segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Isso não é real


Praça da Paz, Parque do Ibirapuera, aproximadamente 21h30 da noite.

Estava ali, sentado na frente do Homem-Pássaro do cearense Mestre Nino, querendo apenas ver de longe a performance do Cordel do Fogo Encantado. Um evento desses que eu não sabia bem o que era*, mas havia todos aqueles bonecos do Nordeste, as barracas de artigos típicos e sabia que havia apresentações de teatro de marionetes. Cheguei lá com os amigos, mas naquele momento estava sozinho.

Ouvia ao longe uma polca que era a trilha de algum espetáculo de bonecos. Tudo isto, aliado à iluminação noturna do lugar, dava a impressão de um grande cenário surreal. Cheguei a pensar que era personagem de um filme de Fellini, de verdade (ok, vocês estão se cansando da brincadeira... eh eh eh!).

Mas eu e todo meu povo, estávamos lá pelo show do Cordel. E como ando um pouco sem fôlego para ficar no meio do grande público, preferi ficar ali atrás. Afinal, havia os telões, também. Não seria impossível ver e, mesmo ao longe, se via o palco. Foi assim que nos separamos. A maioria foi para o meio da massa. Outros procuravam os tais banheiros químicos, além da própria cerveja. Eu mesmo fui o da segunda turma.

Então liguei. Apenas para combinar o ponto de encontro. "Ei, Júnior, estou ao lado do Homem-Pássaro. A gente se encontra aqui depois do show." Ele estava perto e apareceu por lá. O Mafra e a Ale também apareceram e decidiram fixar-se ali também. Conversávamos enquanto não havia o show.

Pois bem, a banda adentrou o palco. O clima surreal se intensificou mais, como num "Glauber meets Fellini". Havia cerveja - adquirida com dificuldade, diga-se de passagem -, chocolates e as conversas com os amigos. O todo era oniricamente perfeito.

Então me desconectei do todo, porque o todo já era a matéria. Comecei a escrever em meio às invocações de chuvas que não viriam. Sim, o serviço de previsão de tempo estava correto. Não haveria chuvas.


Em algum momento, as latinhas de cerveja começam a fazer efeito e eu desejei um banheiro químico. Mas ao contrário do que se pode imaginar: desejei um banheiro químico que, quando a porta fosse aberta, se revelasse uma geladeira repleta de mais e mais latinhas de cerveja.

Viagem demais, né? Ok, vou deixá-los satisfeitos. Guardei a caderneta e a caneta. Ainda havia cerveja na mochila, porém quase quente. Mafra e Ale tiravam fotos. Juntei-me a eles, curti a conversa, o show. No outro dia, acordaria e descobriria que tudo aquilo não era real?

Não. Era real. Cordel foi muito bom e, mais que isso, estar lá foi melhor ainda.

Beijos e abraços, amigos!

Fonte da Foto: http://www.entrecantos.com

NA MINHA VITROLA: VIVE LA FETE - Touche pas.

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* SESI Bonecos do Brasil

Um comentário:

SACANITAS disse...

oi ale! :)

tudo bem?
cordel eh muito bom mesmo!

ai que inveja de vc, esse show eu perdi! :P

beijocas
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