quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Em 2008, eu pirei com... (5)

Girl at Piano, de Caroline Magerl (Alemanha/Austrália).
É assim: o ano mudou, mudei o calendário da parede. Mudo o ritmo. Nada de choro! Ficou lá atrás. Vou de rock 'n' roll. Quero fazer barulho este ano. E se a música não for tão boa, pelo menos que seja divertida.

Estou me mexendo para isso, para que 2009 seja um ano positivamente ímpar.

Mas estou devendo algo aqui, não? Ok, hora de quitar a dívida e falar de música, de verdade.

Eu pirei com...
Música

2008 não me empolgou tanto com música. Talvez porque estivesse voltado aos filmes, talvez porque nos outros anos eu vinha ouvindo tanta música, que neste eu precisei de um pouco mais de silêncio em alguns momentos. Ainda assim, há uma seleção que considero "de respeito". E também há o comentário sobre o show (vi poucos) que mais me impressionou durante o ano. Vamos a ele, primeiro:

Show
Simone Sou é uma força da natureza. Só pude pensar isto enquanto me retirava do Auditório Ibirapuera, após sua apresentação de estreia. Ela, junto às meninas de sua banda, tem o talento da percussão, peito e carisma o suficiente pra ser um grande nome da MPB nos próximos anos. O show contou com participações especiais de Badi Assad, Robertinho Silva, Fanta Konatê, Projeto Cru e Rita Ribeiro, para quem Simone, que antes assinava "Soul" em vez de "Sou", já prestou inúmeros "serviços percussivos", assim como para Zeca Baleiro, Chico César, Funk Como Le Gusta, Mutantes, Zelia Duncan, entre outros.

Lançamentos

Meu ano musical havia começado de verdade com o lançamento do novo (agora nem tão novo) Sigur Rós, Með Suð í Eyrum Við Spilum Endalaust. O trabalho dos islandeses mescla umas músicas mais alegres com outras que são sua marca registrada: músicas quilométricas cheias de melancolia, porém belas. Foi um bom começo.

Depois me surpreenderam os britânicos do Coldplay, uma banda que nem me agrada tanto, normalmente. Mas Viva la Vida or Death and All His Friends conseguiu minha atenção por uns meses. Culpa do produtor, com certeza. Brian Eno é o cara. Nem o plágio de Joe Satriani na faixa Viva la Vida tirou os méritos do trabalho.

Mais perto do fim do ano, eu peguei um "pacotão". Os próximos três trabalhos citados fazem parte dele. Os também britânicos do James apareceram bem neste ano, no meu mp5. Hey Ma me pareceu um trabalho com uma vitalidade boa. Nada tãoooo diferente do que eles já faziam, mas com essa vitalidade, só pode me ganhar. Poderia ter uma produção um pouco melhor...

Surpresa mesmo foi o Mercury Rev novo. Além de lançar Snowflake Midnight, os norte-americanos ainda disponibilizaram na rede um álbum só de instrumentais, Strange Attractor. A surpresa maior é a sonoridade, porque as guitarras distorcidas deram lugar a sonoridades eletrônicas. O som climático permanece o mesmo, mas diferente. E esses novos trabalhos não estão nesta listagem à toa.

The Polyphonic Spree lançou seu terceiro disco, The Fragile Army. Coros poderosos, instrumental suntuoso. Já tava na hora desses texanos entrarem numa lista minha.




Para mim e boa parte da crítica profissional, uma das revelações do ano foi Bon Iver, projeto do norte-
-americano Justin Vernon, com For Emma, Forever Ago. A despeito do modismo folk, é um trabalho que está muito acima da média do que tem sido lançado lá fora. Fico esperando por mais, claro!

Ainda posso mencionar os trabalhos de Aimee Mann (@#%&*! Smilers), Glasvegas (idem) e Marcelo Camelo (Sou, que eu nem gostei tanto nas primeiras audições... mas depois...).

Logo, logo disponibilizo uma pasta no 4Shared com algumas das melhores músicas de 2008, destes discos e mesmo de alguns outros. Isso é o que tenho para vocês no momento. Ah... tenho, também, poesia engatilhada pra ser postada ainda nesta semana. Portanto, aguardem.

Beijos e abraços, os primeiros de 2009, que vêm junto com o desejo de sucesso e alegria verdadeira.

NA MINHA VITROLA: PINK FLOYD - Pigs (Three Different Ones) > Sheep > BON IVER - Flume > Lump Sum > Skinny Love.

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