
Não Ofereça Flores a Fantasmas
esvazie as gavetas de memórias carcomidas pelas traças
recuse à trágica dama Mentira o direito da última valsa
máscaras de ontem já não servem e não protegem mais
dirija sem temor para outro lugar que queria ter visitado
a direção oposta lhe convida e pode ser muito atraente
há tanta gente nova que aguarda ansiosa um novo você
agora que já sabe que o engano era imaginar-se certo
destrone o absoluto imperador da ilusão que alimentava
pois como era o mundo antes, nunca mais poderá ser
não tenha piedade alguma de quem pode lhe sangrar
não ouça os sussurros de quem lhe implora a voltar
não ofereça flores aos fantasmas que habitam ao redor
eles não podem sentir o odor
Muito me agradaria que esta poesia fosse o último adeus a uma fase que não deixará saudade. Espero que, sim, seja isto.
Beijos e abraços, pessoal!
NA MINHA VITROLA: MOONSPELL - The Hanged Man.
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