
Cena do filme Amantes Constantes (2005), de Philippe Garrel.
Muitas vezes pensei em algumas dessas pessoas que vi, anos a fio. Claro, muitas vezes as faces não se repetem. Mas algumas expressões ficam marcadas. Pensei como seriam algumas dessas pessoas numa relação afetiva. Automatismo. Autoritarismo. Tristeza. Vazio. O que se pode encontrar quando...
Não Há Flores na Alcova
é preciso duvidar
da sua capacidade
do seu entendimento
do que é amar
do que é se dar
é preciso
uma leveza não-
dissimulada
que você não
tem
nem
terá
no quarto
após o
ato
que é uma
luta
mira-se
ao espelho
o que poderia ser
charme
gesto suave
torna-se a foice que
destroi o que houve:
seu narcisismo
tudo é o que
você
exige:
tudo
é pressa
tudo é
o rasgo
o grito
a morte
a distância
o toque
que não há
porque não é
sentido
corpos tão
juntos
afastados
no mesmo instante
duas
respirações que se
anulam
amante
que (não)
pensa
que diz
querer
querer o quê?
que
odeia
nestes dias
para alguns
amar
é
uma
guerra
Então é isto? Claro, pode ser. Toda observação pode levar a um caminho, inclusive ao erro. Mas isto é arte, acredito. E arte nem sempre precisa lidar com a verdade, mas com impressões, sempre.
E estas, melhor seria se estivessem erradas. Preferiria crer que o ser humano pode ser melhor que isso. Sim, em alguns casos, pode.
Beijos e abraços, pessoal!
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