Então, em algum momento, as coisas pareceram sair do lugar.
Os eventos vão atirando estes pequenos e grandes objetos nas nossas caras, por que tudo está sempre mudando. Nem sempre percebemos, até que sejamos atingidos.
Então dizemos: "o mundo está estranho".

E isto está acontecendo. Cada vez mais rápido. "O-mundo-está-estranho" não é informação nova. Toda hora uma estranheza nova.
Irão os objetos do mundo serem recolocados em seu devido lugar alguma vez? Improvável.
Por isso, o poema. Vários objetos que atravessam o ar e nos atingem. Eles vêm de diversos pontos. Não sabemos bem o que são. Apenas um vislumbre rápido.
Uma tentativa de não organizar organizando, não fixar fixando. Ou apenas mais um poema caótico no mundo, a ser atirado no ar.
Tudo fora do seu devido lugar
Que fique bem claro: chiste é chiste, not shit.
Letra de música não é poema, mas pode ser poesia —
sobretudo é letra de música.
A intelectualização de alguns temas
não deveria ser proibida,
porém por vezes é improdutiva. Masturbação.
Ou antimasturbação, amor.
Sinto tesão pelas ideias, mas por favor,
não abuse.
O ministério da luz agradece.
Hippie de hoje é fake. Woodstock hipócrita.
Hollywood já foi sucesso,
hoje é câncer ou impotência
ou...
Tempos terríveis em que vivemos.
Da área VIP eles riem de nós, amor.
Ouquei, vamos sacudi-los.
Ainda que bregas,
porque chiques como eles não interessa ser.
Brainstorming.
Na rede elétrica em meu corpo recebo os raios.
E funciono.
Não sou máquina,
não repito algoritmos.
Rompo-os quando consciente.
Ao menos.
A mais, tenho amor. Estava em falta no mercado.
Não paz nem guerra, Tolstói.
Pessoal, abraços e beijos!
NO VIDEOCASSETE
2 comentários:
Belo texto.
lembrou-me alguns acontecimento dos últimos dias.
Abraço Ale.
Não sei se era sobre isso. Mas me fez pensar e me confundiu um pouco:
Não organizar organizando, não fixar fixando. É o que sempre fazemos. A maior virtude da vida – não exclusividade dos humanos, mas da vida – é a insistência. A nossa, humanos, maior virtude, é ter ciência e ter plena ciência da certeza da não-recompensa. E mesmo assim... não. Não insistimos. Não é da nossa natureza insistir. Apenas nos iludimos. Nossa maior virtude: negar afirmando.
Abraços, hermano!
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