terça-feira, 31 de março de 2009

Capa de revista

Para os humilhados e ofendidos, para os que têm brilho, para os que têm brilho demais.


Capa de Revista

Eis a grande sensação
quando tudo torna-se vão

e você torna-se capa da Vanity Fair

ou se sente como tal.

Quão inútil é se o chão

cede?

Sente a sede de ser mais,

a sede de ser menos reles

mortal.

É... aplausos alimentam

e fazem esquecer que o esquecimento virá.
Por que ele sempre vem,

sempre de bem por saber que

encontrará sempre um corpo a se abrigar,
sob sua sombra,
contra a vontade.

Oh, Deus, se tu existes...
que tragédia é a morte pra uns,

a morte que iguala a todos

e torna toda vaidade vã

e todos os poderes rasos?
Não, não responda:
As coisas apenas são
e o esquecimento disso é a maior tragédia.
Que siga a raça humana
tola, cega,
patetamente sua travessia.

E como disse o velho sábio, que ninguém poderia esperar que chegasse até onde foi, "ao vencedor, as batatas". Beijos e abraços, pessoal!

NA MINHA VITROLA: CHICO BUARQUE - Sonhos Sonhos São.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Dramática

Breve poesia pra não deixar vácuos, embora os vácuos não deixem de existir.


Dramática

Os olhos marejaram
quando percebeu
a ilusão que criou.
Ninguém mais, apenas ele

foi definindo os papéis

em um drama sem alma.

Pode representar a donzela,

o canalha,
a esposa correta,
o que pede esmolas.
Mas o autor, este,

sempre enxerga tudo a partir de outro ponto.
Não tem lugar.

Não tem lugar.

Segue viagem sem partir.

A que ele determinou.

E ainda assim existem os vácuos. Então a poesia é inútil? Talvez. Gosto dessa "inutilidade" e não pretendo deixá-la. Gracias, Mafra, por existir, mesmo que atualmente exista longe - disso, a culpa é minha. Mas a culpa desta aqui é sua! Abraço, irmão!

Beijos e abraços, pessoal!

NA MINHA VITROLA: ADRIANA CALCANHOTTO - Seu Pensamento.

domingo, 8 de março de 2009

Às mulheres ou Como não amá-las?

Para las chicas de hoy y de siempre:

Às Mulheres ou Como Não Amá-las?

Uma mulher não deveria precisar de um dia. Uma mulher tem todos os dias. E, a despeito do mundo brutal, violento, sobretudo pra mim, elas reinam.

São elas que me dão sentido. Uma delas me trouxe ao mundo. Outras delas me inspiram a querer mais, a ser mais e melhor, ainda que não consiga. Outras ganham minha admiração, às vezes um espanto - ainda que positivo.

Eu as amo. Não poderia ser diferente. Elas me dão céu e inferno. Alegria e choque. Sejam gordas, baixas, feias, lindas, altas, magras, brancas, negras, amarelas, vermelhas, sensíveis, práticas, diretas, duras, piegas. Não importa se dão à luz ou se deixaram passar a vez. Não importa o adjetivo. Eu amo o substantivo mulher. E as quero sempre ao meu lado.

E vocês merecem estas palavras. Este dia. Todos os dias.

Flores, sempre!

Beijos e abraços, pessoal! Beijos especiais pra todas as mulheres que fazem diferença na minha vida!

NA MINHA VITROLA: PULP - Disco 2000.