segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"O livro" e outros textos, meus e não-meus

Humm... antes isso que a insônia... será?


O Livro

É nisto que o homem pensa, deitado em sua cama, virando as páginas do livro que não lê: a dinâmica dos dias, tudo sempre tão perto, tão longe.

Tudo tão rápido.

Aproximação e afastamento. O desejo daquela mão acariciando os cabelos, mas que não há mais no próximo momento. Ou há. Ou não se admite isto. O que acontece com estas pessoas?

Assim, há de passar desejo após desejo, cada vez menos intensos, cada vez menos belos. Porque há algo de belo em pessoas apaixonadas, assim como há algo de belo em pessoas tristes.

Tenebroso, este mundo. Cinza demais para quaisquer olhos. Só a metrópole, assassinando sonhos. Só a metrópole.

Só, o homem não percebe, mas já dorme. E com um movimento involuntário de mão, fecha o caderno em que escreverá seu próximo livro.

Bom, a verdade é que acordei cedo demais para o meu padrão recente. Não que eu devesse reclamar. A maioria das pessoas... bem, o comentário é dispensável e tudo que quero é ficar de bem com o dia.

Mas já que falei em insônia lááááá no comecinho do post, encontrei pela manhã essa breve lucubração do Sr. Ramón Alcântara:

Insônia Existencial

não dormi
e não acordei
de olhos abertos
meu pesadelo só eu sei

Então senti-me inclinado a respondê-lo e aconteceu isto:

acordar de um pesadelo a cada manhã
acordar para um pesadelo a cada...
acordar num pesadelo e ainda

ter poesia

quem me dera simplesmente bastasse!

Querem saber? Vou fazer meu dia ser bom. Façam o mesmo! Beijos e abraços, amigos!

NA MINHA VITROLA: RADIOHEAD - Reckoner.

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