domingo, 26 de novembro de 2006

O incompleto

Converso agora com uma amiga a quem mostrei este texto, antes de postá-lo. Durante a conversa, cheguei à conclusão de que estas palavras são em parte um choro.Talvez porque haja essa insustentável leveza de existir, ou por algum outro motivo incaptável para o momento. Talvez seja apenas um engano, não sei. Não imagino que haja uma resposta prática. Bom... leiam, amigos.

O Incompleto

Pouco tempo. Sim, muito pouco tempo tem uma vida.

É preciso gastá-la bem. Mas gastá-la mesmo. Consumir-se.

Claro, há os estudos, numa primeira parte da vida. Depois aparecem os empregos. Não necessariamente nesta ordem. Nunca se sabe. Cada vida é um universo e as variáveis são inúmeras. É preciso se dedicar a isto e àquilo. Sobram fins de semana. Quando sobram, porque uma chuva pode estragar tudo.

Pois é, este fim de semana foi assim. Estragado.

Pouca grana. Pouca grana na conta, menos ainda no bolso.

Já disse que é preciso gastar bem. Mas eu falava do tempo. Aplica-se à grana também. Tem gente que nunca aprende. No máximo, despiora.

Sim, despiora. Por que não?

Ninguém deveria ficar parado pensando e se iludindo. Mas acontece. E parece que tudo na vida é um pouco de ilusão. Já que é assim, vamos vivê-la. E torná-la real. Tentar, ao menos. É tudo tão estranho...

A impressão é que podemos estar nos melhores dias de nossas vidas. E também os mais estranhos. Tudo por causa da escolha. Sim, a escolha.

Temos os nossos próprios conjuntos de regras. Algumas vêm de cima. Outras vêm de dentro. Você pode acatar umas. Você pode modificar outras. Nunca se sabe por completo. E isso, particularmente a mim, me torna meio maluco.

Quero encontrar sentido, assim como vocês. Aposto nisso, que vocês também busquem um sentido. Não todos, mas ao menos alguns. Quero compartilhar a existência. E quero compartilhar com vocês. Quero compartilhar com alguém.

Não importa de onde veio, pra onde vai ou onde está neste momento. Mas, diabos, estou muito vazio. Quero preencher-me. Estou desesperado por preencher-me para depois consumir-me.

Alguma coisa aconteceu no meio do caminho que não consigo entender. E vocês, entendem este texto sem pé nem cabeça? Ou nem é tanto assim?

Ah... onde tudo isso vai dar, eu não enxergo... não posso enxergar muito neste clima horroroso.

Então, deixo estar. Deixo ser. Que a angústia deste tempo, que é o melhor tempo de nossas vidas, traga alguma espécie de prêmio. Que haja paciência para que esse prêmio se materialize. Visão, para que eu possa me encaminhar e possa tocá-lo, tomar posse.

Sei, isso está meio cansativo. Canso vocês? Então chega!

Eu só queria algo mais...

É só isso por hoje, amigos. Beijos e abraços!

NO MEU HD CRANIANO: O mais triste, belo e puro tédio.

3 comentários:

Rafael Mafra disse...

Ei Alessandro! Não li o texto ainda!
Acabei de falar com você, por telefone. Você deve lembrar.

Postei algumas fotos do sarau no blog, mas você já deve saber!

Entra lá, vê se dá pra ver alguma coisa.

E saiba que ainda tem outras fotos com revelações surpreendentes sobre.. sabe sobre quem? Sim, sobre você!!! E sobre o Rubão e sobre mim, também! Aguarde e verá!!!

Abraços!!!

Anônimo disse...

CARALHO...

Fodasso isso muleke...

Se não eh um choro... quase traz ele pra esse seu amigo insensivel aki...

Abraço muleke...

Anônimo disse...

Boa Tarde!
Bastante tempo sem passar por aqui!
E quando passo sinto um rastro de coisas que penso e não consigo colocar no papel ou melhor não consigo expressar...

Sinto assim, "incompleta", não no amor, nem nas amizades, muito menos dinheiro (que isso não posso reclamar - por enquanto)
meu choro, meu lamento, é por essa falta , essa angústia...

as vezes aumenta... as vezes passa!

bom passei por aqui!

biseaus

Hermanita Ale Queiroz