sexta-feira, 18 de maio de 2007

Selma sonha

Olá, pessoal! Hoje, mais um da série de contos baseados em música. Desta vez, a base é Live Bed Show, do Pulp, banda de britpop que existiu dos anos 80 até 2002 e que acabou sendo dissolvida. Teve seu auge durante os anos 90, com os álbuns His and Hers e Different Class (de onde vem Live Bed Show). Hoje, Jarvis Cocker, vocalista e letrista da banda, um excelente letrista, por sinal, segue carreira solo.


Selma Sonha

Selma sonha.

Sonha que o tem em sua cama, que é possuída febrilmente e que responde com entrega incondicional.

Ela faria tudo por ele. Selma sonha que ama.

Selma sonha que ele dorme ao seu lado, a fera que fora e que ora é seu deus que ronca não muito suavemente. Todo dia eram alguns. Mas só um ela elegia como deus.

Mas isso foi a muito tempo. Sete anos se passaram e Selma não tem mais deus que ronca, nem mesmo um corpo que atraia como era antes.

Ela faria tudo por eles. Por qualquer ele, hoje. Mas Selma está velha.

Selma acorda no trem e um rosto angelical de garoto a avisa que é a última estação. Um enternecer-se toma conta de seu colo. Ele vai embora.

Selma desce do trem. Não sonha mais.



E isto é tudo por hoje, pelo menos por enquanto. Beijos e abraços, pessoal!

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