo
O que jamais pedirá para ser amado, pois sabe que induziria alguém ao erro
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Aquele que o tempo ignora, ao mesmo instante em que é carregado
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Uma mercadoria, um reles alvo de consumo
O que se deteriora nas prateleiras por ação própria
Sem que ninguém se dê conta
Ou que poucos compram... quem sabe uma campanha de incentivo resolva?
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Agora que você já sabe quem sou, por favor...
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Rasgue esta página
Queime este livro
Esqueça este site
E vá dormir tranqüilo, sem pensar no que é ser humano...
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Ufa, que texto complicado de digitar e postar aqui, porque é tão difícil ser humano e tentar não se corromper... afinal, são tantas as armadilhas no caminho... mas busco me manter simples e direto enquanto pessoa e escritor.
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Erro e vou errar muitas vezes ainda, mas não com a intenção de ferir alguém, pelo menos não muito... eh eh eh!!!
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Mas o que realmente espero é que tenham apreciado a paisagem... eu, particularmente, gostaria de estar ouvindo agora Fake Plastic Trees, do Radiohead. No momento, o que tenho é Sultans of Swing, do Dire Straits. Serve... eh eh eh!!! Bom, por hoje eu me despeço com os habituais beijos e abraços. Até breve!!!

quarta-feira, 20 de abril de 2005

Gratuito, Gratuito

Poesia nova, amigos viajantes. Confiram o que este poeta reclamão aprontou desta vez:

Gratuito, Gratuito

um breve toque

à noite as almas são mais leves. será verdade?
um líquido gelado garganta abaixo
há risadas

e música
às vezes mais parece um ruído

um entre tantos. mero detalhe.

trocas de olhares e nada. ou tudo o quê?.

como desejo...
no entanto, o mundo está cheio de gente menos gente.

por isso o toque é tão breve
as noites, mais pesadas
mas o desejo... tolo desejo humano...
preencho-me dele como preencho de novo o copo

ou então busco refúgio na escrita
mas estas palavras,
este sentimento

é só mais um entre tantos...
não, as noites não são mesmo leves

todos estes sentimentos comuns
partilhados num breve toque
sem consciência, sem desejo deveras

_____ou com desejos escravos do Desejo?

aí mora a tragédia de uma geração


Beijos e abraços, pessoal!!!

terça-feira, 19 de abril de 2005

A Terceira Carta: Resposta de uma Menina Não Tão Bonitinha/E o Galo?

Olá, viajantes amigos queridos! Aí vai a carta-resposta de uma menina "não-tão-bonitinha". Creio que complementa um aspecto da carta que escrevi. Confiram:
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Resposta de uma Menina Não Tão Bonitinha
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De um buraco pestilento, de um dia ainda mais próximo da hecatombe final
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Não, o mundo não é apenas a queimadura do dedo tampouco o nariz que escorre, ou o menino sujinho, ou os próprios pedaços de carne sanguinolenta que todas as meninas, bonitinhas ou não tão bonitinhas, encontram periodicamente entre sua roupa íntima e que deixam no chinelo em fedor qualquer infecção purulenta.
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Esse mundo habitado pelos corpos nojentos e desejosos uns dos outros foi mais do que tudo construído pelas mentes que habitam tais corpos e que, no entanto, carregam pequenas contradições.
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Como o fato de muitos que dizem não suportar as meninas bonitinhas, quando se vêem em condições de escolher entre um conjunto de bundinha empinada e peitinhos siliconados + idéias fúteis e percepção parca da realidade ou um kit composto de bundinha não tão empinada, cabelos não tão perfeitos e rostinho não muito angelical + idéias próprias, inteligência e atitudes coerentes, optam pelo primeiro, sem hesitar.
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Não os recrimino. Também sou fã de carnes firmes. Mas nunca, jamais fui hipócrita de dizer que faço questão de intelecto em todos os(as) meninos(as) bonitinhos(as) que cobiço... não, só um pedaço de carne é o suficiente pra satisfazer as necessidades do corpo. Mas o espírito pede mais... e por isso é mais difícil satisfazê-lo...
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O fato é que tanto camaradas desapontados quanto meninos bonitinhos se assustam com a conjunção de um cérebro pensante e uma vagina. E o pior, não admitem. Todos reclamam da obsessão pela magreza, mas não querem as gordinhas. Reclamam que as mulheres perdem tempo demais pintando as unhas, mas acham feio esmalte descascado, enfim... captaram a mensagem?
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E isso também cansa.
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Beijos não menos nicotinados!
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Eu achei muito interessante, importante mesmo esta resposta do sexo oposto a partir da Luana Moreno (nada a ver com a Luana do conto, hein?).
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No entanto, quero dizer que hoje eu estou muito triste. Infelizmente, ao levar os nossos, um após outro, é a morte quem passa a nos fazer companhia. E desta vez ela levou meu querido tio, Jaime Moreira. Foi um caso super-parecido com o do meu pai (diabetes levando à progressiva cegueira, surdez e mais uma série de problemas que culminaram na paralização dos rins e, enfim...).
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O Jaime era uma figura doce. Bem-humorado até debaixo d'água, querido pelos seus parentes, amigos, vizinhos... nasceu e morreu em Belo Horizonte e era um atleticano fanático. Lembro das poucas vezes que conversávamos por telefone (por questão de economia, minha mãe não me deixava falar muitas vezes com ele...). Ele sempre perguntava "E o Galo?", de forma meio debochada, estando bem ou mal o seu time. E quando o Galo ganhava do Palmeiras, então...
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Eu o vi pela última vez quando estive em BH, no início do ano passado, e eu não esperava perder o meu pai, nem ele. E realmente fui muito bem tratado. O Jaime a algum tempo já não estava bem. Naquela ocasião, já usava aparelho para surdez, enxergava mal e conseqüentemente caminhava mal. Repito o que disse na ocasião da morte de meu pai. Foi melhor assim. Ele estava sofrendo muito.
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Agora espero que a família, principalmente meu "primo-quase-irmão", Renato e minha avó querida, Conceição, tenham forças para superar esta perda. Eu terei. E estarei torcendo por eles.
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E o Galo cantou nesta manhã, pela primeira vez na ausência de...
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Jaime Moreira
(10.01.1949 - 18.04.2005)
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Beijos e abraços tristes! Até breve!

