segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

2008, o ano da mentira

Sea of Lies, de Ronald Kurniawan (EUA).

Ufa... o ano vai chegando ao fim. Umas poucas pessoas sabem que eu escreveria um texto aqui sobre este ano e sabem que eu ia nomeá-lo como "o ano da ilusão". Foi mais que isso. Então remodelo minha definição:

2008 foi o ano da mentira.

Passei o tempo todo dizendo pra mim que tudo ia ficar bem e não fiz grandes coisas pra que isso se tornasse verdade.

Confiei e dei afeto a algumas pessoas, que me deram em troca punhaladas nas costas. Ou por simples mentira ou por falta de confiança e consideração.

Fiz de tudo pra parecer pra mim mesmo que "não, não é isso que está acontecendo". Quase fui feliz em manter-me longe da verdade, mas as evidências são muitas e o sangue que forma o meu rastro não me deixa iludir-me mais.

Por um acaso interessante, a minha sorte no Orkut hoje é "Agora é a hora de fazer novos amigos." Desde que eu não me escore neles como se fossem garantia de bem-estar. Devo garantir-me por mim mesmo ou continuarei a repetir os mesmos erros.

Posso fazer diferente. É algo como começar do zero. Rever mesmo os bons amigos, que eu tenho sorte de ainda serem uns tantos, de um jeito novo - o mesmo jeito a partir do qual devo enxergar quem aparecer. Mas, principalmente, tenho de me voltar a mim mesmo. Reconstruir-me a partir de certas prioridades. Tenho algum tempo até que as coisas voltem a acontecer.

Em outros tempos, eu maldiria os dias de festa, pelo vazio do significado de um desses dias, ao menos para mim. Mas creio que se faz a oportunidade de eu refletir, de fazer algo novo por mim. Melhor do que cultivar mágoa, revolta. Embora neste momento seja o que sinto.

Mas não vou fazer grandes promessas. Em 2007 eu me prometi muitas coisas para 2008 e não consegui cumprir mais da metade dos objetivos. Vou resumir tudo em uma promessa básica: vou fazer o que tiver de ser feito, do jeito simples. Nada de sofisticação, de sofismas! Deixo isso com outras pessoas.

No entanto, nem tudo em 2008 foi feito de mentiras. Embora com alguns percalços, o Depois Daquele Filme vai bem, obrigado. E tenho orgulho de ser parte deste projeto. De verdade, a melhor coisa que me aconteceu neste ano.

Queria ainda dizer muitas coisas, mas sinto que só choveria no molhado, se é que não o estou fazendo. Por isso, deixo meus beijos e abraços para os que são de beijos e abraços. O resto é resto... aliás... que resto? Que fiquem nesse ano de mentiras horrendas!

Em breve, ainda neste ano, as minhas listas de melhores de 2008. E serão de verdade!

NA MINHA VITROLA: MERCURY REV - Butterfly's Wings.

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