quarta-feira, 8 de junho de 2005

Palavra sob o Sol

Outro pequeno devaneio do que conduz este trem, amigos viajantes! Confiram:

Palavra sob o Sol

Mais uma manhã
Novamente o sol
Afinal, por que não haveria ele de surgir?
Algum encontro casual e breve troca de palavras
Mas há uma constante em que sempre penso
Enquanto os carros continuam fazendo o tráfego nas avenidas
Não, não há céu ou inferno
Ninguém que possa me condenar pelos meus atos ou pelo que eu penso
Segunda a sexta, o mesmo trajeto
E isto poderia matar a poesia
Imaginem...
A poesia estendida no chão
Esvaindo-se no sangue que verte da grande ferida
Causada por um machado
Mas não, não é do golpe do machado que ela morre
E sim de culpa, esta doença cristã
No entanto, há um engano aqui... tocaram a campainha errada
A palavra está resguardada
Porque onde ela vive há ausência de culpa
Não se decepcionem...
Ninguém verá tal cena
A palavra cria asas
E vai longe, muito longe... além da Rota 66
E não haverá machado, culpa, bombardeios, serial killers... nada, nada!!!
Nada será suficiente para anulá-la
Afinal, hoje novamente há sol

Bom, amigos viajantes. Aqui está! Espero que tenham apreciado. Beijos e abraços!!! Até breve!!!