terça-feira, 16 de agosto de 2005

Sou Preto e Espelho o Mundo (de Ramon Alcântara)

Amigos viajantes, hoje eu trago a vocês uma poesia que me tocou, criação de meu amigo virtual Ramon Alcântara. Não falo muito. Deixo as palavras do autor:

"Olá, leitor, Nos últimos tempos nada mais me perturba que a minha condição pobre. A poesia não tinha como sair diferente. E falar da minha pobreza... é inevitável não trazer com ela a historicidade da minha negritude brasileira. Pois bem... espero que, apesar da semi-concretude da configuração poética, alcance-te. A licença poética permitiu-me falar em preto, já que o foco era a cor e não a etnia, espero que compreenda, a despeito de toda discussão de termos. Agradeço e abraço."

Sou Preto e Espelho o Mundo
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sou preto espelho sujo
que preta puta cheira
a coca branca morte
da sombra preta pele
e o grito pobre escuta
os brincos surdos dele
e mesmo preto puro
a puta a pele queima
e seco sendo o injúrio
a droga mancha e fere
acorda povo burro
da guerra que elicia
e mesmo sendo caco
a coca no preto espelha
o medo mundo luto
da luta nobre preta
que pinta o branco tudo
_______________________sou preto e espelho o mundo
que a puta pobre cheira.
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Bom, amigos viajantes, espero que tenham apreciado. Beijos e abraços. Até breve!! :-)
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NA MINHA VITROLA: Pearl Jam - Even Flow > The Who - Substitute.

Um comentário:

Anônimo disse...

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