segunda-feira, 18 de abril de 2005

Poesia Entrecartas

Olá, companheiros de viagem. Hoje vou conduzi-los a um interlúdio, uma "poesia entrecartas", poesia de sol e de semanas que iniciam. Confiram:
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Enigma ao Sol Matutino
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Era um gentil dia de sol
Quando vi a lady tatuada
O que eram as tatuagens pouco importa
Eram o de sempre, pois
Mas que cara ela tinha por trás dos óculos escuros, sentada no banco do metrô?
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Era um segredo indecifrável, incontestável
Numa simples manhã de segunda
Meramente um ir ao trabalho
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Quais eram as cores do seu pensamento?
Talvez aquelas dos desenhos em sua pele
quem sabe Cores mais profundas
Ou apagadas... decifrar?
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Havia muita coisa... sobretudo a claridade amarela e suavemente quente do sol
Havia nova disposição de vida
E a semana inteira pela frente, a semana todinha para mim e aquela indagação entre nós
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Havia um nada mais agora
Uma atitude a tomar: embarque naquele trem, junto à lady tatuada, a dona dos enigmas
Desejando, calado, com o olhar
O decifrar desta manhã indecifrável
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Bom, aí está, meus amigos. Espero tê-los conduzido bem e mantido-os inteiros perante o mistério das manhãs. Beijos e abraços e até sempre!

quinta-feira, 14 de abril de 2005

A Segunda Carta: Do Camarada Desapontado às Meninas Bonitinhas

Como prometido, a nova carta. Esta é de minha autoria. Eu só não esperava postá-la tão cedo, mas as coisas andam tão paradas no escritório que o tédio me fez postar muito rápido... e assim vai...


