segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Ei, pode isso?

Olá, amigos! Aí vai mais uma historinha encontrada na rede sobre um mundo que gira e onde nada fica no lugar. Confiram:


Fenômeno iPod Esvazia Clubes de Música
Segunda-feira, 29 de janeiro de 2007 - 11h12. Por Aiko Wakao, da Reuters.

YOKOHAMA - Tradicionais casas para ouvir música estão ficando vazias no Japão.
"Hoje em dia, os jovens não ouvem jazz e caminham pela rua com iPods, o que torna irrelevante a idéia de 'lugar' para se ouvir música", diz Michael Molasky, autor de "The Jazz Culture of Postwar Japan".

Setenta e três anos depois de abrir as portas, o Chigusa, um dos mais antigos e respeitados cafés de jazz do Japão, se tornou vítima da revolução da eletrônica.

Para os frequentadores, quase todos homens solitários, o café oferecia aprendizado e conforto. As regras informais, seguidas fielmente, incluíam ouvir em silêncio e esperar a vez para fazer um pedido, anotado em um pedaço de papel. E nada de álcool ou de estalar os dedos para acompanhar as músicas.

"Repletos de som, fumaça e centenas de discos, os cafés especializados em jazz costumavam ser um espaço para os jovens que estavam à procura de um entendimento correto da música", diz Molasky, professor de línguas asiáticas e literatura na Universidade de Minnesota.

O Chigusa desfrutou de um período de glória nos anos 60 e começo dos 70, quando estudantes e músicos o usavam como ponto de reunião para ouvir discos importados que, de outra maneira, estariam fora de seu alcance.

"Agora temos apenas 10 visitantes regulares, que vêm ao café há anos", diz Masatomi Kaneshige, 65, um aposentado que ajuda no café ocasionalmente. "Jovens raramente vêm aqui. O lugar deve parecer escuro e estranho demais para eles, com homens velhos sentados em silêncio, tomando café e ouvindo jazz vibrante."

Mas em seu último sábado de operação, o pequeno café estava lotado desde antes de seu horário oficial de abertura, ao meio-dia. Em torno das seis pequenas mesas, havia 10 fregueses, metade deles pessoas conhecidas e os demais recém-chegados -jovens e velhos-, que foram ao café para sua primeira e última experiência no Chigusa, depois de serem informados de que o lugar ia fechar.

Kaneshige olhava as 40 capas de discos que decoram as paredes do café, e apontou para uma cópia autografada de "Waltz for Derby", do Bill Evans Trio: "Um dos discos favoritos de Mamoru Yoshida, fundador do café, morto há 13 anos."

O Chigusa, que será em breve substituído por um novo complexo imobiliário, foi aberto em 1937 por Yoshida, então com 20 anos de idade. Ele se apaixonou pelo jazz e começou a colecionar álbuns importados.

A Segunda Guerra Mundial trouxe grandes problemas para Yoshida, que teve de esconder seus 6 mil discos no porão em uma época em que muitos cafés de jazz foram invadidos e a maioria das pistas de dança fechadas.

Um bombardeio norte-americano em 1945 destruiu o café e toda sua coleção de discos de vinil. Yoshida reabriu a casa pouco depois da guerra, criando um refúgio para soldados dos EUA e músicos que tocavam em bases militares próximas.

Eles também trouxeram a Yoshida muitos álbuns de 12 polegadas, valiosas adições a sua nova coleção.

Antes de fechar as portas em definitivo, o Chigusa, localizado em um antigo distrito de casas noturnas da cidade portuária de Yokohama, foi sala de aula para muitos talentos japoneses, incluindo a pianista Toshiko Akiyoshi e o trompetista Terumasa Hino, hoje artistas conhecidos no mundo todo. Lá no Chigusa, eles ouviram LPs raros de John Coltrane e aprenderam a escrever partituras.

Eu até que gostaria de ter conhecido o lugar... só que é um pouco longe... eh eh eh!

Beijos e abraços!

Link de origem da notícia
http://info.abril.com.br/aberto/infonews/012007/29012007-4.shl

NA MINHA VITROLA: PINK FLOYD & THE BEATLES* - Who's Knocking on My Door? > Bird No Prisoner > A Joker on a Tree > Man Today > Friendship.

* Provavelmente, uma fraude de internet. O álbum é chamado Apple Juice e, supostamente, foi gravado à época em que ambas as bandas estavam no estúdio Abbey Road - o Floyd gravando o disco de estréia (Piper at the Gates of the Dawn) e os Beatles gravando Yellow Submarine. O problema não está no som, que é bom (até demais), mas no fato de que não é uma colaboração das duas bandas, de forma alguma. Soa como alguma banda de rock progressivo dos anos 70 ou como uma banda indie desconhecida tentando parecer Floyd e Beatles juntos. Agora, vai saber...

2 comentários:

Rafael Mafra disse...

Ei, Alê!
No momento não tenho condições de ler nada sobre as músicas ou sobre o filme. Lerei mais tarde. Mas estou por aqui!
Abraços!

AH, sim! Dia 17 é carnaval, como dizem por aí! Pensou nisso? Porque eu não! É viável o sarau? Eu não faço idéia, se depender de mim, sim!

Depois conversamos!

Abraços!

Annie dos Ventos disse...

Bons Ventos sempre por aqui ;)

"as modernidades..."
será esse o preço que temos de pagar pela tecnologia e tals?