domingo, 8 de maio de 2005

(sem título)

Olá, amigos passageiros. Mais um dia, mais uma poesia...
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(sem título)
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o enquadamento de toda aquela paisagem
a lua cedendo espaço
as metamorfoseantes luzes
e a promessa de sol
não contam tudo
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não se dão conta da tristeza concreta (de concreto)
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suaves melodias se impõem violentamente na imaginação
do que observa
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embora os dias sucedam uns aos outros
tudo permanece igual
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não há feridas nem lágrimas
sem amor possível nem rancor
não há evidências claras
de que um erro se chocou contra a parede
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há um silêncio de morte agora
que precede o vazio na folha de papel
ou na tela de uma máquina
quando imateriais ondas agitam o ser
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há muito para não se dar conta
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dissimulação de uma tranquilidade
quando se pergunta o porquê
o que o impede de ser como os outros
e ter a seu lado amor
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então se desfaz das últimas evidências de uma imaginação fértil
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já é dia, apenas mais um dia...
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Beijos e abraços! Até a próxima, pois o trem sempre prossegue.

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