DO CAMARADA DESAPONTADO ÀS MENINAS BONITINHAS
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Qualquer lugar, qualquer dia próximo da hecatombe final.
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Caras meninas bonitinhas,
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O mundo não é como vocês queriam. Ninguém lhes avisou? Como não? O "papai-sabe-tudo" não lhes explicou, então? Por isso a expressão de nojo... agora sim, compreendo seu asco. Lamento, eu não queira ser compreensivo, ao mesmo tempo que me sinto revoltado com tal descaso.
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Minhas meninas bonitinhas, o caso é que já não se pode manter as coisas como estão. Deixem o esmalte um pouco de lado e dêem uns calotes nos cabeleireiros. Mas porque as coisas estão assim, eu carrego o balde cheio. Despertem! Ou será que vocês nem mesmo existem e estou condenado ao sanatório?
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Bom, o fato é que alguém tem de lhes contar a verdade. Alguém tem de pegar para si esta incumbência e não me furto disto. É lamentável para vocês, eu sei, mas para mim não é diferente. A verdade é que estou decepcionado. Não é somente porque uma de vocês, ao enxergar meu dedo deformado pelas bolhas de uma queimadura, fez aquela cara de asco...
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Juro, antes eu não queria chocar nenhuma de vocês, acreditem-me. As coisas simplesmente acontecem. Eu não planejei o meu toque desastrado na frigideira, tampouco calculei com exatidão, levando em conta as leis da Física, o caminho do óleo fervente até alcançar o polegar de minha mão direita, tão somente o polegar... Não tinha a menor vontade de auto-infligir a queimadura, principalmente porque prejudica um pouco minha escrita. Mas o mundo é assim e esta foi só a gota d'água (ou d'óleo, se preferirem...). Lamentável, mas o mundo é esta queimadura que está sendo tratada com tal carinho que vai secar. Então a pele irá descascar, causando mais um pouquinho de asco em vocês.
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Mas o mundo é muito mais, garotinhas tão emotivas!
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O mundo é meu amigo escritor, que foi atropelado tempos atrás,
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que manca,
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que cultiva uma infecção no fêmur,
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que cheira, que fede
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porque sai pus.
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Alguém aí quer namorá-lo?
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E, por falar em pus, quisera eu que minha queimadura infeccionasse pra valer, assim estas folhas seriam manchadas com o amarelo do líquido purulento, além da minha indignação. É uma lástima que a verdade não se pode revelar assim...
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Mas o mundo não é só eu nem vocês e tampouco um amigo escritor...
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O mundo é o cara que dorme na sarjeta quase sufocado pelo próprio vômito depois de uma noite de bebedeira. O mundo é o nariz de outro cara, escorrendo. O mundo é este mesmo cara a um passo da overdose. O mundo é aquele menino sujinho que pede dinheiro pra vocês, quando estão na lanchonete. E vocês dizem "não", sem olhar na cara dele.
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Quando eu mesmo descobri, foi-me quase insuportável, mas aprendi a lidar com tudo isto. Ou, pelo menos, acredito que aprendi.
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Por favor, façam o que quiserem com esta carta... rasguem-na, releiam-na mil vezes, esqueçam-na. Confesso que nem me importo mais. Apenas não serei eu o próximo a dar ordens, embora preferisse que vocês encarassem a faxina e não jogassem o mundo para baixo do tapete, para depois consumirem toda a maquiagem para que pareçam ainda mais belas.
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Houve um tempo, provavelmente, em que a vida por aqui poderia mesmo ter sido um mar de rosas, no qual poderíamos nadar nus e livres, tão alegremente como uma ave canora e matutinaarte. Mas esta insistência em varrer toda a desgraça que somos nós para baixo do tapete...
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Sim, estou decepcionado e às vezes penso em desistir de vocês e virar gay, mas não é o caso, absolutamente.
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Na verdade, eu faço tanta parte disto aqui quanto vocês. Vou continuar delirando ao ver essas suas bundinhas empinadas, sonhando que estou chupando seus peitinhos desejosos de silicone, quando ainda não o são. Estou cansado, cansado demais até para mudar.
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Mas agora chega!
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Adeus, por enquanto, meninas bonitinhas. Apenas por enquanto... voltarei quando terminar de cuidar deste dedo queimado. Beijos com cheiro de nicotina!!!
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Ass.: Camarada Desapontado
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Bom, é isso! Concordâncias ou discordâncias, estou pronto a ler a respeito. Beijos e abraços!!! Até a próxima!!!

quarta-feira, 13 de abril de 2005

A Primeira Carta: Segredos

Meus amigos viajantes, a partir de hoje começo a postar uma série de "cartas". Algumas de minha criação, outras de alguns amigos. As pessoas não serão identificadas (a não ser que queiram), mas certamente elas saberão quem são, se é que entram neste blog (algumas entram, sim). Logicamente, não ficarei com os créditos e as pessoas foram previamente consultadas. Bom, aí está a primeira. Confiram:

