terça-feira, 17 de abril de 2007

Como iniciei minhas férias com Teresa

Férias. Tranqüilidade suficiente pra me dedicar a uma das minhas paixões, a leitura.

Incrível como com a rotina, a grande pressa do dia a dia, eu não me dispunha a ler o texto mais simples (não era bem assim, mas era quase isso). Pois hoje simplesmente devoro um livro de um pouco mais de 150 páginas em 4 ou 5 horas, alternando com algum cochilo. Claro, o tema ajudava e Zé, que já foi visionário, já dizia a um bom tempo que sexo é assunto popular.


O livro em questão é
Teresa Filósofa, lançado no século XVIII por autor anônimo (hoje diz-se que foi um certo Jean Baptiste de Boyer, marquês de Argens, que quase viveu pra ver a Revolução Francesa - morreu em 1771).

Teresa é uma jovem cuja história sexual ela relata ao amante - esta é a história que encontramos no livro. Vai contando sua experiência sexual desde os primórdios, da descoberta ingênua da masturbação, de como isso lhe foi tolhido por uma série de argumentos pseudo-cristãos até a sua transformação em uma mulher plena, quando encontra o amor na pessoa do conde que a salva da prostituição, passando pelos ardis que membros do clero utilizam para satisfazer suas vontades mais sombrias.

Paralelamente, através de suas descobertas, Teresa vai também formulando teorias sobre o ser humano, a sociedade, Deus, a igreja, a natureza, entre outras coisas.

É um livro de leitura fácil e, ao mesmo tempo, abre espaço para reflexões mais profundas. Mais gostoso que Ovomaltine do Bob's.

E que eu encontre ânimo para muito mais leituras, principalmente quando eu retornar à Terra. :-)

Beijos e abraços, pessoal!

NA MINHA VITROLA: THE ARCADE FIRE - No Cars Go.

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