quinta-feira, 23 de junho de 2005

Crônica ou Confissão Mal-Feita sobre o Nada

Bom, amigos viajantes, aqui mais um pequeno texto deste maquinista devaneador. Vamos viajar novamente? Então lá vai o trem-palavra, mais uma vez!! Eh eh eh!!

Crônica ou Confissão Mal-Feita sobre o Nada

Queria tanto hoje ter uma questão a abordar... mas confesso: não encontro um bom começo. Não, de forma alguma. Como deveria ser tal introdução? Um tanto direta? Talvez repleta de metáforas? Não sei, realmente não sei...

Nem é apenas o princípio que me incomoda. Muito mais a falta de tema. Quero escrever, mas...

O ideal talvez seja deixar o pensamento fluir. Talvez...

Já sei! É isso mesmo! Que flua. Não tenho compromissos com nenhuma revista, jornal, site (que não seja este blog), seja lá o que for... tenho toda a liberdade para criar um texto assim, tão solto. Apenas gostaria que não fosse um texto fraco, um texto daqueles que as pessoas lêem e, no final, se perguntam: "Ah... mas é isso? Pensei que fosse mais..."

Afinal, de cronistas assim o mundo anda cheio.

Sabem... bem que eu gostaria de resgatar um tema para abordá-lo, mas este me foge. Simplesmente. Não vou enganá-lo, leitor... agora continuo escrevendo, apenas acontece de o espaço do tema estar vago. Se quiser, pode ir embora. Procure outros textos mais ricos, mais rebuscados. Está no seu direito ir-se, não vou ficar chateado... mentira, até vou. Mas faça de conta que não, por favor.

Ok, se sua condição para ficar é a de que eu encontre um tema, vou tentar. Juro que tento, mas por favor, não espalhe por aí que eu ando negando fogo. E não tente me imaginar com os dedos moles no teclado, sempre teclando backspace para apagar os erros criados pela falta de energia. É muito triste e acaba com a vaidade de qualquer um. Mesmo daqueles que não se importam tanto com vaidades. Na verdade, vocês devem saber bem, eu tento disfarçar mas sou muito pior que um pavão.

Mas como eu enrolo... tá bom! Um tema!

Hoje eu vi, no meu caminho cotidiano, uma menina com uniforme de colegial. A despeito de ser gorda ou magra, negra ou clara, bela ou feia, fiquei pensando... o que será, o que fará essa garota daqui a 10 anos? Terá casado? Tido filhos? Uma profissional bem-sucedida? Cairá na vida? Se sim, como?

Ora, para que tantas perguntas sobre uma pessoa que só se vê de relance? Vamos embora deste tema...

Depois, vi outra garota, fiquei frente a ela no ônibus. Era mais adulta e uma típica "menina bonitinha" (acho que meus fiéis amigos viajantes lembrarão...). Decidi que minha diversão seria observá-la. Estava aflita, como se não conhecesse o trajeto. Confesso que até me afligi junto, enquanto tentava ler mais alguma coisa nos olhos que fugiam todo o tempo. De repente, sorriu, ao avistar um local. Creio que se tratava de algum reconhecimento. Sorri internamente. Fico satisfeito com o sorriso alheio. Depois, desci do ônibus, como me convinha.

Está certo... eu jogo a toalha... não consigo desenvolver um tema. Tenho problemas e me preocupo com problemas de amigos, mas não consigo me indignar com alguma questão social, visto que também não tenho soluções a apresentar.

No meu melhor, sou arte pela arte. Mas toco o outro extremo e hoje sou vazio pelo vazio.

Afinal, às vezes falta mesmo fôlego a quem escreve... e, de qualquer forma, já estou aqui no escritório. Pensamento morto, por ora.

Voltem, por favor. Não digo hoje, mas em qualquer dia desses... voltem e contem-me suas novas viagens.

Por hoje, não tenho mais nada a dizer.

NA MINHA VITROLA: Rufus Wainwright - Go or Go Ahead > Vibrate > 14th Street > Natasha > Beautiful Child > Want > 11:11 > Dinner at Eight.

Beijos e abraços, pessoal!!

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