terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sob a luz do céu

Ah, a poesia, esta adolescente que vai e vem, que diz e se desdiz, sem saber muito bem onde quer chegar... que chega em casa trôpega, bêbada das novas sensações. Mas chega.

Sob a Luz do Céu

Há uma luz no céu lá fora,
na noite que mal começou.
Há uma tv a cores na sala
exibindo a nova crise...
que aflição.
Há um vampiro que as crianças veem
sem entender.
A mamãe mal as protege,
faz de conta que não é dor.
Negação, seu exercício,
seu sorriso de isopor.

No entanto, a lua brilha
e existe algum prazer
porque o telefone toca
e alguém vai chamar
pra viver.

Todas as garotas
estão lá fora
e os amigos também.
Risos sutis, outros de escândalo
emolduram a noite
que começa a ser.

Ouve o som da própria voz,
um breve tchau para os pequenos
e pra pequena e pobre mãe.
Vão surgindo as promessas
de alguma coisa
digna de recordar.

Leve a blusa.
Não beba muito.
Nada que se escute.
Sem ter muita ideia
do que quer,
já saiu de casa
e começa
a viver
sob a luz do céu lá fora.

Beijos e abraços, pessoal!

NA MINHA VITROLA: TALKING HEADS - Life During Wartime.

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