Segredos

Você... olhos, pernas, braços, boca.
Você... desejo, raiva, saudade. Talvez sua pior qualidade seja estar sempre presente mesmo em longos períodos de ausência, pois toda boca que beijo e todo abraço que recebo, desejo que seja seu.
Queria o mundo, mas mal agüento o peso das coisas. Tudo me parece estranhamente grave ao passo que finjo ser nota suave de música malfeita. Levo o mundo a sério demais.
Lembrei-me de algo que desejo lhe contar. Debaixo da minha cama escondo uma caixa branca e uma pasta preta. Nelas guardo meus sentimentos passados no papel. Sou terrivelmente egoísta, faço com que eles pertençam somente a mim.
Mas há dias em que tenho ânsias, parece que vou vomitar tudo. Resisto... afinal, sou vaidosa demais pra ver tudo o que sinto jogado no chão.
Talvez o que eu mais transpareça seja a minha dor.
Certo amante, uma vez, mordeu-me enquanto fazíamos amor. Neste pequeno instante senti-me tão carne, só carne, que acabei me esquecendo que eu era também mulher.
Depois deste dia, nunca mais o vi, nunca mais o quis.
Minhas fugas...
Sempre me pergunto se um dia elas terão fim, se chegará o dia em que serei apenas eu sem minhas máscaras protetoras? Acho que não.
Sou prisioneira do que se foi. Nunca me libertarei.
O barulho da minha máquina incomoda as pessoas. Estão todos acostumados com o novo, com o ágil, temem o desafio do velho.
Eu não, amo tudo o que é velho, o que é feio, não temo o desafio. Amar o belo cansa, e a mim parece óbvio demais.
Fui abençoada com a capacidade de ver e realmente enxergar.
Tenho mania de muito falar e quase nada dizer. Nem sei se escrevo a você, ou faço dessas linhas um monólogo meu. Na verdade isso pouco importa, a mim basta a liberdade de escrever.
Ontem acordei e me lembrei de você, a música no rádio lembrava você. Tenho em mim a idéia de que é música concreta, um emaranhado de notas perfeitamente combinadas que posso tocar e, mais que tudo, sentir.
É por sentir-lhe tanto que fujo. Tenho medo de estragar sua composição perfeita com minhas suaves notas de medo e segredos.
Um comprimido... qual será sua composição? O meu deve ser composto de dor, pois a cada nova dose, um novo desespero. Mesmos assim, sigo, sem desejar a morte. Afinal, ela não me quer, já sou negra demais.
O que mais desejo é nunca lhe fulgarizar, tornar-lhe só momento, só carne... Você é minha constante e sempre será.
Difícil é lhe escrever quando tantos já o fizeram melhor. Aceito o desafio mesmo assim.
Não imito ninguém ao escrever, vou jogando as palavras ao papel como me vem à cabeça. Corro o risco de não ser compreendida, mas mesmo assim jamais irei me trair.
Talvez eu deixe esses escritos ao seu lado na cama, talvez eu lhe entregue e vá embora, ou até nunca o faça. Isso cabe a mim, somente a mim decidir. Por segurança farei duas cópias e guardarei na minha caixa.
Por amanhecer um novo dia, terei sempre meus segredos.
Por lhe querer todos os dias, choro sem ruídos o escuro.


Este é um texto de uma "amiga não-identificada" para um "amigo não-identificado". Eles me lembram uma poesia que eu escrevi um tempo atrás. Eles não podem ficar juntos. Nitroglicerina pura. Matariam-se um ao outro... uma pena. Espero que tenham desfrutado bem das paisagens aos seus olhos. Em breve, volto com mais cartas. Da próxima vez, uma "carta-splatter" de minha autoria. Beijos e abraços!!!

sexta-feira, 8 de abril de 2005

Ghost Writer Gospel

Olá, pessoal! O que vem aqui é um pequeno tributo à mediocridade que assola o país. Confiram!

Ghost Writer Gospel

ATENÇÃO! ATENÇÃO!
Estão abertas as inscrições para o Primeiro Consurso
do melhor Ghost Writer do Brasil! Não perca!!!

sim, vamos assumir o ghost writer
pois escritor fantasma parece tão caipira
algo assim como chupa-cabras...
e a atividade não é assim tão ruim
se você escreve para outro levar a fama,
desesperado pela sobrevivência
levado ao túmulo do medíocre
mas, sim! é remunerado!

se isto fosse música, eu colocaria um coral gospel para repetir o "remunerado"

você é tão valente e tem um sonho
de ser reconhecido (ah ah ah!!!)
mas sua valentia de ghost writer dos porões me traz a desagradável sensação
de que este lugar em que vivemos
sofremos, sorrimos
e gozamos umas putas
é uma tumba

ah, o coral gospel agora...

mas você escreve para alguém levar a fama
e é remunerado
não mais se importa do sonho enterrado
depois de levado ao túmulo do medíocre
desesperado por sobreviver
e gozar algumas putas a mais
antes de levantar o troféu

Bom, está dito! Belo final de semana, amigos viajantes. Beijos e abraços! Até breve!