sexta-feira, 20 de março de 2009

Dramática

Breve poesia pra não deixar vácuos, embora os vácuos não deixem de existir.


Dramática

Os olhos marejaram
quando percebeu
a ilusão que criou.
Ninguém mais, apenas ele

foi definindo os papéis

em um drama sem alma.

Pode representar a donzela,

o canalha,
a esposa correta,
o que pede esmolas.
Mas o autor, este,

sempre enxerga tudo a partir de outro ponto.
Não tem lugar.

Não tem lugar.

Segue viagem sem partir.

A que ele determinou.

E ainda assim existem os vácuos. Então a poesia é inútil? Talvez. Gosto dessa "inutilidade" e não pretendo deixá-la. Gracias, Mafra, por existir, mesmo que atualmente exista longe - disso, a culpa é minha. Mas a culpa desta aqui é sua! Abraço, irmão!

Beijos e abraços, pessoal!

NA MINHA VITROLA: ADRIANA CALCANHOTTO - Seu Pensamento.

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