segunda-feira, 21 de abril de 2008

Alma lavada, sim!

Ok, hoje vou falar de futebol, assunto pouco familiar a este blog e que geralmente não traz espécie alguma de comentário da parte dos leitores, que buscam aqui alguma forma de arte.

Pois bem, eu afirmo: eu tinha muita raiva!

Sim, porque, ganhando limpamente ou não, o Palmeiras vinha sendo o "freguês" preferido de um determinado time. Houve partidas absurdas nos últimos anos em que o Palmeiras, que muitos sabem, é o meu time, vinha sendo prejudicado por arbitragens, de uma forma ou de outra. Ou era a bola que batia no juiz, de forma a armar o contra-ataque fatal do time adversário (ok, neste caso, um acidente), era a regra do futebol sendo modificada a ponto de eu pensar que meu time teria que treinar voleibol durante esta semana, era um simples gol anulado que seria a favor do meu time (esta é relativamente recente: segunda partida entre as equipes no Brasileirão do ano passado - a mesma em que o goleiro reserva deles tentou armar contra o meu time, fingindo ser agredido... ainda bem que ninguém caiu nessa!). Tudo bem, erros acontecem, mas eram erros demais a favor de um time e contra outro, nos últimos anos. Dá até pra suspeitar. Isso sem levar em conta algumas sutis decisões de arbitragem...

Não tiro o mérito de grandeza do outro time, porque em alguns momentos nestes últimos anos, realmente foram superiores a qualquer outra equipe do país. Mas agora, como em outros tempos, precisam aprender a "dividir o bolo", como quando um grande mestre (este merece o nome citado: Telê Santana) dirigia aquela equipe e um outro mestre, com sobrenome de um pequeno país europeu, surgia dirigindo o plantel alviverde. Sim, é tempo de "dividir o bolo". Futebol, como tudo na vida, é cíclico.

Mas a mim, particularmente, enervava o fato de meu time ser eliminado seguidamente por aquele outro time, nem sempre de maneira justa.

Hoje, por mais que o Campeonato Paulista seja o menos importante dos campeonatos importantes, sinto-me de alma lavada.

E o que falar da perda de compostura do goleiro-líder-de-postura-politicamente-correta (e minha mãe o adoooora...) acertando um tapa no nosso grande ídolo e, sim, provocador, mas craque, Valdívia?

Eu nem vi o jogo ao vivo, infelizmente ou felizmente. Estava a caminho de um evento de teatro, o mesmo que citei dois posts atrás. Mas acompanhei tudo o que acontecia pelo rádio do meu aparelho de mp3 e, ainda, tive a alegria de ver ao vivo, num boteco no meio do caminho, o gol que selou o caixão do time que em 1942, ano em que minha mãe nasceu, foi o causador da mudança de nome do meu time, de Palestra Itália para Palmeiras, em função de alguns decretos anti-países-do-eixo durante a Segunda Guerra. E, sim, eles simplesmente não tinham motivos patriotas para tentar tomar o patrimônio do Palestra Itália/Palmeiras (a quem não sabe, o Parque Antártica - o estádio deles não existia ainda), mas tinham uma gana de time muito ambicioso e audacioso, de formar patrimônio rápido - era um clube novo, formado à base de anexar outros pequenos times da década de 1930, de pequenas colônias, como o Germânia, ou com problemas financeiros, como o Paulistano.

A quem não sabe, naquela ocasião, o Palestra Itália morreu líder daquele Campeonato Paulista e o Palmeiras nasceu campeão. E qual era a equipe contra a qual nos sagramos campeões, senão eles? Pois bem... o jogo estava 3 a 1 para o Palmeiras e o juiz da partida marcou um pênalti a nosso favor... no entanto, eles, inconformados com a marcação, abandonaram o campo de jogo, permitindo ao Palmeiras comemorar o primeiro título de sua história com este nome, no primeiro jogo de sua existência com o novo nome.

Ok, nunca ganhamos uma partida de Libertadores dos adversários de ontem (e foram oito partidas no decorrer da história...). Mas isto acontecerá, num momento decisivo, muito em breve, no ano que vem. Porque acredito que o Palmeiras está num processo de revitalização de sua grandeza. Com isso, os adversários, todos eles, terão de nos respeitar mais do que acontecia nos últimos anos. A fila está acabando!

Amigos e amigas torcedores de tal time, não levem tão a mal, mas a minha bronca em relação ao time pelo qual vocês torcem é muito grande e justificada. As provocações, mais ou menos sutis no decorrer dos anos, alimentaram uma antipatia que só é comparada à antipatia que sinto por uma certa equipe que veste uniforme azul em Minas Gerais. Não digo que vocês, mas digo que a equipe pela qual torcem foi merecedora da derrota. Contra o gol de "manchete", talvez valha um genérico de gás de pimenta, embora o poder de um gol validado seja muito maior que o poder de um ato de molecagem de alguns.

E, agora, que venha a "macáquina" (a quem não sabe, a Ponte Preta, a outra equipe classificada para a Final), como diria um amigo meu.

Claro, um videozinho essencial:


Beijos e abraços aos torcedores de qualquer time! Também aos que não se interessam por nada disto!

NA MINHA VITROLA: Nada, mas poderia ser o hino do Palmeiras, com muito orgulho.

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